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Lei dura para extinguir a corrupção

A corrupção é sempre tema em qualquer discussão política no Brasil. Não podemos fechar os olhos para essa triste realidade: ela está encrustada no País desde os tempos do Brasil colônia. É a cultura de desmandos, é o famigerado jeitinho brasileiro. Por isso, não tenho dúvidas que, neste segundo semestre na Câmara, o principal assunto vai ser o Pacote Anticorrupção, de autoria do Ministério Público Federal e que recebeu apoio de mais de 2 milhões de brasileiros. As 10 medidas (veja a imagem abaixo) estão sendo analisadas por uma comissão especial e, segundo o cronograma de trabalhos, o projeto entrará em votação no plenário antes de 9 de dezembro, Dia Internacional Contra à Corrupção. Tomara! Porque a corrupção mata, tira dinheiro da Saúde, da Segurança, da economia, do povo brasileiro. Pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Problemas e Prioridades para 2016, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria em janeiro, mostra que 65% dos brasileiros consideram a corrupção o principal problema do País. Mas até chegar em plenário muita água vai rolar. Eu tenho fé e esperança que a comissão vai mergulhar de cabeça nesse trabalho, promovendo intensos e proveitosos debates, audiências públicas, ouvindo a sociedade civil, para definir as formalidades legais e sua aplicabilidade no processo penal. Gente, se queremos pôr um fim a esses escândalos que mancham a história deste País, temos de combater a corrupção, com controle efetivo, transparência, repressão e punição, assegurando o retorno rápido aos cofres públicos dos recursos desviados. Só com uma lei dura vamos coibir e extinguir essa abominável prática de receber vantagens indevidas. A hora é essa! Doa a quem doer, mas lugar de corrupto é na cadeia.

medidas corrupcao

 

Salvador da fome alheia

Lembram do post ‘Leitão na Câmara’ (3 de junho)? Naquela ocasião não tinha foto, mas agora tenho, pra mostrar o nosso salvador da fome alheia, o deputado Fábio Ramalho (MG), em ação. Sempre que a sessão em plenário segue ininterrupta madrugada adentro, ele surge, ao final dos trabalhos, com um panelão abarrotado de comida. A cena é hilária: duas da manhã e um bando de esfomeados atacando a panela. E, nossa, a comida que o Fabinho sempre traz é boa demais, vocês não têm ideia do quanto é saborosa.

comida fabinho

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Café com futebol

Pra driblar o sono, sempre tem cafezinho no recinto que fica nos fundos do plenário. Quando fui lá tomar um café me deparo com essa cena: muitos parlamentares de olhos grudados na tevê, vendo o jogo de futebol feminino pelos Jogos Olímpicos. Incrível como o brasileiro é mesmo um apaixonado por futebol e, mesmo cansado ou com sono, sempre dá um jeitinho de dar ao menos uma espiadinha nas transmissões esportivas.

Cara de ‘pois é, né?’

O presidente Rodrigo Maia colocou em votação o projeto do Executivo, que propõe o alongamento das dívidas dos Estados e do Distrito Federal com a União por 20 anos se eles cumprirem medidas de restrição fiscal. Nem preciso me aprofundar para dizer que o assunto, bem polêmico, provocou muitas discussões e obstruções e a sessão se estendeu até altas horas da madrugada. Ninguém estava mais aguentando. Meus pés doíam pra caramba, com bolhas, espremidos no salto alto. sessao madrugadaJá passava da meia noite e meia, meus colegas e eu com uma fome gigante e em situação lastimável de cansaço físico e mental, quando encontrei, no meu celular, a propaganda do nosso deputado Carlos Henrique Gaguim para a presidência da Câmara, sobre o fim das sessões na madrugada. Disparei pelo WhatsApp para os parlamentares e, à distância, fiquei observando a reação. A cara deles ao ler a mensagem era de ‘pois é, né?’ (risos)

 

Jogos na arena parlamentar

Rio de Janeiro está sediando os Jogos Olímpicos, mas em Brasília faltou pouco, bem pouco, para ter um confronto de boxe. No ‘ringue parlamentar’, Silvio Costa (PTdoB-PE) de um lado e Rubens Bueno (PPS-PR), do outro. Eles brigaram dentro do plenário, trocaram ofensas verbais e chegaram a se empurrar.Tudo começou quando Rubens Bueno foi à tribuna e chamou de cínicos os que questionam que o presidente em exercício Michel Temer de não ter votos. Em seguida, foi a vez de Silvio Costa subir à tribuna, chamando o líder do PPS de cínico, e que os que não diziam nada sobre o envolvimento de Temer e José Serra em alguns escândalos também eram cínicos. Pronto, bastou para soar o gongo da discórdia! Os dois se estranharam e por pouco não se agrediram, felizmente sendo separados pela ‘turma do deixa disso’.

Minha primeira vaia

Em Brasília, o retorno do recesso foi bem parado. É ano eleitoral. Realmente, a gente tem de trabalhar para unificar as eleições, porque para tudo mesmo! Chamaram sessão na segunda-feira, mas não se votou nada. Na terça, foi a mesma coisa. É só gastar dinheiro para os deputados ficarem em Brasília, sem agenda legislativa. E isso é muito ruim, porque quem paga esse custo é o povo, um desperdício de dinheiro com passagem aérea, deslocamento, alimentação para nada. Infelizmente! Em contrapartida, as atividades nos Estados estão intensas. Muitas convenções partidárias. Viajando por todo São Paulo, não parei um minuto. Quem acompanha minhas redes sociais tem visto. Recebi até a primeira vaia na minha vida política. Foi em Ferraz de Vasconcelos. Sai de uma convenção em Poá e fui para a cidade vizinha, Ferraz. Geralmente, sou a última a falar em público, mas, mal cheguei, já me deram o microfone. A convenção estava lotada, agitada, um barulho ensurdecedor. Estava com muita dor de cabeça, dia inteiro trabalhando, muita cansada, muito calor, a temperatura no local superlotado, acredito, beirava 40 graus. Sufocante! Nesse cenário todo, chamei Ferraz de Poá por duas vezes. A reação da plateia foi imediata: vaia. Pedi desculpas. Errar é humano. Só quem sabe ou acompanha de perto essa vida doida que a gente leva, entende minha gafe! Enfim, vivendo e aprendendo, né, gente? (risos)

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Explosão de alegria

Olha, deveria haver um concurso de nomes de candidatos mais engraçados e pitorescos. Seria indelicado de minha parte citar os que já vi, mas é cada um mais engraçado que o outro. Só estando nas convenções para ver. E convenção é uma grande festa. O incômodo, pra mim, é pegar o microfone e falar em meio ao som de cornetas, apitos, gritos de apoio, uma barulheira só. É impossível alguém te ouvir. Nem eu me escuto! Convenção é isso mesmo, uma explosão de alegria! Quem nunca foi, deveria ir para ver, parece arquibancada em dia de clássico de futebol!

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Mãe política não é fácil, não!

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Olhem essas fotos! Para ficar mais tempo com os meus filhotes, levei meu pequeno para a convenção partidária de Itapevi, onde nosso Igor Soares é candidato a prefeito. Passei a maior vergonha no palco. Enquanto falava ao microfone, o Rafinha ficou passando por entre as minhas pernas, puxando minha blusa. E olhem a cara de bravo porque eu não estava dando atenção a ele. Quem pensa que vida de mãe política é fácil… não é fácil, não!

Porta errada

Fui visitar meu amigo deputado federal Marcelo Squassoni. Ele tem uma sala num prédio na avenida Faria Lima. No andar há dois escritórios, o dele e de um outro estabelecimento. Agora, imaginem o que é o escritório de um deputado, principalmente neste ano eleitoral e sendo o Squassoni o coordenador da campanha do Celso Russomanno em São Paulo. Ao visitá-lo, vi esse aviso na porta ao lado: ‘Aqui não é a sala do deputado’. Quantas pessoas devem bater nessa porta por engano? (rs)

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Disputa desproporcional na TV

Outra coisa que quero compartilhar com vocês é sobre a Reforma Política, tão criticada por muita gente. A Reforma proibiu o financiamento privado da campanha, mas eu tenho achado bom o resultado prático disso, porque, com menos dinheiro, as pessoas vão ter de fazer política diferente. Essas eleições municipais serão as eleições de transição, vai ter muito trabalho, vai ter corpo a corpo intenso, trazendo não apenas um folheto, mas ideias e propostas para discutir diretamente com a população. O lado ruim desse financiamento proibido é que aqueles que já estão com a máquina administrativa na mão saem muito na frente nessa corrida eleitoral. O mesmo acontecerá com a distribuição proporcional de tempo na TV. hoario eleitoralEm São Paulo, por exemplo, enquanto um candidato a prefeito terá 15 ou 18 minutos de televisão, um outro terá apenas 1 ou 2 minutos. Isso é um absurdo, uma desproporcionalidade que muda completamente uma eleição, pois favorece os grandes partidos, com grandes máquinas por trás. Só pra exemplificar, o líder das pesquisas eleitorais tem apenas 2 minutos de TV, enquanto o quarto colocado tem 18, quadro que deve ser reverter assim que começar o horário eleitoral gratuito. É um desequilíbrio eleitoral e econômico muito grande. Isso deveria ser repensado, porque nós somos influenciados pela mídia, influenciados por esse tempo de exposição eleitoral na televisão. No momento em que o Brasil pede mudanças, pede renovação política, se não dermos o mesmo espaço a todos fica difícil ter um sistema político mais democrático, mais transparente e mais participativo.

 

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