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Maratona eleitoral

Quem pensa que recesso parlamentar é descanso está redondamente enganado. Costumo passar pra vocês os bastidores da Câmara dos Deputados. Agora vou passar os bastidores da presidência do partido. É uma loucura (risos)!!! Essa época de convenções partidárias municipais, para se definir os candidatos a vereador, a prefeito e vice ou quem vai apoiar quem, começa a dar problemas em todos os municípios. É presidente municipal que briga com o candidato a prefeito, é candidato que desiste, é coligação que tem de ser montada. É um período terrível. E eu, como presidente do partido, viajo por todo o Estado de São Paulo, porque gosto de estar presente. É como se fosse a minha campanha eleitoral, só que desta vez sem concorrer. É uma maratona eleitoral, que faço questão de participar, prestigiando os nossos candidatos e os nossos presidentes municipais. Uma maratona muito intensa, por sinal. Um dia estou em Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Pedro de Toledo, no outro em Bertioga, Santos, Praia Grande, depois em Tatuí, Itapevi, enfim, percorrendo o maior número de cidades para levar meu apoio a todos os nossos candidatos nas eleições municipais.  É um compromisso muito cansativo, tem de gostar muito mesmo. Eu não reclamo, porque gosto desse contato, gosto dessa construção de novas ideias e novos ideais, de ver que as pessoas mantêm a esperança de um futuro melhor e participam. Quero até compartilhar com vocês um cenário que tenho visto nessas minhas andanças pelo interior de São Paulo. Acho até que essa crise política teve algo muito bom na sociedade. É que tenho visto as pessoas, principalmente as mais jovens, muito mais engajadas em discutir política, em participar do processo eleitoral, em conhecer os candidatos. Isso é muito positivo.

tatui

Dividindo o mandato

Às vezes vejo aqui, no blog, algumas críticas, e acho isso muito legal. O objetivo dessa interação não é para que as pessoas concordem 100% comigo, mas para que seja um espaço onde eu mostro o que penso e as pessoas debatem comigo. mais democraciaEu leio tudo o que vocês escrevem e penso muito. Isso é participação de mandato, e acho isso muito legal mesmo, porque várias vezes mudei de opinião ouvindo vocês e me convencendo diante de suas argumentações. As pessoas criticaram muito o Michel Temer por ele ter voltado atrás em algumas decisões. Políticos costumam achar que têm razão em tudo, que são maiores do que todos e não aceitam que erram. Então, quando vejo políticos assim, que reconhecem o erro e voltam atrás em suas decisões, acho muito nobre. Eu gosto de ouvir, de discutir, de pensar e, se for o caso, mudar meu posicionamento, minha decisão. Essa é a razão maior deste blog, dividir com vocês o meu mandato.

 

Seriedade e bom humor

Algumas pessoas apontaram aqui como falta de seriedade a campanha eleitoral para presidência da Câmara, citandogaguim candidato o Gaguim e suas Gaguetes. Eu até concordo que talvez não passe seriedade, mas o bastidor disso é que dificilmente você ganha a eleição para presidência da Casa sem a máquina na mão. Imaginem tudo que estava em jogo. Quem estava na disputa eram partidos que têm ministério, cargos no governo, entenderam? Então, para entrar nessa disputa, a melhor tática é se posicionar, ser visto. O Gaguim foi um candidato que se lançou porque era um sonho dele. E olha, tem de ter muita coragem para ser candidato, viu, não é fácil. Você ter cinco votos, como alguns tiveram, poxa, é muito frustrante. Eu sempre falo isso a cada um dos nossos candidatos: você já é vitorioso, porque não tem medo de lutar pelo seu sonho, pelo que acredita, independentemente de sua luta ser diferente da minha, de ver a política de uma forma diferente. Então, você ter a coragem de ser candidato já é algo nobre. Vocês podem ter certeza que não é porque se faz uma campanha com bom humor que não é um político sério. O Gaguim foi governador do Tocantins, gente, e sempre trabalhou com muita seriedade, inclusive apresentando aos parlamentares boas e importantes propostas para a presidência da Câmara. Ao contrário de outros, que ostentam uma imagem pública de seriedade e austeridade, mas que deixam muito a desejar no trabalho como legisladores.

Banco de Ideias

ideiaViajando pelo Estado de São Paulo, a gente vê tanta coisa legal que daria para fazer no Brasil, sabe? Eu sou ansiosa, quero fazer tudo. Tem muita coisa boa espalhada por aí, deveríamos criar um banco nacional de ideias para que as pessoas pudessem registrar o que funciona bem em seu município e a gente ampliar esse leque de ações positivas, de políticas do bem que deram certo para todo território brasileiro.

Tratamento desrespeitoso

Por que alguns noticiários, em sites, jornais e revistas, insistem em chamar o PTN de ‘nanico’? Por que somos discriminados? Não venham me falar que é pelo número de cadeiras na Câmara. Somos 13 deputados federais, não são 2, 4 ou 6. Somos 13! O PTN foi o partido que, proporcionalmente, mais cresceu no Congresso, um crescimento superior a 300%. É um absurdo essa denominação preconceituosa para quem é reconhecido no Congresso, que tem estrutura própria na Casa e é voz presente e atuante nas principais questões do País. Não dá para entender. Sinceramente, custo a acreditar que haja outra explicação que não seja o preconceito de alguns meios de comunicação para com a nossa legenda, que vem crescendo ano após ano em todas as esferas do poder, seja municipal, estadual ou federal, como também no quadro de filiações, trazendo para o jogo político caras novas e sangue novo para mudar o cenário e ajudar o povo a construir um novo Brasil. É injusto identificar pejorativamente quem, com sua mobilização e respeito à maioria do povo brasileiro, foi um dos responsáveis pela aprovação do processo de impeachment na Câmara. ‘Nanico’ é quem se encolhe e se esconde da população, e esse não é o comportamento do PTN. Repudio esse tratamento depreciativo dado por alguns órgãos de imprensa ao PTN. Rotulam um partido com 71 anos de existência, com uma trajetória limpa e jamais envolvido em escândalos, e, em contrapartida, tratam com respeito aqueles que estão envolvidos em corrupção. Sinceramente, não dá para entender.

Mestrado em Brasília

gaguim candidatoO nosso deputado Gaguim é o tipo de pessoa que a gente passa a gostar no primeiro momento que a conhece. Ele é engraçado, proativo e muito batalhador. Na eleição do mandato tampão para presidência da Câmara, ele dizia que se somasse todos os votos das pessoas que asseguravam que votariam nele, teria 50 votos. Teve 13, saiu um pouco frustrado, mas o resultado mostrou que nossa bancada está bem unida: 13 deputados, 13 votos. Me surpreendi com a erundina girassolvotação de Luiza Erundina, até porque o Psol tem apenas seis deputados e ela recebeu 22 votos.  Foi muito bem. E eles deram um toque colorido no plenário, pois todos traziam girassóis em suas mãos. Como todos sabem, a escolha do substituto de Eduardo Cunha só foi definida em segundo turno, com a vitória do Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre o Rogério Rosso (PSD-DF). Agora, gente, quem poderia imaginar que em um ano e meio de mandato tivéssemos pela frente duas eleições da presidência da Câmara, um impeachment, uma reforma política e a redução da maioridade penal? Eu falo pra vocês que esse mandato está sendo um mestrado, tamanho volume de acontecimentos e aprendizado, numa velocidade impressionante. Acho que na história do Congresso nunca houve uma legislatura tão intensa e tão tensa como a atual.

Um ótimo esconderijo

É indescritível a quantidade de articulação, de conversa ao pé da orelha, de reuniões na Câmara, principalmente nesta última semana, quando tivemos eleição na Casa. Eu dormi no máximo quatro horas por noite. Paralelamente a esse agito, teve reuniões em algumas comissões e a atenção também voltada à CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania), definindo se o processo do Cunha seguia em frente ou retornava à Comissão de Ética. Enfim, tensão, tensão e tensão, por isso não consegui tempo para atualizar o blog. Teve um amigo que estava lá articulando a legalização e regulamentação dos jogos no Brasil (a votação acabou sendo adiada para agosto) e mal conseguiu me ver, mesmo hospedado no meu apartamento: “Quando eu quiser me esconder da Renata, fico no apartamento dela” (hahaha).

Ligado não é ser aliado

Tem uma coisa que me chamou muito a atenção na eleição da Câmara: a galera vinculando os candidatos ao Eduardo Cunha. Fulano é aliado do Cunha, Sicrano é o candidato dele. Gente, vamos acordar e ser sensatos! O Cunha foi o presidente da Casa por mais de um ano. Todo e qualquer deputado tinha relação com ele, não tem como negar esse convívio, afinal, ele era o presidente da Casa. E foi um bom comandante, independentemente das questões pessoais dele. Agora, é puro delírio ficar dizendo que o cara que concorreu ou quem ganhou era aliado dele. Isso é besteira! Eu não vejo hoje, falando em bastidor, essa pressão do Cunha sobre a Casa como costumam falar por aí. Sinceramente, eu não vejo isso. O próprio Rodrigo Maia, que durante a campanha foi tratado como opositor de Cunha, era ligado ao ex-presidente, foi o relator da Reforma Política, presidiu importantes comissões da Casa, ou seja, teve muito apoio do Cunha nessa legislatura. O Rogério Rosso também tem amizade com Eduardo Cunha. Enfim, a maioria dos deputados tinha ligação com ele, justamente pela questão da presidência da Câmara. É a mesma coisa que uma empresa, onde todos os funcionários, de um modo ou de outro, têm ligação com o presidente. Ter ligação não significa ser aliado.

rosso e maia

Rosso e Maia disputaram o 2º turno para presidente (Foto: J.Batista)

Passaporte em branco

Pra vocês terem uma noção do que é a loucura em Brasília, telefonei para um primo meu, para falar sobre um projeto. Ele tinha acabado de voltar uma viagem ao Exterior e disse que havia sido parado na alfândega do aeroporto. Falei que o bom de ter passaporte diplomático é que isso não acontece. Deputado federal tem direito a passaporte diplomático. Foi a deixa para o meu primo dizer: “Não tem tempo de viajar, de que adianta ter esse passaporte”. Tenho de concordar com ele (risos). Meu passaporte está em branco. Desde que estou deputada, não viajei nenhuma vez.

Sem voz

O deputado Rogério Rosso mudou de nome nessa reta final de campanha à presidência da Câmara. Virou Rogério Rouco. É que ele falou tanto nesta semana, principalmente hoje, com os deputados-eleitores e ao telefone, em busca de votos para ser eleito, que perdeu a voz.

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