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Engraçadinho ele, né?

Ontem deveria ter sido votada a questão das cotas femininas no Legislativo (acabou ficando para a próxima semana), e aí um deputado chegou pra mim e, brincando, falou: “Renatinha, vai ser difícil aprovar a cota das mulheres, mas eu tenho a solução”. Lógico que quis saber qual era. “Põe uma aglutinativa (espécie de emenda) acrescentando que sejam mulheres com menos de 30 anos, solteira e bonita. Vai aprovar rapidinho. Você ainda pode aumentar a cota para 50%, que passa fácil”. Engraçadinho ele, né? Hahahaha!

Alegria e angústia

Conheci em Santos uma pré-adolescente, de uns 12 anos, e o sonho dela é ser política. Esse desejo me fez refletir muito, sabe. Eu acho que a nossa sociedade vai começar a mudar a partir dessa geração, que não quer só xingar políticos, mas quer ser político. Meu deu muita esperança isso, me fez enxergar uma luz no fim do túnel. No feriado da semana passada, aproveitei meu primeiro descanso desde que assumi o mandato para refletir muito sobre política. Ninguém tira de mim que precisamos, urgentemente, fazer uma reforma educacional neste País, precisamos formar cidadãos de verdade e a imprensa tem de ter um papel fundamental nisso. Hoje, a mídia quer sempre denegrir a imagem da política, dos políticos, e isso acaba, talvez sem querer, fazendo com que a população, os jovens, enfim, ninguém do bem queira vir para a política. Um círculo vicioso ruim. Se amanhã eu ver que fiz minha parte, aprovei meus projetos, consegui fazer a transformação que achava que poderia contribuir e quiser dar um salto maior –  ir, por exemplo, para o Executivo e fazer um pouco mais -, confesso que tenho muito medo. Num primeiro momento, não iria. Quando você vai, certamente vai ser odiado por parte da população, por mais que faça tudo direitinho. Imagine o psicológico disso. Pensa num político adorado, num prefeito que todo mundo ama, num presidente da República amado? É difícil. Você pode dar o melhor de si, mas o reconhecimento vai ser sempre muito inferior à quantidade de inimigos. Precisa ter muita coragem para enfrentar tudo isso. Mas, sabe, quando as pessoas começarem a falar coisas boas da política e mais pessoas do bem queiram entrar, talvez a gente consiga mudar tudo isso. Essa menina que quer ser política me deixou muito feliz e esperançosa do amanhã. Enfim, quis compartilhar com vocês essa alegria e essa angústia.

 

Missão: Brasil do amanhã

Eu sinto que a minha missão aqui é muito mais do que resolver os problemas do Brasil hoje. É trabalhar o Brasil do amanhã. Eu me preocupo muito com isso. A gente tem uma cultura que precisa mudar. Não são só alguns políticos que são corruptos. A corrupção está presente em todas as classes, categorias, segmentos, profissões. Infelizmente! É um problema cultural do Brasil. E só mudaremos essa cultura se resgatarmos essa juventude que está vindo e pensarmos, realmente, no futuro. Eu vejo meus filhos e quero que eles tenham orgulho deste País. Eu luto por esse País como lutaram meu tio Dorival e meu pai, Zé de Abreu. Quero que os jovens vão às urnas não porque o voto é obrigatório, mas porque são cidadãos. Lutamos tantos anos contra a ditadura militar, pelo direito de votar, de escolher nossos governantes, e agora tem gente que não dá a mínima por esse direito que antigas gerações lutaram tanto (e muitos até morreram) para conquistar. Hoje, vejo algumas pessoas sem terem consciência do que representam os seus votos. Acho que a gente tem uma grande missão pela frente, que começa com Educação, com resgate das nossas crianças e dos nossos jovens. A gente nunca tem de perder esse foco, que é construir o prédio da democracia começando por sua base, na sua raiz. O Brasil de amanhã depende das nossas atitudes hoje! (Meu momento de reflexão nos dias de descanso).

 

Votos com pesos iguais

Participei terça-feira à noite de um debate ao vivo na TV Câmara, foi muito interessante. Um dos temas abordados foi voto obrigatório ou facultativo, que ainda será votado na Reforma Política. Gostei muito do comentário feito pelo cientista político Leonardo Barreto, também presente ao debate. “O cara (eleitor) consciente estuda o candidato, passa um mês analisando suas propostas e bandeiras e decide votar nele. Ai, na hora de votar, vê um outro eleitor pegando um santinho na rua e, fala para si mesmo, pô o meu voto, que eu demorei vários dias para definir, vale o mesmo que esse.” Tem razão o Leonardo, mesmo peso para dois comportamentos completamente diferentes. Isso exige reflexão!

Gostei miotp de particicpar do programa Expressão Nacional, na TV Câmara

Gostei muito de participar do programa Expressão Nacional, na TV Câmara

Eu estava lá, sim

Esta Casa deixa a gente tão maluca que eu entrei terça-feira no plenário e comecei a discutir alguns assuntos com outros parlamentares. Como não teve votação nominal, esqueci de registrar minha presença. Poxa, então, se vocês verem minha falta lá na lista de presença, garanto que eu estava lá sim. Eu vivo fazendo isso. Sou muito esquecida de marcar presença. Preciso urgentemente corrigir isso (rs)

Telecentros nas comunidades

Estive no Ministério de Ciência e Tecnologia para conversar sobre alguns projetos com o secretário de Inclusão Social, Eron Braga Bezerra. Lá, eles têm projetos muito legais e eu quero levar um deles para as comunidades: é o Telecentro. Eu ando muito pelos núcleos habitacionais de São Paulo e, como não há lazer neles, as crianças ficam nas ruas. O Telecentro, nessa nova geração tecnológica, tiraria essa turminha das ruas. Eu achei esse projeto o máximo e vou destinar algumas emendas para sua instalação nas comunidades.

Ah, esqueci de falar uma coisa importante. Participem do meu mandato, mandem ideias de projeto de lei, exponham as dificuldades que enfrentam, que, de repente, a gente pode trabalhá-los aqui. É importante essa participação popular. Eu vou adorar propor projetos de iniciativa de vocês, viu!

Higlander de Brasília

Conversando com o secretário Eron Braga Bezerra, da Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, ele me disse que não tem medo de nada. Contou que já caiu três vezes de avião, envolveu-se em 13 acidentes de carro, teve cinco malárias e… está vivo. Diante disso, eu não aguentei e, na linha do perco o amigo mas não a piada, falei que vaso ruim não quebra (rs). Fiquei impressionada com a história dele. Um autêntico Higlander.  Ele, que já foi deputado estadual no Amazonas, é uma pessoa maravilhosa, supersimples e com muitas ideias geniais. Foi muito prazerosa a minha visita ao ministério.

O secretário Eron Arruda me mostrou vários projetos interessantes do ministério

O secretário Eron Arruda, que não fuma, nem eu, me presenteou com um charuto cubano e um livro sobre a Amazônia, de sua autoria

Passagem secreta. E que visão!

Descobri uma passagem secreta dos deputados. Lá no plenário, na lanchonete, tem uma portinha num canto. Já vi vários colegas indo para lá. Curiosa, fui ver o que era. Vocês não imaginam que lugar maravilhoso, muitos vão ali para fumar (argh!), mas a vista é deslumbrante, dá para ver Brasília toda. A foto não é boa, mas, ao vivo, estava um pôr do sol magnífico, lindo, lindo, lindo!

cenario

Cadê você, ‘Dudu’?

Esta semana estou estranhando demais sem o nosso presidente, o ‘Dudu’. Ele está em missão oficial, e tudo está muito calmo aqui, gente! Para quem quer trabalhar é muito boa essa dinâmica que ele dá na Câmara. Nesta terça-feira estava tudo muito parado, desanimador. Eu gosto daquele agito, daquele faz acontecer que ele faz. É isso mesmo, a Casa tem que andar. Cadê o ‘Dudu’? Está fazendo falta no Congresso (rsrs).

maio 31, 2015 - câmara dos deputados    9 Comentário

Coincidência das Eleições

Nesta semana vamos votar a Coincidência das Eleições, um tema que eu tinha certeza ser a favor. Mas, quando comecei a ouvir os argumentos contra, passei a me questionar. Sinceramente, revelo a vocês que não sei o que votar. Em princípio, a Coincidência das Eleições geraria economia muito grande para o País e evitaria as candidaturas trampolins (o cara concorre para deputado, mas de olho na eleição seguinte para prefeito, por exemplo), o que seria muito bom. No entanto, quem fala contra a Coincidência das Eleições também apresenta bons argumentos: primeiro, ofuscaria o debate municipal, porque com a unificação estariam todos de olho no pleito para presidente da República. E onde é a base, ou seja, o município, o debate ficaria em segundo plano, o que é muito ruim; segundo, é impossível para a Justiça Eleitoral registrar candidaturas, julgar impugnações e prestações de contas de todos os candidatos numa eleição unificada. São 5 mil e poucos municípios, então, se tornaria inviável; e terceiro, a Coincidência das Eleições faria com que só se discutisse os problemas do Brasil de cinco em cinco anos, ou de quatro em quatro anos (dependendo do tempo de mandato ainda a ser votado na Reforma). Então, realmente, não tenho uma posição tomada sobre o tema.

 

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