Amigos, passei esse feriado prolongado curtindo a família, mas também refletindo muito sobre o momento que atravessamos politicamente. Não propriamente sobre a crise em si, mas sobre a dificuldade de boa parte da população em entender a engrenagem política. Vi muitos posts nas redes sociais e ouviu algumas conversas que os deputados federais e os senadores serão os responsáveis por atropelar a democracia e empossar um presidente ilegítimo, que assumirá o país sem ter disputado a eleição, sem nenhum voto e coisa e tal. Sabem o que isso significa? Que essas pessoas não compreendem as regras do jogo democrático, não sabem o que está escrito na Constituição. É essa mesma parcela da população que se diz insatisfeita com a classe política, mas que elege sempre os mesmos atores políticos. Isso demonstra claramente a falta de conhecimento e de amadurecimento político, resultante de uma Educação que ignora a alfabetização democrática de seu povo. Uma Educação que deveria ir além das aulas de português e matemática. Que fornecesse mais conteúdos sociais e de cidadania, ensinando e discutindo, por exemplo, energia sustentável, mobilidade urbana e, principalmente, política. Ano passado, protocolei um projeto de lei para incluir Política e Direitos Básicos de Cidadania na grade curricular dos ensinos Fundamental e Médio para que a partir da próxima década possamos ter uma sociedade mais crítica, mais atenta e com conhecimento pleno de como funciona o sistema. A proposta é ensinar os alunos, e futuros eleitores, como cobrar do político os resultados de quem ele estará representando. É fazer com que os futuros políticos saibam que os seus eleitores serão como eles, com capacidade e conhecimento de todo o mecanismo democrático, fazendo valer seus direitos de participar e opinar em todas as questões em discussão no campo político. Essa é a minha proposta, minha principal bandeira no Congresso que, apesar de já ter recebido parecer favorável da relatoria, está parada na Comissão de Educação da Câmara. Hoje, temos políticos que sabem que não serão punidos nas urnas porque a população não acompanha os mandatos, porque mal sabem o que eles fazem. Mas, com política sendo ensinada nas escolas, os maus políticos deixarão de existir, porque a futura geração de eleitores estará preparada, atenta e muito mais participativa. Tenho certeza disso!
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