maio 5, 2017 - câmara dos deputados    No Comments

Obstrução da base aliada

O assunto da semana é a Reforma da Previdência, com o texto-base aprovado pela Comissão Especial por 23 a 14, mas os destaques (para mudar alguns itens) ficaram para a próxima semana. O governo vem fazendo um trabalho acirrado para ter os votos necessários para a aprovação, mas não está fácil. O Planalto tem adotado postura de dama de ferro para sair-se vitorioso. Acredito que vocês acompanharam, pelo site da Câmara ou pela TV Câmara, a votação na comissão, que começou na manhã de quarta-feira e se estendeu até a madrugada do dia seguinte, como tem sido praxe por aqui quando está em pauta um tema polêmico.

No meio da discussão e votação do relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), tinha uma emenda para incluir os agentes penitenciários na mesma regra destinada à aposentadoria dos policiais, com 55 anos de idade mínima. Havia um acordo para isso, mas um partido da base aliada do governo deu pra trás e o presidente da comissão suspendeu a votação para renegociar. Visualizem mentalmente a cena: aquela sala lotada, com titulares e suplentes do colegiado, assessores e credenciados, tudo parado para que a presidência renegociasse o acordo com um aliado que ‘desacordou’.

Diante de fato inusitado, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) saiu-se com essa: “É, nós estamos aqui numa obstrução da base governista, e não da oposição”. Não teve como segurar o riso. Você olha aquela bagunça, todo mundo brigando e falando ao mesmo tempo, aquela confusão, uma hora da madrugada, dá vontade de rir. Meu Deus, um caos, as pessoas perdem a noção, perdem a estribeira… é terrível!

 

 

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