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Sem enrolação

Saiu uma notinha numa revista digital dizendo que eu estava enrolando como presidente na Comissão da Reforma Política. (rindo)… tô enrolando nada! Como eu revelo os bastidores políticos para vocês, vejam que absurdo isso. Essa comissão, que vai analisar a PEC 282, demorou a ser instalada porque o PT ficou obstruindo. Para que vocês entendam: como eles estão cuidando da Infraconstitucional e da PEC 77, que trata da unificação das eleições, eles queriam ficar à frente de toda a Reforma Política, porque pretendiam colocar Lista Fechada e muitas outras coisas que os brasileiros não querem. A PEC 282 veio do Senado e trata de coligações e cláusula de barreira. Tinha um acordo para que essa comissão não ficasse com o PT e, então, eles começaram a tumultuar, passaram a fazer requerimento para apensar (juntar) uma PEC na outra, a não indicar membros para esse colegiado, e isso atrasou pra caramba a instalação. Semana passada, a comissão foi montada e eu marquei reunião para as 15h. Só que as sessões em plenário estão começando mais cedo. Com o início da ordem do dia, a reunião da PEC 282 ficou suspensa. Quando terminaram os trabalhos em plenário, retornei ao recinto da comissão e não tinha ninguém. Estão vendo? Não estou enrolando não. Acontece que muito do que se fala a meu respeito é porque sempre tive um posicionamento muito duro contra a cláusula de barreira, porque ela já foi declarada inconstitucional e por uma série de outras tantas razões, como, por exemplo, que acabaria com partidos ideológicos. E, cá entre nós, o objetivo da cláusula de barreira é a manutenção das grandes legendas.

Agora, com um partido como o nosso, que foi o que mais cresceu no Brasil, hoje com 14 deputados federais, estão vindo mais 10 federais e dois senadores, vai ter candidato à Presidência da República e um governador, vou estar preocupada com cláusula de 1,5%? Lógico que não! Então, qual o intuito dessa matéria na revista digital? Pra mim, foi uma notícia ‘plantada’ pelo PT, justamente pra enfraquecer essa comissão e forçar apensar a PEC 282 na PEC 77, presidida por eles, assim dominariam a Reforma Política.

Meu intuito de ir para PEC 282 era para assegurar o diálogo, para que as coisas não aconteçam no atropelo. Quando fui designada na presidência, já tinha a composição dos membros. Agora vêm com essa movimentação de bastidores para tentar pegar o protagonismo da Reforma. E para tanto ‘plantam’ notícia, tumultuam, tentam me enfraquecer na presidência. É bom esclarecer: se eu fosse contra a PEC 282, falaria abertamente, até porque abomino que fiquem fazendo joguinho.

Futuro político em ação

Sábado e domingo foi um fim de semana intenso de agendas a cumprir. Um monte de festas de São João, celebração de missa, aniversários e outros eventos. Nossa, gente, fiquei muito cansada, quase não curti meus filhos, mal-humorada, dormi pouco.

Ontem, segunda-feira, estava uma pilha de nervos. Inclusive saiu uma notícia na imprensa, mas eu vou comentar em outro post para vocês. Voltando, ontem tive um compromisso em Osasco e levei meu filho caçula, porque estava morrendo de saudade de tê-lo comigo. Esse meu Rafinha é muito cara de pau, não tenho dúvidas que vai ser político (hahahaha). Enquanto eu estava numa reunião, ele sentou-se no colo de um vereador, pegou o celular e começou a fazer selfie. Quando terminou a reunião, o vereador me mandou as fotos. Olhem isso, gente! Diz se não é pra amar esse toquinho de gente, que se dá bem com todo mundo?

‘Engole o senador’

Como é difícil abrir mão de hábitos. Senti isso na gravação do vídeo de apresentação do senador Álvaro Dias como o mais novo integrante do nosso Podemos. Sempre me dirigi a ele ou me referi a ele como senador, assim como faço com outras autoridades. É meu costume. Então, tive muita dificuldade em chamá-lo apenas de Álvaro Dias, sem o costumeiro senador. Foram tantas e tantas vezes que foi dita a frase ‘gravando, de novo’ que a orientação de um dos profissionais no estúdio acabou provocando gargalhadas : “Renata, engole o senador”. kkkkkkkk

Em ritmo de São João

Semana bem morta no Congresso. O motivo é o São João. Muitos deputados da região, inclusive, já viajaram para seus Estados. As festividades juninas são um evento cultural muito forte no Nordeste e o povo torce o nariz se o seu deputado não estiver nessas festas. O simbolismo é muito grande, para os eleitores nordestinos o São João é como uma atividade parlamentar, o político precisa registrar presença em sua base. Por isso, a Casa estava bem vazia ontem.

Coisas da vida moderna

Como estou sempre viajando por causa de compromissos profissionais, meu marido, Gabriel, é quem acaba cuidando mais dos nossos filhos e da administração da nossa casa. Coisas da vida moderna, com papeis trocados. Aliás, por causa de uma agenda profissional nesta segunda-feira, ele e eu resolvemos comemorar o Dia dos Namorados antecipado. Fomos ontem dar uma volta pelo shopping e entramos numa loja de utilitários. Acabei me encantando por um aparelho de massagear os pés. Eu ando muito e passo muitas horas de pé, então, sofro demais de dores. Falei pro maridão: “Nossa, amor, você viu como tem coisas interessantes nesta loja? Olha aquele massageador!”. E ele respondeu: “Realmente! Você viu aquela panela? Que interessante!”. Coisas da vida moderna mesmo! kkkkkk.

Inversão de papeis: eu amando o massageador; ele, as panelas

Jantar deletado

Minha agenda de compromissos é pública, todos de minha equipe têm acesso, inclusive o meu marido, assim fica sabendo sempre onde estou ou aonde vou. Pois é, na agenda estava marcado no 12 de junho, Dia dos Namorados, jantar com o maridão. Só que surgiu um compromisso, como presidente do Podemos que sou, nesta segunda-feira em Sergipe, e o jantar foi cancelado. E toda vez que uma agenda é cancelada, a equipe recebe um alerta ‘deletar’, aí cada um clica em ‘aceitar’, que significa que está ciente disso. Agora, imaginem como ficou o meu marido ao ter de aceitar o ‘deletar’ jantar no Dia dos Namorados? Triste, mas vida de político é assim, tudo muda a toda hora, a todo momento. Eu prometo recompensá-lo em breve! (kkkkk)

Nosso jantar do Dia dos Namorados ficou pra depois

Nosso jantar do Dia dos Namorados ficou pra depois

Distritão ganha força

distritãoÉ impressionante! Desde que entrei no Congresso, em janeiro de 2015, só se fala em Reforma Política e nada se aprova. É muito desgastante, parece um filme de terror. Agora, a Câmara está caminhando para aprovar o Distritão, sistema pelo qual são eleitos os mais votados de cada Estado ou município. São Paulo, por exemplo, tem 70 cadeiras na Câmara dos Deputados, então, seriam eleitos os 70 candidatos mais votados.

Há muitos críticos a esse sistema, mas ele é o que mais se aproxima aos anseios da população brasileira, que está acostumada a votar em pessoas. Aquele negócio de lista fechada, de votar em partido, o eleitor não aceita isso. Nesse caso, portanto, o Distritão é mais ou menos a cara do eleitor, já que se vota num candidato. Ao mesmo tempo, esse sistema acabaria com o efeito Tiririca, porque não haveria mais quem puxa mais gente. E os partidos que costumam investir nesses candidatos caricatos deixariam de fazê-lo. Enfim, há vários pontos a favor e contra o Distritão, e um deles em questão é o financiamento eleitoral, que está em cheque. Proibiram o financiamento privado e não resta outra alternativa que não o público. Só que no sistema de hoje, com muitos candidatos, o financiamento público é inviável. É por conta disso que o Distritão está se tornando a cada dia realidade na Câmara. O número de favoráveis tem crescido, e o PSDB, até então contra, já está aceitando.

Em cima de tudo que tenho visto dentro e fora do Congresso, de uma forma bem pragmática, acredito que a proposta de lista fechada não passa, o Distritão tem chance, assim como a manutenção do sistema atual, mas com o fim das coligações ocorrendo somente eleição subsequente à 2018.

Uma questão de cultura

reforma-politica11Cá entre nós, essa reforma política está uma bagunça. São três comissões trabalhando simultaneamente. Inclusive com textos que divergem. Cheguei a estar com o presidente Rodrigo Maia para falar sobre isso, dizer que precisamos centralizar e organizar tudo isso, senão não vai dar certo.

Continuo dizendo que nunca vai ter uma reforma política construída por esta Casa. Precisamos fazer uma Constituinte à parte. Ouvir o debate dos deputados nos bastidores chega a ser hilário, pra não dizer triste. Dias atrás chegaram a propor o seguinte: aprova o Distritão, aí só lança 70 candidatos e bota os 70 eleitos. Olha o absurdo. Pra cada sistema eleitoral, alguém inventa uma situação hipotética para não ter renovação política. Penso que os problemas do país não são por causa do sistema eleitoral, são por causa das pessoas, sempre disse isso, é uma questão de cultura, de educação, de ética. Se a gente quer, realmente, uma reforma política de fato não vai ser por essa Casa. Estou sendo bem sincera. Política é o espelho da sociedade. Nas várias vezes em que promovi o debate sobre reforma política nas bases não houve consenso. Se não tem consenso fora, obviamente não haverá consenso dentro.

maio 20, 2017 - câmara dos deputados    2 Comentário

Resetando a política

“Que caos, estamos caminhando pro fundo do poço.” Comentários nessa linha têm sido ouvidos pelos quatro cantos do Brasil nos últimos dias, por causa da divulgação de áudio das conversas gravadas entre dono da JBS e o presidente Michel Temer e do empresário com o senador Aécio Neves. Mas não, gente, eu não vejo assim.  Acho até que o Brasil tinha de passar por essa chacoalhada geral.  Sim, é um triste e histórico momento na política nacional, mas que eu considero muito importante. E sabe porquê? Se voltarmos a uma década mais ou menos, o que víamos? Uma geração inerte e afastada da política, que odiava se envolver com política e repudiava quem quisesse falar sobre o assunto em roda de amigos, num bate-papo informal no bar, na escola, onde quer que fosse.

Hoje, a política domina as conversas da nossa juventude. Todo mundo antenado no que anda acontecendo. O Brasil está sendo passado a limpo. As grandes lideranças que se perpetuaram no poder estão caindo ou vão cair. Novos líderes surgirão.

Estamos vivendo uma revolução, talvez muita gente nem perceba isso, porque todos estão perplexos por tudo o que está acontecendo, mas já estamos vivendo essa revolução na prática. Vivendo o desabrochar de uma nova geração. Não existem grandes revoluções sem rupturas. As rupturas são necessárias para um novo amanhã, um novo momento político, com um novo perfil de políticos, uma nova mentalidade, uma nova forma de participação, uma nova forma de chegar ao poder, num sistema democrático mais inclusivo e coletivo, trazendo a população dentro, pra fazer parte disso tudo.

Talvez  tudo o que está acontecendo hoje no País seja muito positivo. Eu prefiro pensar assim, acreditar, de forma otimista e esperançosa, que novos e bons tempos estão chegando. Estamos resetando a política!

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Futebol relax

Tanto na terça quanto na quarta-feira, em meio à tensão das delações da Odebrecht e de votações importantes na Casa, por algumas horas o futebol atraiu a atenção de deputados, que se postaram na sala do café do plenário para acompanhar pelo telão os jogos Real Madrid x Bayer (na terça) e Barcelona x Juventus (na quarta), válidos pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões. Acho que alguns colegas estavam precisando de um relax, não é mesmo? Kkkkkk

deputados futebol

 

 

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