‘Não sou fiel nem à minha mulher’

Uma emenda de minha autoria transformou o plenário da Câmara num caldeirão de raivosos parlamentares. Propus inserir no projeto do Vicente Cândido (PT-SP), que trata de plebiscito e subscrição eletrônica, a inclusão dos vereadores na janela de transferência partidária, que começou nesta semana. Como vocês sabem, o partido cresceu bastante e vinha recebendo questionamento sobre se os vereadores que venham a ser candidatos a deputados poderiam trocar agora de legenda. Diante dessa dúvida, resolvi redigir um texto propondo que isso fosse permitido. Nem preciso dizer que ‘incendiei’ a Casa. Foi um caos quando a emenda entrou em discussão! O PSDB ficou louco, um dos mais raivosos, só posso deduzir que estivesse com muito medo de expandir a janela para os vereadores e, cá entre nós, perder representatividade nos legislativos municipais. Gente, fidelidade não se consegue com cabresto, o político precisa querer estar no partido. Eu sou a favor da fidelidade partidária, mas houve movimentações no cenário político, com a entrada de novos partidos, o que torna necessário esse realinhamento. No meio dessa chiadeira toda, um deputado se aproximou de mim e tascou: “Não entendo, não sei o porquê desse povo querer prender os vereadores em suas legendas nesse momento. Eu não sou fiel nem à minha mulher, quanto mais ao partido.” (hahahaha)

1 Comentário

  • Não consigo entender esses políticos que não se identificam com os seus partidos. Sou do tempo em que os partidos eram representativos e diferentes entre si. Mas,estamos numa democracia e aceito as opiniões contrárias

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