A reunião da bancada paulista para defender as emendas coletivas do Estado é algo digno de registro. Explicando: as bancadas federais têm direito a emendas parlamentares de valores bem altos, muito maiores que as emendas individuais que cada deputado tem direito. Geralmente são destinadas para grandes obras, grandes empreendimentos. Por exemplo, Rodoanel, em São Paulo, com empenho de R$ 100 milhões ou R$ 600 milhões. A bancada de cada Estado se reúne para definir as suas emendas. Normalmente, são 15 emendas, mas dificilmente elas são executadas, ainda mais agora com o Teto de Gastos Públicos, tanto que na reunião da bancada paulista um deputado saiu-se com essa definição. “Nós estamos definindo agora as emendas virtuais, aquelas que servem como propaganda e nunca chegam ao destino” (risos). Eu consegui aprovar, com apoio dos deputados da bancada, emenda para a construção de uma ponte interligando as regiões norte e sul de Osasco. Agora é brigar pra sair o recurso, porque dizem que pelo menos duas emendas são impositivas, ou seja, o governo terá de executar. A gente sabe que é difícil sair, mas vamos articular muito pra sair. Tenho de admitir pra vocês que foi engraçado ver a galera brigando por emendas ‘virtuais’, a ponto de um outro deputado comentar que a reunião parecia distribuição de lanchinho de escola. Cada um tem um interesse. E quando consegue aprovar a sua emenda – foram 39 emendas, mas só 15 escolhidas –, simplesmente sai da sala, tipo ‘pegou o lanchinho e foi embora’.
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