Archive from julho, 2017

O que foi que ele viu?

Quando da votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da admissibilidade da denúncia contra o presidente da República, a gente tem um grupo de jovens na Câmara, que viralizou essa foto do deputado Newtinho (Newton Cardoso Jr) que saiu nos jornais. Olha a cara dele! O que será que ele viu no celular? (hehehehe)

Mesmo com medo de avião…

Pra quem tem medo de avião, peguei cinco voos numa semana. Como teve o enterro do Celso Giglio, uma grande liderança em Osasco, num único dia fiz Brasília-São Paulo, São Paulo-Brasília e depois Brasília-Ilhéus. Giglio foi prefeito e deputado estadual, com importantes atuações tanto em Osasco quanto na Assembleia Legislativa. Fiz questão de fazer um pronunciamento em sua homenagem na Câmara dos Deputados.

 

Emenda Lula é absurda

Depois de uma semana muito tensa, fiquei feliz de ter recesso no Congresso. Precisava muito de uma pausa, estava bastante cansada. Peguei minha família e fomos para a cidade onde nasceu meu marido, Gabriel, pra descansar um pouquinho. Nesse meio tempo, tomei conhecimento do relatório do Vicente Cândido, relator da Comissão Infraconstitucional da Reforma Política. Não consegui acompanhar a leitura do documento porque estava justamente na sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), votando sobre o processo contra o Michel Temer, mas tomei o cuidado de pedir obstrução caso houvesse a votação do texto naquele dia, para dar tempo de eu chegar. Então, quando cheguei no Nordeste fiquei sabendo da Emenda Lula. Na mesma hora, telefonei para minha assessoria pra informar que meu voto nessa votação vai ser em separado. Eu já ia mesmo apresentar voto em separado por causa de algumas outras questões. Vai ser um jogo difícil, vou ser muito retaliada, porque votar em separado gera muitas inimizades. Mas não importa, a gente tem é que ter posição firmada. De fato, a Emenda Lula, que impede que candidatos sejam presos até oito meses antes das eleições, é um absurdo. Agora, será que essa posição é somente do relator ou outros partidos também estão envolvidos? Porque, cá entre nós, tem muita gente com problema.

Voto por convicção

Tivemos um dia nesta semana que passou que, realmente, foi muito cansativo, porque tudo aconteceu ao mesmo tempo. Começou com a reunião da Comissão da Reforma Política, na qual eu tinha de estar presente, por ser grande defensora de algumas situações, principalmente em defesa do pluripartidarismo. Ao mesmo tempo, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o deputado de nosso partido havia se manifestado favorável à não admissibilidade do processo contra Temer, indo contra o posicionamento do PODEMOS. Teve toda uma movimentação para que ele saísse da comissão e eu pudesse entrar e declarar o real voto do partido. Fomos o único partido que fez isso, outros trocaram seus membros, mas para votar a favor do presidente. Nós fizemos justamente o contrário.

Gente, fazer essa articulação não é fácil. Os líderes sofrem aqui demais, mas, felizmente, conseguimos maioria para posicionar a bancada. Vejo outros partidos fechando questão, aliás, apanhei muito na época do impeachment da Dilma Rousseff por não adotar essa postura. Eu respeito muito aqueles que são contra a denúncia a Michel Temer por convicção. Tem quem vota porque a denúncia não é consistente, ou porque acha que pode gerar mais instabilidade no país. Eu super apoio essas pessoas, mas desaprovo quem recebeu algo em troca. Isso é péssimo. Uma coisa que deixo muito claro em nosso partido é que os nossos deputados tenham suas convicções e que sejam julgados por seus atos. Eu sempre procuro o convencimento, e não a imposição. E tenho conseguido. Defendo a democracia na sua essência e, felizmente, isso tem dado muito certo.

Seu voto, minha decisão

Defensora da democracia direta, lancei uma ferramenta no site do PODEMOS (https://goo.gl/E9MPEv) onde as pessoas vão decidir o meu voto em plenário, no dia 2 de agosto, sobre o processo contra o presidente Michel Temer. Tenho certeza que quanto mais pessoas participarem desse momento ímpar na política nacional, mais motivaremos outros deputados que façam o mesmo, deixando que o povo decida com a gente os principais assuntos do Brasil.

Espelho da sociedade

O que mais me frustra é que, ouvindo colegas de Parlamento, eles falam muitas verdades. “Renata, não importa o que você vota aqui ou fala aqui. O eleitor quer saber o que você faz lá na base dele. É a intermediação para conseguir uma cadeira de rodas, é o asfalto…” É triste isso, mas é verdade, gente. A mudança do Brasil depende da mudança de cada cidadão. Esse Congresso representa muito o que é a nossa sociedade. Me desculpem a franqueza, mas o eleitor, não todos, quer saber o que político pode dar para ele. Por que têm deputados trocando voto por emenda parlamentar ou cargo no governo? Porque eles sabem que o eleitorado não está preocupado como votam aqui. Na reta final, o que vai importar é o que eles entregaram na base, se conseguiram asfaltar a rua, se chegou não sei o que na UBS. Essa é a verdade! Então, eles terem cargos no governo é importante para que possam viabilizar o que os eleitores esperam deles. Infelizmente, acreditem se quiser, mas é a política no Brasil.

Quando vou debater com um deputado, eu vou na ideologia, vou justamente na defesa de que a população tem o direito de ser ouvida. Mas, quando ouço os argumentos e conhecendo campanha eleitoral como eu conheço, a gente sabe que os parlamentares têm certa razão. Isso é frustrante demais! Nós temos um problema cultural sério. Temos um problema de comportamento social, e o governo também faz parte disso. Uma das propostas do meu partido, o PODEMOS, a qual eu defendo muito, é a democracia direta. Por que? Se a população tivesse o poder de decidir os rumos do país, de decidir o voto junto com seus deputados, obviamente, esse tipo de situação não haveria mais, pois não haveria barganha nos bastidores.

A democracia direta é grande conquista para o Brasil. As pessoas poderem, por meio da tecnologia atual, decidir o país que quer. E não estou sendo radical não, sei que temos um sistema representativo, mas é preciso mais práticas, mais ações de democracia direta, mais participação direta do povo nas principais questões do país.

Congresso reflete a sociedade; a mudança depende do cidadão

Independência sempre!

Negociações obscuras ocorreram desde que começou na Casa a tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer por crime de corrupção passiva. Eu sou muito contra isso. Acho que a gente tem que ter uma posição, não trocar por alguma coisa. Eu condeno muito essa política! Eu sempre falo: nós não somos oposição, até porque muitas coisas boas o governo propôs e vai propor. Nós temos de ter independência. Pautas que entendermos serem boas para o país merecem ser apoiadas. Acho que tudo o que se refere a denúncias, impeachment ou outras questões igualmente polêmicas deveriam ser decididas pela população. É o momento de retornar ao povo o seu direito de decidir os rumos do país. Considero inadmissível representantes eleitos fecharem os ouvidos aos eleitores para negociar a questão por troca de emenda parlamentar ou cargo.

Semana extenuante

Tensa, tensa, muito tensa essa semana que passou no Congresso. Aqui, o bicho pegou. Para vocês terem uma ideia, chegamos a ter uma sessão extraordinária na madrugada, logo após o término da sessão ordinária em plenário, que terminou por volta da meia-noite. Tudo isso para contar prazo porque o governo queria tentar votar logo a abertura ou não do processo contra Michel Temer antes do recesso parlamentar. Qual medo do governo? Quanto mais demorar para votar a questão mais o governo vai sangrando. Por isso, o Rodrigo Maia realizou essa sessão na madrugada. E, embora muito se tenha falado em teoria da conspiração, que o Rodrigo Maia estaria conspirando, digo que, se esteve fazendo isso, o fez de forma muito discreta, porque ele esteve puxando sessão, fazendo seu trabalho. Fosse outro, para assumir a presidência da República, já teria detonado o governo há muito tempo.

Cenas desrespeitosas

A Reforma Trabalhista agora está nas mãos do presidente Michel Temer. O que aconteceu ontem no Senado foi muito triste. A instituição Senado foi desrespeitada e humilhada. Fez-me lembrar das tristes cenas de estádios de futebol ou dos confrontos de manifestantes na rua, com A e B ofendendo-se e agredindo-se mutuamente. Democracia é a arte de dialogar, discutir ideias e propostas, mas o que vimos foi uma bandalheira.

Envergonharam o Brasil. Defendo a Reforma Trabalhista, mas, talvez pelo delicado momento pelo qual atravessa o nosso País, não fosse a época adequada para colocarmos essa e outras reformas em cena. Isso, no entanto, não dá o direito de se desrespeitar e ridicularizar uma instituição. Que mau exemplo foi dado. Volto a insistir: pela delicada situação que atravessamos, não se pode transformar o momento numa guerra de torcidas, numa guerra de poder, de enfrentamento entre esquerda e direita. Isso só aumenta a nossa instabilidade como Nação, a nossa desgovernabilidade. E pior: jogam com o povo, divulgando informações erradas para confundir os brasileiros.

Não vou me alongar muito nessa dicotomia esquerda e direita, até porque não compactuou disso. Meu projeto, assim como do nosso Podemos, é ir em frente. É dividir com o povo decisões, não lados. A Reforma não tira nenhum direito dos trabalhadores! Tira sim a obrigatoriedade da contribuição sindical e, por isso, os sindicatos (que tem um lado político, e não é o lado do povo) estão bravos e transformando o debate em guerra. Respeito os parlamentares que não concordam comigo, respeito o direito de eles falarem sobre isso (não de ocupar uma Casa de Leis e impedir que os trabalhos prossigam), mas ressalto: a Reforma Trabalhista moderniza as relações de trabalho. Muitos brasileiros não trabalham mais sob o regime da CLT. E a proposta aprovada amplia a normatização de várias modalidades que hoje são realidades no Brasil, mas feitas de maneira ilegal e sem qualquer proteção e segurança ao trabalhador.

Senadoras impediram Eunício de Oliveira de ocupar seu lugar na mesa

Presente de grego

E nós estivemos no fim de semana em São Luís. Fizemos o lançamento do Podemos, apresentamos aos maranhenses o nosso presidenciável Alvaro Dias e anunciamos também a pré-candidatura da ex-deputada estadual Maura Jorge ao governo do Maranhão. Tenho que destacar aqui a ótima receptividade do povo à comitiva do Podemos. A troca de informações e de energia foi intensa, dando-nos a certeza que o nosso movimento vem de encontro aos anseios da população. Nessa passagem por terras maranhenses, Alvaro Dias nos contou que sua filha se casou com um grego, mas por causa da crise econômica naquele país ela retornou para o Brasil. “E ela me trouxe um presente de grego”, desabafou o senador, em tom de brincadeira. Kkkkk

Páginas:12»