maio 27, 2016 - câmara dos deputados    8 Comments

Sem mais impostos

 

propostas temer

Além da Meta Fiscal, Michel Temer anunciou nesta semana série de medidas para tentar controlar as contas públicas. Eu gostei bastante. Achei as medidas bem sensatas. E estou feliz, porque pela primeira vez não vamos ter a implantação de mais impostos como solução imediata para consertar o estrago. Como todos sabem, sou totalmente contra a criação de impostos, até porque a carga tributária existente já é por demais cruel ao bolso do trabalhador e das empresas. Do anunciado pelo governo, destaco:

  • A reforma da Previdência está sendo feita por um grupo da sociedade civil que, juntamente com os sindicatos dos trabalhadores, busca de forma consensual qual a melhor saída para sanar os problemas de caixa;
  • O governo repassou R$ 500 bilhões para o BNDES ao longo do tempo. Portanto, o banco devolverá R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional. A ideia é que sejam devolvidos R$ 40 bilhões neste momento, e o restante no futuro;
  • Envio ao Congresso de uma PEC limitando o gasto público. A proposta prevê que o aumento anual dos gastos públicos não poderá ser maior do que a inflação do ano anterior;
  • Temer também propõe a extinção do Fundo Soberano, criado em 2008 com a sobra do superávit primário e com royalties do petróleo. São R$ 2 bilhões parados, que virão para cobrir o endividamento do País;
  • O governo pretende também priorizar projeto que está no Congresso sobre a governança dos fundos de pensão e estatais. Conhecida como lei das estatais, o texto já foi aprovado pelo Senado Federal e está agora na Câmara dos Deputados. O projeto visa introduzir critérios rígidos para nomeação de dirigentes dos fundos e das empresas estatais. É uma regra tecnicamente correta, porque teremos a meritocracia funcionando. As pessoas que vão para esses fundos serão tecnicamente preparadas;
  • Pretende sancionar a proposta aprovada no Senado sobre a participação da Petrobras no Pré-Sal;
  • Nenhum ministério poderá propor projetos que resultem aumento de subsídios, salvo se mostrarem compensação.

E vocês, o que acharam dessas medidas?

 

8 Comentário

  • Acho qnt a reforma da previdência, há uma questão não falada que é sobre a Confins. A reforma fala que precisa sanar o caixa da previdência, mas esse calculo é feito sem incluir a Cofins. Sanando a previdência iriam extinguir a Confins?

  • É uma farsa, né?

    Acaba de ser aprovado aumento salarial para diversos setores do funcionalismo público. Com apoio do governo, que cortou verbas de programas sociais que atendem aos mais pobres.

  • Não acreditem em notícias da imprensa privada golpista.

    Brasil está na 46ª posição no ranking da dívida pública. Nada preocupante, se a compararmos com a de outros países. Estamos na posição nº 46, entre 182 países listados abaixo.

    Brasil tem a 48ª arrecadação per capita do mundo, em 2016.

    Apesar de ser a 7ª economia mundial, o Brasil tem apenas a 48ª arrecadação per capita, três ou quatro vezes menor que a de países desenvolvidos.

    Não caia na armadilha de economistas que comparam a porcentagem da carga tributária para sustentar que o Brasil gasta mal.

    Brasil está no 25º lugar em carga tributária (2016), entre 179 países.

    Pelos dados da fundação ultraconservadora The Heritage Foundation, o Brasil está na posição 25 do ranking de carga tributária, em 2016. Entre os que têm mais impostos que o Brasil, a maioria é de países desenvolvidos da Europa. Entre os que têm menor carga tributária, a maioria é de países pobres. O Estado do Bem Estar Social exige impostos altos.

    Veja:

    http://homemquecalculava.blogspot.com.br/

  • Nos últimos meses o inicio da recessão repercutiu fortemente sobre a taxa de desemprego, atingindo níveis do absurdo.
    Vira e mexe essa taxa atinge do bolso das pessoas.
    Acho que chegou a hora do governo apertar os cintos, como qualquer governo responsável.
    Reerguer o país requer passar a limpo os erros.
    Precisamos, todos, de resgatar os sentimentos de confiança no país.
    Politica econômica é questão de dosagem e de credibilidade, sem esperança nada vai para frente.
    Os ajustes vão cair nos ombros da população, o aumento de impostos pega todos, empresários e consumidores.
    Esperá-se que faça da educação um fato de prioridade do estado e da sociedade.
    Falta estratégias de quem administra, ela é o peso que se dá as questões desafiadoras.
    Estratégia não pode ser um plano de ação.

  • E aguarde. As propostas de impostos vêm depois de Dilma ser afastada de vez.

    O governo ilegítimo de Temer (o povo não elegeu esse programa de governo e os ministros são todos da oposição, além de os áudios de Machado mostrarem fielmente que foi um golpe) fraco e cambaleante não vai arriscar levar propostas de impostos para não cair de vez.

  • Péssimo. Ele vai congelar as verbas destinadas à educação e saúde. Um retrocesso. Imagina uma epidemia como a Zica pegando todo o país de surpresa! Vai tirar dinheiro de que qyak área da saúde!

    Vai precarizar os serviços oferecidos aos pobres e atender aos rentistas que querem superavit para receber seus investimentos em títulos de governo e o rico mais uma vez não contribui.

  • Reforma – dificil tema, tem que ter melhor gestão, sem prejudicar de tal forma tantas pessoas, eu tenho carteira assinada desde os 14 anos e não teria tantos problemas, seria prejudicado como tantos outros, de toda forma a rede privada de aposentadoria se esbalda…
    BNDES – se há superávit… pode diminuir alocação de recurso em fomento nacional, mas… tb só gera mais débito se não tiver retorno.
    Fundo soberano – ok, as ações do BB já sofreram… talvez não tenha mais esse montante. Não está parado, está investido.
    Gasto público – ótimo, poderia ter feito antes, mas tem que considerar também o aumento do PIB, a economia pode ter crescimento (bem futuro) acima da inflação e o governo não poderá acompanhar essa demanda ou melhorar suas prestações essenciais básicas.
    Fundos de pensão e estatais – poderia se estender aos ministérios…
    Pré-sal – obra do Serra… muito interesse internacional, vejo mais evasão de divisas do que internalização desses recursos.
    Muito crítico, mas tenho alinhamento diferente.

    • Ola, Tiago

      Obrigada por interagir neste blog, isso me alegra muito, porque posso saber a opinião de vocês e, creia-me, isso ajuda muito na minha missão como parlamentar.

      Abraços

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