Tagged with " reforma política"

Financiamento de campanha

Também votamos o financiamento de campanha. Eu sou contra o financiamento privado de pessoas jurídicas, por isso fui muito pressionada, ameaçada, mas mantive minha convicção. É importante lembrar que a proposta foi derrotada na terça-feira, mas depois teve uma manobra regimental colocando na quarta-feira um texto semelhante em votação. Foi um agito só, com muitos deputados reclamando, xingando, foi complicado. O Chico Alencar até ergueu um cartaz, onde estava escrito “Empresa não doa, investe!”. Ai, como muitos colegas sabiam que eu tinha votado contra, um deles veio reclamar comigo: “Como assim, que absurdo. Você não recebeu doação de pessoa jurídica”? Sim, hoje é permitido, falei para ele, emendando: “Você gostaria de ser casado com duas mulheres? Sim? Então, por que não casa? Ah, não é permitido, né? E se fosse”? É a mesma coisa! Proibindo, geraria igualdade econômica para todos. Como hoje não tem, todo mundo sai em busca de financiamento privado, de financiamento de pessoa jurídica, mas, para mim e para a sociedade, não é o ideal. Se fosse proibido para todo mundo, todo mundo teria de se adequar à regra, o que tornaria a eleição um pouquinho mais igualitária, com o poder econômico influenciando menos. Votei duas vezes contra. Até dentro do meu bloco, eu fui uma das que votaram contra esse tipo de financiamento. A gente tem de ter coerência. É uma questão minha, não cedi às pressões e acredito ter me prejudicado muito por isso. Acho que minha fama de teimosa e persistente aumentou ainda mais.

Fim da reeleição

Terminamos a noite de quarta-feira votando um item extremamente importante para o nosso País: o fim da reeleição nos Executivos. Foram 452 votos favoráveis. Foi muito bom! Eu, pessoalmente, gostaria que fosse dado mais um passo, que era uma única reeleição nos legislativos, mas isso jamais passaria. Ninguém dá crédito quando falo sobre o assunto, então, só uma constituinte exclusiva para brigar por isso, porque aqui dentro… impossível!

maio 28, 2015 - câmara dos deputados    2 Comentário

Só confio na minha mãe

Eu fiquei muito brava. A gente chegou num consenso que era melhor votar num sistema eleitoral para evitar que se convergisse para o fim das coligações, que nosso grupo considera muito ruim. Como eu estava muito convicta do que estava defendendo, e isso é uma característica minha, um deputado, que tinha uma conversa para se compor de outra forma, passou a falar com cada um do grupo, desarticulando a nossa composição. Ele chegou a dizer para alguns colegas que, com certeza, eu estava recebendo benefícios para lutar daquela forma. Fiquei p… da vida e fui com os dois pés no peito dele, tirando satisfação, porque mulher não engole sapo, é fogo! Não se fala um negócio desses. O problema é que sou muita convicta, brigo mesmo pelas coisas que eu acredito. No final, conversando com um amigo, no final da sessão, ele falou: “Renatinha, eu só confio na minha mãe, isso se o assunto não for a minha irmã”. Sensacional!

maio 22, 2015 - câmara dos deputados    2 Comentário

Direito de jantar

Por causa da Reforma Política, a Câmara está bastante movimentada, com muitas reuniões, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Quarta-feira, a gente estava na reunião de líderes e vou falar uma coisa para vocês: o presidente Eduardo Cunha não dá trégua, ele coloca todo mundo para trabalhar ininterruptamente, sem intervalinho sequer.  Então, como eu ia dizendo, na reunião de líderes, Eduardo Cunha falava a todos nós que na “semana que vem vamos votar a Reforma Política, nem que fiquemos as madrugadas trabalhando, nada de obstruir, nada de deixar para depois, que é para terminar tudo na semana que vem mesmo”, quando foi interrompido pelo líder do governo, José Guimarães: “Presidente, faz não sei quantas semanas que eu não almoço e nem janto. A gente tem que ter pelo menos o direito de jantar”. Foi, realmente, muito engraçado ver o líder do governo pedindo pelo amor de Deus para poder jantar, mas está valendo a pena o jejum forçado, porque estamos num momento muito importante, que é a Reforma Política. Estamos todos muito empenhados em dar o nosso melhor para definir os novos rumos do cenário político.

Tchã, tchã, tchã, tchããããã

Querem saber como está o relatório da Reforma Política? Vou dar um panorama da situação. Sexta feira estive em Salvador participando de uma audiência pública sobre a Reforma Política, ao lado do meu deputado federal Bacelar, que é da Bahia. Eu estava concluindo os pontos que tinham sido apresentados no relatório um dia antes, praticamente na madrugada, quando o relator Marcelo de Castro me telefonou avisando que tinha mudado várias coisas. Ou seja, eu acho que até a votação desse relatório, semana que vem, é possível que se mude completamente o texto. Vereadores me ligam perguntando o que vai ser aprovado? Eu digo que não sei. Aliás, ninguém sabe ao certo o que vai acontecer nos próximos capítulos. Tchã, tchã, tchã, tchããããã!

maio 20, 2015 - câmara dos deputados    6 Comentário

Gastrite nervosa

Olha, esta semana pode ser resumida como a semana de minha gastrite nervosa (acho que terei de tomar omeprazol). Se eu passar intacta por ela, já vou estar aliviada. Estamos prestes a votar a Reforma Política na Comissão Especial, que começou assim que eu assumi o mandato. Várias bandeiras podem acabar com os pequenos partidos e com a renovação política. Todos os dias marco presença, brigo, discuto, mas a gente está vendo que o trator vai passar por cima. Para vocês terem uma ideia de como estão as coisas por aqui, o relatório já mudou três vezes. Primeiro, colocaram mandato de cinco anos para senador. Como isso não vai passar no Senado, alteraram para 10 anos. A população chiou e voltaram para cinco anos. Não há consenso! Para unificar todas as eleições, obrigatoriamente tem de se reduzir ou aumentar o mandato do senador, e é aí que entra a questão: se diminuir, não se aprova o relatório. É uma coisa que eu sempre brigo: acho que essa Reforma não poderia ser feita por esta Casa. Somos muitos, a maioria muito competente, mas a grande verdade é que muita gente está defendendo seus interesses ou questões partidárias. Então, é muito complicado. Mais uma vez reitero que deveríamos brigar por uma Constituinte à parte para fazer essa Reforma Política. Eu estou lutando com unhas e dentes contra cláusula de barreira. Parece que aqui dentro da Câmara eles querem responder aos gritos das ruas acabando com os pequenos partidos. Ridículo, porque as manifestações populares não foram contra as pequenas legendas, mas contra um sistema corrompido por escândalos de corrupção, não é mesmo? O resultado das eleições foi justamente o inverso do que eles estão querendo, foi a fragmentação do Congresso, colocando novas legendas e novos parlamentares nesta Casa, que vieram através dos pequenos e médios partidos. Bom, vamos ver o que vai dar. Vou continuar lutando incansavelmente para que a gente consiga a predominância de um sistema razoável, e que permaneçam as minorias e a renovação política.

 

Muito fôlego e concentração

Terça-feira, acordei às 5h30 para pegar o voo para Brasília, mas, quando cheguei ao aeroporto, lembrei de uma agenda não marcada, que era um café da manhã com o governador Geraldo Alckmin. Saí correndo para lá. Foi um encontro muito interessante, com a bancada paulista do Congresso, falando dos projetos importantes para o Estado de São Paulo, do impacto de alguns projetos de lei aprovados no Orçamento do Estado. Foi muito positivo.  Saí de lá também correndo para o aeroporto. Cheguei em Brasília no ápice: quatro comissões simultâneas, no mesmo horário, Reforma Política, CCJ, Ciência e Tecnologia e audiência pública de Ciência e Tecnologia com Seguridade Social. E mais: reunião do colégio de líderes. Para entender: reunião de líderes é onde se define a pauta do que será votado em plenário na semana. Reúnem-se os líderes dos partidos para discutir o que vai ser votado, o que tem consenso ou não tem e como mais ou menos os partidos vão votar. Então, fiz tudo isso ao mesmo tempo e ainda teve sessões tensas à noite. Haja pernas, fôlego e concentração. Ufa!

Votar a favor ou contra?

Essa questão do ajuste fiscal. Quero compartilhar com vocês. Como é difícil, né? Uma das questões mexe com o seguro do trabalhador. Hoje, uma pessoa trabalha seis meses e, se demitida, tem direito a receber o seguro desemprego por quatro meses. O governo propõe um período maior de trabalho para o trabalhador, se demitido, vir a ter direito ao seguro desemprego. A questão é: se você vota a favor do projeto, prejudica os trabalhadores e recebe toda uma carga de pressão popular; se você vota contra… Tudo bem, o governo teve seus problemas de gestão e tal, mas ele precisa reorganizar suas finanças, não tem jeito. Tem de cortar de tudo quanto é lado. Ai, penso: para que lado caminhar? Não adianta só criticar o governo agora, o problema está aí, precisamos resolver a situação. O problema é tentar amenizar a crise o máximo possível. Penso muito nisso, sabe, e estou numa dúvida tremenda. Eu me preocupo. Se a gente não fizer alguns ajustes nas contas, a crise pode piorar ainda mais. Então, ainda não foi votado, temos um tempo para refletir os pros e contras. Era até legal vocês participarem, darem suas opiniões sobre a questão, de como veem isso. Gostaria muito de saber o que vocês acham a respeito do assunto. Qual é a opinião de vocês?

Tolerância nos pedágios

Um projeto de lei que vou protocolar na Câmara dos Deputados é sobre a cobrança de pedágios nas rodovias. A questão diz respeito às cabines de cobrança que estão instaladas antes dos retornos. Dias atrás senti a situação por ter errado o caminho e ser obrigada a retornar. Num intervalo de poucos minutos, paguei duas vezes o pedágio: a primeira, na ida, e a segunda, após fazer o retorno. Isso mesmo: duas tarifas em menos de 15 minutos. Quantas pessoas por dia passam pela mesma situação, errando o caminho e pagando duas vezes o pedágio? Não é justo isso, não é mesmo? Já que o retorno nunca é antes do pedágio, deveriam dar um tempo mínimo de tolerância para quem erra o caminho.  Por isso, vou protocolar projeto de lei para que haja tolerância de 15 a 20 minutos, a fim de parar com essa dupla cobrança para quem erra o caminho.

Enquete via whatsapp

Agora começou o momento das enquetes na Câmara. Todos os partidos começaram a fazer enquetes com os parlamentares para saber a posição de cada um com relação à Reforma Política, que em breve será votada. Todo mundo quer saber a posição do plenário. Ai, eu tive uma ideia: vou fazer via whatsapp. Peguei o contato de todos os deputados e vou mandar via whats a minha enquete. Aqui, tudo é no papel, então, quero ver se eles vão se adaptar a responder perguntas via digital. Vou fazer um teste na semana que vem. Vou torcer para dar certo. Assim, fica mais fácil pedir votos para os meus projetos, ao mesmo tempo em que colaboraremos com o Meio Ambiente, economizando papel.

Páginas:«1...7891011121314»