nov 28, 2015 - câmara dos deputados    1 Comment

Oposição e Situação

Se tem uma coisa que me irrita muito em Brasília é essa questão de ser situação ou oposição. Tinham os vetos presidenciais a serem votados, e muitos deputados da oposição eram a favor da derrubada um deles. Só que era importante manter o veto, por uma questão de economia do Brasil, de credibilidade. Eu, logo no início do mandato, votei a favor do Ajuste Fiscal. Independentemente dos erros cometidos pelo PT, e ele os cometeu mesmo, isso inegável, a gente não pode querer ‘fritar o governo’, ou ‘prejudicar o governo’, o governo é o Brasil, então, o que for necessário para resgatar de vez a credibilidade e melhorar a política no País acho que é justo fazer. E quando não for a favor do proposto pelo governo, quando aquilo vai ser prejudicial ao País, então, vota contra. Um deputado da oposição me disse: “Isso é um absurdo, esse veto tem de ser mantido”. “Mas como você vai votar?”, perguntei. “Eu vou pela derrubada, porque eu sou oposição, e aí a gente pode bater um pouquinho no governo, né?” Ah, gente, isso é demais, vamos votar pela nossa consciência, pelo que achamos certo. Eu fiquei muito chateada pelo veto do Judiciário, tenho uma pessoa muito próxima, que me ajudou muito, sabe, uma grande amiga, que é servidora do Judiciário, era importante para a categoria o reajuste salarial, mas eu ficava preocupada pelo resto do Brasil, sabe. Então, a dúvida foi enorme, tinha um lado pessoal forte, mas também tinha um sentimento de responsabilidade pelo País tão forte quanto. Agora, você ter consciência do seu voto e votar contra ou a favor só porque é oposição ou situação, aí eu acho demais. Temos de ser independentes e votar naquilo que acreditamos ser bom para o Brasil. Infelizmente, aqui são poucos os que têm essa independência de fato. Ser oposição ao governo é uma coisa, ser oposição ao País é outra!

1 Comentário

  • Começando do fim:

    Os servidores do judiciário mereciam uma demissão em massa e a eterna dúvida quanto à manutenção do emprego. Afinal, é esta a consequência da ganância deles para o resto da população. Corrupção é o de menos. O brasileiro vive para pagar o salário do funcionalismo, a aposentadoria do funcionalismo, as pensões dos filhos do funcionalismo. Neste ano de crise em que o desemprego explode e a renda do trabalhador despenca, a massa salarial do funcionalismo cresce quase 3%. Estão quebrando o país, mas querem mais. Muito mais!

    Quanto ao voto, este pensamento aparentemente autruísta é altamente destrutivo. É a estratégia desde sempre, eleger-se com uma agenda populista, implementar um ajuste com votos da oposição e sem que seus políticos tenham que defendê-lo, para depois eleger um sucessor dizendo que o ajuste era uma conspiração do ministro da fazenda, infiltrado dos bancos, com a oposição, que defende, ora só, os bancos.

    O governo tem o bônus eleitoral do gasto irresponsável. Deve ter o ônus de limpar a casa depois da festa.

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