Trabalho de bastidores

Acho engraçada a cobrança de amigos me cobrando para estar falando na tribuna. Fiz meu pronunciamento nesta manhãzinha, mas não dá para ficar o tempo todo no microfone. Estou nos bastidores, batalhando e ganhando, votos, um a um. Isso dá um trabalho tremendo de convencimento. Ou fico na tribuna falando, mostrando que estou lá e gritando pelo impeachment, ou fico nos corredores me empenhando para o processo passar pela Câmara. Não é fácil! Eu sempre digo aqui para vocês, quem mais trabalha é quem fica nos bastidores.

Meu palpite: 376 votos

Aqui é uma partida de xadrez diária. O meu sentimento é o seguinte: o jogo mudou muito, a sensação pró impeachment é muito grande, a pressão da população ajuda muito demais no processo e cada vez mais temos parlamentares se posicionando a favor. Estou bem otimista. Têm vários bolões na Casa. E minha aposta é 376 votos a favor do impeachment. Vamos ver se eu acerto!

Otimista com o amanhã

Brasília vive dias de intensas articulações. À frente do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, têm carros e carros de deputados, que chegam para audiências com ele. Agora vou falar uma coisa para vocês, conversei com o Temer e, cá entre nós, fiquei bem otimista, sabe. Percebi que ele está com boas intenções, se preocupando em colocar pessoal técnico no governo, em reduzir o número de ministérios, em trabalhar a política econômica. Se a imprensa deixar e nenhum escândalo aparecer, acredito que ele tenha condições de fazer um bom governo e unificar o Brasil. Sai de lá bem otimista. A gente tem de se unir mesmo pelo Brasil. Muita gente fala que a presidente vai cair e que todas as miras vão se voltar contra o Temer, mas acho que temos de ter muita cautela num primeiro momento, deixar ele governar para ver o resultado. Meu sentimento, hoje, é que se o governo Dilma cair, a onda de otimismo no país vai melhorar muito. E isso já melhora também a economia, o parque industrial, enfim, tudo.

 

Aniversário no plenário

Depois de uma quinta-feira de muitas articulações, deixei o Congresso tarde da noite e fui jantar com minha equipe, para comemorar antecipadamente o meu aniversário, que é nesta sexta-feira, abertura das sessões de discussão do impeachment no plenário e também de intenso trabalho de convencimento em pró do impeachment!

Virando o placar pra valer

Acabo de participar de uma entrevista coletiva, no salão verde da Câmara, onde anunciamos a aliança entre PTN, PHS, PSL, Pros e PEN. Juntos, somos 30 deputados federais, 26 favoráveis ao impeachment. Até domingo, esse número pode subir ainda mais. Tenho comigo a sensação que esses votos, provavelmente, decidirão o processo na Câmara tão almejado pelo povo brasileiro. Na conversa com os jornalistas, fiz questão de deixar bem claro que nosso grupo representa o povo e a ele deve lealdade. Não buscamos decidir por um Brasil vermelho ou azul, de direita ou de esquerda, do Norte ou do Sul. Nossa missão é maior. Queremos devolver à população o poder e a esperança, e que juntos nós podemos decidir por um Brasil ainda melhor!

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Entrevista coletiva no salão verde da Câmara: aliança de cinco partidos

Viramos o placar

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Vamos lá, amigos, uma ótima notícia para todos nós. Hoje, já temos 8 votos, maioria dentro da bancada do PTN a favor do impeachment. O trabalho de convencimento, com argumentações firmes, pontuando cada motivo para dizer ‘sim’ na votação nominal no plenário, resultou nessa mudança importantíssima. E vamos continuar empenhados para conseguir mais adesões. É assim que se faz, não com imposição, mas conversando, discutindo e apresentando a importância de sermos favoráveis ao processo de impedimento, porque é o futuro do Brasil que está em jogo. Até domingo, não tenho dúvidas, estaremos unidos nesse posicionamento. Estou muito feliz. A orientação do PTN, domingo, será ‘sim’ a favor do impeachment!

 

 

Pergunta sem noção

Eduardo Cunha deu coletiva à imprensa sobre as regras da votação em plenário. Eu estava passando por ali justamente no momento em que um repórter perguntava qual será o voto dele, porque mesmo presidindo a Casa ele vai votar domingo. Cunha fez uma cara de pastel, olhou fixo para o jornalista e respondeu: “Vou avaliar a acusação e a defesa para só depois tomar minha decisão”. Que pergunta mais sem noção! Alguém neste imenso Brasil tem alguma dúvida qual será o voto dele?

Calo na língua

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Aqui, a temperatura continua altíssima. Um caldeirão de água fervendo em cada cantinho da Câmara. Muitas articulações ocorrendo em cada centímetro do Congresso. Ontem passei o dia inteiro conversando, chamando deputado por deputado, convencendo-os a votar pelo impeachment. Muito trabalho. Estou com calo na língua de tanto falar, argumentar e convencer. Conseguimos reunir um grupo legal, do PTN, do PHS, do Pros, do PSL e do PEN, pra que a gente faça uma frente de apoio ao impeachment e consiga essa vitória no domingo. E esse grupo só tende a crescer.

 

Até o último minuto

Agora é pra valer! O parecer do relator da Comissão Especial, Jovair Arantes, vai ser lido hoje no plenário da Câmara. Para que o processo siga em frente, ou seja, chegue no Senado, que é a Casa que vai votar o impedimento de Dilma, são necessários 2/3 dos votos favoráveis ao encaminhamento. Se isso não ocorrer, a ação é arquivada. Amanhã, o documento do relator será publicado no jornal da Câmara e na sexta-feira começam as sessões. A previsão é que teremos três sessões na sexta, três no sábado e uma no domingo, quando, então, haverá a votação, que vai ser nominal. Ainda não está definido se a chamada será por ordem alfabética ou por região, podendo começar pela Sul ou pela Nordeste. Esses e outros detalhes serão definidos daqui a pouco, na reunião de líderes partidários com o presidente Eduardo Cunha. Muitos estão me questionando o voto do PTN na Comissão Especial. Jamais escondi de vocês que o partido estava dividido. E não só o nosso. Várias legendas encontram-se na mesma situação, mas, ao contrário delas, que na Comissão Especial optaram por anunciar a liberação da bancada, nós preferimos agir da forma mais transparente possível, anunciando o nome de cada deputado que vai votar em plenário a favor do impeachment de Dilma. Eu, como tenho dito há meses, vou votar sim. E até o último minuto antes da votação no domingo não desistirei do trabalho de convencer cada deputado contrário, independentemente de partido,  a fazer o mesmo, embora, como rege a democracia, cada um deve decidir conforme a sua consciência, responsabilizando-se por seus atos. Eu fechei com o povo e não abro mão disso!

Sete dias de decisões

Brasília com sol muito quente e a temperatura vai subir ainda mais ao longo desta semana no Congresso. Hoje temos a votação do processo de impeachment na Comissão Especial. Essa votação deve terminar por volta das 10 horas da noite. Pelo cronograma oficial, a decisão será lida amanhã em plenário, o presidente Eduardo Cunha a publica no Diário Oficial e, 48 horas depois da publicação, ou seja, na sexta-feira começa a votação dos 513 deputados, que deve se estender até domingo. São sete dias de decisões muito importantes. A tendência hoje é que a Comissão Especial do Impeachment aprove o parecer do relator Jovair Arantes, favorável ao encaminhamento do processo para o Senado. Basta maioria simples. E a partir daí, sim, é que o jogo começa pra valer. Deputados aliados ao governo dizem que o Palácio tem perto de 200 votos na Câmara dos Deputados; os favoráveis ao impeachment estão em torno de 300 parlamentares. Como a Casa tem 513 deputados, se analisarmos friamente pelo menos 100 votos estão flutuando, disputados tanto de um lado quanto do outro. Para aprovar em plenário são necessários 342 votos (2/3 da Casa). Acho que o parecer passa tanto na Comissão quanto no plenário. Eu estou do lado de cá, do povo, favorável ao impeachment, porque o Brasil atravessa momento muito delicado e temos de reconstruir o futuro.

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Comissão Especial vota hoje o parecer do relator Jovair Arantes

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