jul 14, 2015 - câmara dos deputados    7 Comments

Matemática ilógica: 1+1=1

Gente, acabamos de sofrer um golpe no plenário. Lembra que conseguimos impedir o fim das coligações, que prejudicava demais os pequenos partidos? Pois bem,  acabam de fazer uma amarração aqui, mudando a quantidade de candidatos que cada partido poderá registrar nas eleições proporcionais (vereador e deputado). Atualmente, cada partido pode indicar até 150% de candidatos em relação ao número das vagas em disputa, enquanto que as coligações podem indicar até 200%. Explicando: vamos supor uma cidade com 10 vereadores. A agremiação partidária pode lançar 15 candidatos se concorrer sozinha; se coligar, pode lançar o dobro, ou seja, 20 candidatos. A proposta mantém os 150% para quem concorre sozinho e, incrível, reduz para 100% em caso de coligação. Ou seja, quem vai querer coligar? Coligar para concorrer com menos? Qual a lógica? Fiquei possessa. Com essa emenda, não só teremos muito mais candidatos como também os custos das eleições se manterão elevados, porque os partidos vão concorrer sozinhos. Não entendo: colocam uma Reforma Política em votação, aprova-se a manutenção das coligações e, semanas depois, criam (e aprovam) essa emenda ilógica. Incrível como vira e mexe manobram algo para atingir os pequenos partidos. Parece que ainda não aceitaram a renovação no Congresso proporcionada por essas legendas partidárias. Essa emenda é um dos maiores absurdos políticos que poderia estar acontecendo no Brasil. Nós tínhamos de brigar por uma Constituinte. Não tem como esse Parlamento fazer essas leis. É sério, tá ridículo isso!

7 Comentário

  • A varias coisas que são necessárias ao nosso pais porem, não sairiam do papel de forma boa e coerente e que ajude definitivamente o pais, pelos políticos por falta de consenso, seria preciso em alguns pontos plebiscito e em outra uma constituinte de notáveis nas áreas em questão e áreas correlatas, vou enumerar elas 1º Reforma tributaria 2º Reforma política e eleitoral 3º Reforma previdenciária e trabalhista 4º Reforma agrária, de moradia urbana e rural e de direitos de minorias. Enfim sei que algumas delas foram debatidas aprovadas e algumas estão sendo discutidas porem cada um tem um pensamento a respeito, tanto pessoal quanto filosófico quanto partidário, mais ao meu ver muito foi feito as pressas sem aprofundamento de causa e ao meu ver ficou com aparecia de colcha de retalhos, que não esquenta, não cobre direito e ainda esta cheia de pontas soltas.

  • Discordo Deputada, pode ser ruim para o teu partido, que é considerado pequeno, mas melhora a situação das coligações, que atualmente são utilizadas como moeda de troca de apoio, não sendo coligações ideológicas, ou de projeto de país, o que vai continuar a nos levar pra politica do clientelismo, das alianças e da troca de favores por interesse e apoio político… cada partido tem sua linha ideológica e deve segui-la, se existe partido com a mesma linha, que se fundam e façam um partido maior.

  • Desculpe, Renata, mas seguindo sua lógica os partidos nanicos não poderiam ser beneficiados nas coligações proporcionais. Que cada um receba apenas seu voto sem transformar-se em sanguessuga dos maiores.

    Quer coligação? Que o faça.
    Mas usar a coligação como ponte para partidos de aluguel? Desculpem, não é correto.

    O eleitor não pode ser enganado ao dar seu voto para uma legenda com programa partidário diferente daquela inicialmente escolhida. O PTN, por exemplo, não pode receber votos de um eleitor que votou no PMDB ou no DEM em alguma coligação local. Voto é no partido.

    Siga sua lógica, mas por favor, com ética e respeito ao sufrágio.

  • foi apoiar o eduardo cunha, deu no que deu…

  • Já comentei aqui: esse Cunha não vale nada. Não pode confiar nele. Ele manobra tudo a favor do que é melhor para ele e não para o país.

    Apesar de discordar as vezes d a deputada, vejo que tens boas intenções e é honesta. Não aceite nenhuma troca com o Cunha. Ele fará manobras e descumprirá o trato, mantendo aparentemente que não o fez.

    Os partidos pequenos têm que se unir. A primeira coisa a fazer é proibir o financiamento empresarial de campanha. Isso só favorece os grandes partidos e seus caciques.

  • Renata,
    Entendo sua frustração, pois pertence a um partido nanico. Mas que essa proliferação de partidos nanicos não faz bem ao país, não faz. Apenas serve para aumentar o fundo partidário e servir de leilão para oferecer justamente às coligações com partidos majoritários.
    Se querem se separar de algum partido maior e criar um partido que expresse melhor seu ideário, qual o problema de se lançar em vôo solo?

  • Ridículo é ter os presidentes da Câmara e do Senado, além do vice-presidente da república, sendo do PMDB. Eles estão tentando alguma coisa, observa como o Eduardo Cunha fica colocando a própria agenda na frente dos interesses da maioria. Esta e outras propostas ridículas passam porque eles controlam politicamente o Brasil, sempre por trás dos panos. Olha lá, conversa com aliados, investiga, mas por favor, não deixa eles irem tão longe. :/

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