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Tchã, tchã, tchã, tchããããã

Querem saber como está o relatório da Reforma Política? Vou dar um panorama da situação. Sexta feira estive em Salvador participando de uma audiência pública sobre a Reforma Política, ao lado do meu deputado federal Bacelar, que é da Bahia. Eu estava concluindo os pontos que tinham sido apresentados no relatório um dia antes, praticamente na madrugada, quando o relator Marcelo de Castro me telefonou avisando que tinha mudado várias coisas. Ou seja, eu acho que até a votação desse relatório, semana que vem, é possível que se mude completamente o texto. Vereadores me ligam perguntando o que vai ser aprovado? Eu digo que não sei. Aliás, ninguém sabe ao certo o que vai acontecer nos próximos capítulos. Tchã, tchã, tchã, tchããããã!

maio 20, 2015 - câmara dos deputados    2 Comentário

Olha o jabuti aí, gente!

Terça-feira foi o Dia do Jabuti. Não, nada de homenagem ao réptil parente da tartaruga ou alguma referência ao Prêmio Jabuti de Literatura. Lembram daquele post que eu escrevi sobre o jabuti que sobe na árvore (dia 19 de fevereiro)? Pois bem, pegaram a MP (Medida Provisória) 668, que trata da questão de impostos sobre importação, e colocaram muita emenda nada a ver com o tema da MP. Foi emenda pra responsabilizar cartorários, emenda para extinguir a prova da OAB, emenda para autorizar o Legislativo pra fazer PPP (Parceria Pública e Privada) para construir o anexo 5 da Câmara (mais conhecido como shopping parlamentar), emenda para a ampliação de municípios atendidos pela Sudene. Vixe, foi um monte de jabutis! A palavra mais dita no plenário foi jabuti. Vale conferir na taquigrafia da Casa o número de vezes que a palavra jabuti foi dita na votação da MP 688. Foi impressionante! Para que vocês entendam o procedimento, uma MP tem de ser votada porque ela tranca a pauta de votações. Por isso, é a chance de se aprovar várias coisas ali, na mesma hora. Então, o relator designado sai colocando coisas nada a ver com o assunto pra tentar aprovar tudo numa só leva. É, gente, o uso desse ‘jabuti na árvore’ seria engraçado se não fosse trágico!

maio 20, 2015 - câmara dos deputados    2 Comentário

Índios no plenário

Hoje tivemos novamente índios no Congresso. Tem uma comissão especial analisando as novas regras para demarcação de terras indígenas (PEC 215/00) e o plenário foi ocupado por esse grupo, descendentes dos primeiros habitantes do Brasil antes da descoberta por Pedro Álvares Cabral. E eu fiz questão de tirar uma foto para vocês!

indios

maio 20, 2015 - câmara dos deputados    6 Comentário

Gastrite nervosa

Olha, esta semana pode ser resumida como a semana de minha gastrite nervosa (acho que terei de tomar omeprazol). Se eu passar intacta por ela, já vou estar aliviada. Estamos prestes a votar a Reforma Política na Comissão Especial, que começou assim que eu assumi o mandato. Várias bandeiras podem acabar com os pequenos partidos e com a renovação política. Todos os dias marco presença, brigo, discuto, mas a gente está vendo que o trator vai passar por cima. Para vocês terem uma ideia de como estão as coisas por aqui, o relatório já mudou três vezes. Primeiro, colocaram mandato de cinco anos para senador. Como isso não vai passar no Senado, alteraram para 10 anos. A população chiou e voltaram para cinco anos. Não há consenso! Para unificar todas as eleições, obrigatoriamente tem de se reduzir ou aumentar o mandato do senador, e é aí que entra a questão: se diminuir, não se aprova o relatório. É uma coisa que eu sempre brigo: acho que essa Reforma não poderia ser feita por esta Casa. Somos muitos, a maioria muito competente, mas a grande verdade é que muita gente está defendendo seus interesses ou questões partidárias. Então, é muito complicado. Mais uma vez reitero que deveríamos brigar por uma Constituinte à parte para fazer essa Reforma Política. Eu estou lutando com unhas e dentes contra cláusula de barreira. Parece que aqui dentro da Câmara eles querem responder aos gritos das ruas acabando com os pequenos partidos. Ridículo, porque as manifestações populares não foram contra as pequenas legendas, mas contra um sistema corrompido por escândalos de corrupção, não é mesmo? O resultado das eleições foi justamente o inverso do que eles estão querendo, foi a fragmentação do Congresso, colocando novas legendas e novos parlamentares nesta Casa, que vieram através dos pequenos e médios partidos. Bom, vamos ver o que vai dar. Vou continuar lutando incansavelmente para que a gente consiga a predominância de um sistema razoável, e que permaneçam as minorias e a renovação política.

 

maio 14, 2015 - câmara dos deputados    4 Comentário

Petrodólares sumiram

Lembra na semana passada quando o pessoal dos movimentos sindicais jogou no plenário petrodólares com a cara da Dilma, do Lula e do Vaccari? O chão do plenário ficou cheio desse ‘dinheiro’. Um deputado comentou que, quando o pessoal da limpeza foi limpar o plenário, não tinha mais nenhum petrodólar no recinto: “Não estão deixando escapar nem petrodólares de mentira”. Hahahaha!

... forrou o chão do plenário durante a votação

Depois de o plenário ficar forrado de petrodólares de mentira, o ‘dinheiro’ simplesmente sumiu antes que fosse feita a limpeza do plenário

Compromissos e momento de fé

Final de semana foi muito cansativo. Dormi muito pouco. A gente fez diversas agendas do Dia das Mães. Estive em muitos núcleos de idosos e distribui rosas para as mães que residem em núcleos comunitários da Capital. Sexta, sábado e domingo de agenda intensa. Domingo também consegui ir à missa com minha mãe, foi muito gostoso. Estava precisando desse momento de fé. Já na segunda feira fui atender a base. Estive no escritório do vereador Claudinho, meu amigo, meu parceiro, meu aliado, e, juntos, atendemos a população de São Paulo. É sempre assim, quando não estamos em Brasília, estamos em São Paulo, atendendo a população que depositou seu voto de confiança nessa missão de representá-la no Congresso.

Entrega de flores às mães residentes em núcleos comunitários em São Paulo

Entrega de flores às mães residentes em núcleos comunitários de São Paulo

Protocolo Dudu

Fui fazer checkup na Câmara, obrigatório para admissão, que eu ainda não tinha feito. Tinha de fazer o teste ergométrico, na esteira. Foi quando o médico falou que o teste ergométrico era no ‘Protocolo Dudu”. Não entendi nada: “Protocolo Dudu?”. Ele explicou: “A esteira está com um probleminha e de vez em quando ela dispara, igual o nosso presidente da Casa, o Eduardo Cunha”. Será que o presidente da Câmara conhece esse protocolo? Hahaha!

Aposentadoria do funcionalismo

Resolvi voltar ao tema da PEC da Bengala. A discussão girou em torno do seguinte: quem defendeu a não aprovação da aposentadoria compulsória aos 75 anos para ministros do STF argumenta que deveria haver a renovação nos quadros e que a aprovação da PEC fará com que o tempo médio em que um ministro ocupará o cargo no Supremo Tribunal Federal suba de 17 para 22 anos. Já quem aprovou o aumento de 70 para 75 anos fala na experiência, quanto mais idade mais experiente como ministro no STF e com mais propriedade na tomada de decisões. Além do que, a extensão para os 75 anos vai gerar economia ao governo, porque, logicamente, vão se aposentar mais tarde e contribuir mais. Esses são os pontos de um lado e do outro. O texto aprovado da PEC da Bengala é o projeto original enviado pelo Senado. Mas tem um detalhe: a aposentadoria compulsória aos 75 anos poderá ser aplicada a todos os servidores públicos por meio de uma lei complementar a ser discutida pelo Congresso. O que vocês acham disso?

 

Perdi a noção das horas

A gente fica meio pinel depois uma jornada intensa de trabalho. Como a sessão em plenário, segunda-feira, acabou depois da meia-noite, as luzes do Congresso ficaram acessas. Lembra que eu falei que as luzes aqui apagam à meia-noite? Mas, quando tem sessão noite adentro, a energia não é desligada. Então, sem noção da hora, eu subi pro meu gabinete, entrei e lá estavam meu chefe de gabinete e o assessor que havia me acompanhado na sessão. Virei para eles e, sorridente, disse: “Tenho uma boa notícia para vocês. Hoje eu não vou despachar, vou embora”. Eles não entenderam nada. Eu achava que eram 9 horas da noite, 10 no máximo, e estava dando uma boa notícia para eles, que iriam  mais cedo para casa. Ai sentei lá, peguei minhas coisas e olhei o relógio: meia-noite e meia. “Como? Meia-noite e meia? Ué, não apagou a luz ainda?”, falei. Lembro que minha referência de horário é a luz da Câmara, ou seja, apagou, então é meia-noite. Pois é, a minha alegria por uma notícia legal para eles durou pouco. Sorry, foi mal, hein? Hahahaha!

Essa matemática não fecha

Uma coisa que me chateia demais nessa experiência como deputada federal é a questão de agenda. Eu não canso de dizer isso: algumas pessoas não entendem, demandam muita atenção de você. “Ah, agora que é deputada não atende mais”, reclamam. Estou trabalhando o dia inteiro, muitas e muitas vezes avançando madrugada adentro. As pessoas ligam para pedir agenda, mas eu só tenho horário disponível para maio e junho, porque eu sou uma só, obviamente, não tem como. Essa matemática não fecha. Isso me chateia um pouco, porque algumas pessoas te julgam ou te criticam, mas elas não estão na minha pele, não sabem o que é conciliar essa vida maluca, com parte em Brasília, parte em São Paulo, com filhos pequenos, marido, mãe que quer atenção, empresa para cuidar, base para tomar conta. Conciliar tudo isso não é fácil e as pessoas não são compreensivas. O mais engraçado é as pessoas querendo chamar a atenção, que estão vivas… Então, amigo que é amigo está sempre presente, independentemente de estar a seu lado fisicamente.