maio 5, 2015 - câmara dos deputados    3 Comments

Coisa boa tem de ser aprovada logo

O me irrita um pouco aqui: estive na Comissão da CCJ (Constituição, Justiça e Cidadania) porque tem um projeto muito consensual, que é dar prioridade especial para os idosos acima dos 80 anos. Como nossa população está ficando a cada ano mais velha acaba que uma pessoa de 60 anos não é tão idosa como uma pessoa de 80. Então, um deputado fez esse projeto muito interessante, que, realmente, se faz necessária essa distinção. Às vezes, uma pessoa de 80 anos tem de pegar filas enormes, porque cada vez mais as filas preferenciais estão extensas. Projeto muito bom, então tem de ser aprovado, né? Só que ficam mais de horas querendo discutir, mostrar a importância da proposta, falando que é um projeto excelente. Se concordam, se tem consenso, aprova logo, pra quê ficar discutindo o óbvio? Agilidade, gente! Coisa boa tem de ser aprovada logo.

3 Comentário

  • Perfeito!

  • A coisa não é tão simples assim. Um pouco mais de discussão talvez bastasse para perceber que não se trata de uma boa proposta.

    Ela cria mais complicações para todos, maior complexidade de regras, maior complexidade operacional para os afetados, maior confusão para os envolvidos. Tudo isso por ignorar a regra de ouro do Estado menor.

    Por mais bonitinho que seja querer ajudar a todos, o papel do legislador não é criar mais leis e mais dispositivos para beneficiar grupos individuais.

    A solução mais simples e mais elegante, aqui, poderia ser simplesmente aumentar a idade dos benefícios já existentes. Não se cria toda uma burocracia extra, regras novas, níveis diferentes de preferência, etc. E aproveita-se o fato de que não só a população vive mais, como melhor. Afinal, um cidadão mediano de 60 anos já não exige hoje os mesmos cuidados do cidadão de 60 anos mediano de 30 anos atrás. E os que precisam – se locomovem com ajuda de cadeiras de rodas por exemplo – já tem acesso a atendimento diferenciado de qualquer maneira.

  • Senhora,
    Criminalizar a morte de cachorros e gatos teria mais sentido se quem mata um semelhante dirigindo embriagado merecesse, no mínimo, igual pena.
    Ferrari

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