jun 17, 2015 - câmara dos deputados    3 Comments

Sem cota de mulheres

Terça-feira teve a votação da Reforma Política referente a cotas de mulheres nos legislativos. O projeto era criar uma cota de 10%. Hoje, as mulheres ocupam 9,8% das vagas. Perto de outros países, o Brasil tem a pior participação feminina nas casas legislativas. Em vários países, inclusive do Primeiro Mundo, conquistou-se esse equilíbrio entre homens e mulheres por meio de cotas por um período, e não cotas permanentes. No Brasil, as mulheres representam mais de 52% da população, mas menos de 10% nos legislativos. Era é uma grande luta aqui para a aprovação, mas, infelizmente, faltaram 15 votos para o projeto ser aprovado. Mas a luta continua.

 

Faltaram 15 votos para que a proposta de cota feminina nos legislativos fosse aprovada

Faltaram 15 votos para que a proposta de cota feminina fosse aprovada

3 Comentário

  • Bom dia! Transformaram tudo que é especial em “cotas”, não haveria necessidade de ser assim, acredito que todos devem ter liberdade em participar do que lhe é favorável, vamos acabar com esta descriminação, quem tem competência tem seu lugar. Mas, infelizmente neste “país” chamado Brasil tudo é mais difícil.

  • Olá deputada,

    Entendo a importância da participação feminina na política.
    Mas com todo respeito, criar cotas é um absurdo!

    Acho que, se deve haver maior participação feminina, basta que as mulheres passem a se interessar pela política.
    A menos que haja algum tipo de discriminação no meio partidario contra as mulheres. Mas nesse caso o problema deve ser resolvido com leis para coibir essa prática, e não por cotas.

    Pegando emprestado a crítica do jornalista Reinaldo Azevedo, após as cotas para as mulheres viriam as cotas para negros, índios, religiosos, homossexuais e etc. O resultado disso é uma democracia completamente desfigurada, se é que se pode chamar eleição por cotas de democracia.

    Acredito que o melhor meio de inclusão não só das mulheres mas de toda a população na política é através da educação. Por exemplo, através de projetos nas escolas de ensino de médio para a conscientização dos alunos a respeito da importância da política e incentivá-los a fazer parte do meio partidário.

    • Concordo contigo, Fabrício, inclusive minha maior luta aqui é pela aprovação do meu projeto de lei que inclui nos ensinos Básico e Fundamental Educação Política e Direitos do Cidadão. Em regra, não sou a favor de cotas, mas apoiei o projeto por 2 razões: uma, que as cotas eram baixas e somente por 3 eleições, e este pequeno aumento de mulheres, sem duvida, estimularia a participação e o interesse delas pela política, já que, infelizmente, a nossa sociedade enxerga a política como uma atividade predominantemente masculina. Para despertarmos nas mulheres, de forma mais rápida, o interesse em participar, precisaríamos de alguma forma mostrar que esta Casa também tem e acolhe as mesmas. A segunda razão é porque desde que eu entrei aqui percebi que as deputadas, em geral, são muito mais comprometidas com o processo. Elas discutem, brigam, se interessam pelo que estão votando. Dificilmente, você encontra aqui uma deputada que só aperta botãozinho nas votações, e isso é bem característico da essência da mulher, do gênero feminino. Por isso, acho que mais mulheres na política melhoraria a qualidade da mesma pelas características inerentes a este gênero (sensibilidade, idealismo, disciplina etc). Como a proposta não era de forma definitiva, e sim temporária, somente para ajustar está distorção, achei válido apoiar. Obrigada sempre pela participação, viu! Bjaooo

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