maio 31, 2015 - câmara dos deputados    9 Comments

Coincidência das Eleições

Nesta semana vamos votar a Coincidência das Eleições, um tema que eu tinha certeza ser a favor. Mas, quando comecei a ouvir os argumentos contra, passei a me questionar. Sinceramente, revelo a vocês que não sei o que votar. Em princípio, a Coincidência das Eleições geraria economia muito grande para o País e evitaria as candidaturas trampolins (o cara concorre para deputado, mas de olho na eleição seguinte para prefeito, por exemplo), o que seria muito bom. No entanto, quem fala contra a Coincidência das Eleições também apresenta bons argumentos: primeiro, ofuscaria o debate municipal, porque com a unificação estariam todos de olho no pleito para presidente da República. E onde é a base, ou seja, o município, o debate ficaria em segundo plano, o que é muito ruim; segundo, é impossível para a Justiça Eleitoral registrar candidaturas, julgar impugnações e prestações de contas de todos os candidatos numa eleição unificada. São 5 mil e poucos municípios, então, se tornaria inviável; e terceiro, a Coincidência das Eleições faria com que só se discutisse os problemas do Brasil de cinco em cinco anos, ou de quatro em quatro anos (dependendo do tempo de mandato ainda a ser votado na Reforma). Então, realmente, não tenho uma posição tomada sobre o tema.

 

9 Comentário

  • Sou a favor de uma melhor organização, nos períodos eleitorais, e como sempre tenho posição mista no assunto. Eu tenho como visão uma eleição para todo o legislativo, vereadores deputados federais e estaduais e para 1terço dos senadores, tendo como base o final do primeiro ano de um mandato executivo, e uma eleição só para executivo para os cargos de prefeito governador e presidente. Exemplo: Em agosto de 2018, começa a campanha para o executivo, porem não para o legislativo, com isso a não para como um todo o poder legislativo, faria um governo de transição durante o ano de 2019, com votação para o legislativo em agosto de 2019. teríamos apenas voltado a eleições um período de 1 ano e dois meses, porem para isto seria necessário a proibição de reeleição para os cargos executivos e a limitação a dois mandatos para vereadores deputados estaduais e federais e senador, pois seriam necessários, estipular em mandato 5 anos de mandato para todos os cargos.

  • Ao meu ver a coincidência das eleições tem um outro problema que não foi mencionado. Com o pleito único as eleições ficam suscetíveis ao humor do eleitor no período. Por exemplo, neste momento com a onda anti PT a tendência é o eleitor votar em massa contra o partido …. Se fosse uma eleição apenas a oposição neste momento levaria vantagem devido a tendência do eleitor repetir para os cargos municipais os votos nos cargos federais. Desta forma a tendência seria formar ciclos com domínio de um partido, o que obviamente é ruim para a democracia e pluralidade do país.
    A única vantagem é a economia, porém até isso é relativo, pois não foram calculados o custo que o TSE vai ter para dar conta de julgar todas as ações.

  • Do antagonista:

    Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, presidente e vice-presidente do TSE, consideram que a unificação das eleições municipais, estaduais e federais vai tornar inviável o trabalho da Justiça Eleitoral.

    “As eleições de 2012, entre prefeitos e vereadores, tiveram 535 000 candidaturas. A unificação pode levar esse número à casa de milhões. A questão é, para a Justiça Eleitoral, a concentração de trabalho”, afirmou Toffoli.

  • Sra. Renata, discussão de problemas de curto e médio prazo são prejudiciais, imagina quanta coisa acumularia para se resolver.
    Pontualmente o estrago é menor,(não que já esteja pequeno) de “Cinco anos, ou de quatro em quatro anos” e muita coisa pra se correr atrás.

  • Fica Claro com seu depoimento que não vale a pena, o pros são menores que os contras.

  • escolha o menos pior

  • Talvez o problema seja a possibilidade de fazer o trampolim, se eleger deputado federal, e largar o mandato no meio pra concorrer a governador, por exemplo. Cargos não podem ser abandonados assim.
    Talvez seja melhor ter as eleições separadas mesmo, pois os argumentos são válidos. E pra resolver o problema dessa troca de cargos, é preciso outro projeto. Por exemplo, um que vetaria a possibilidade de concorrer a outro cargo político no período do mandato para o qual foi eleito, ainda que o mesmo seja interrompido por qualquer motivo. (ou seja, se o mandato é de quatro anos, ele não pode concorrer em uma eleição que ocorra nestes quatro anos)

  • cara deputada, vote contra a coincidencia! uma única eleição a cada quatro ou cinco anos irá matar a sociedade que buscamos redemocratizar! e faço das palavras do johan as minhas: vote a favor do voto facultativo também!

  • Pense na democracia, deputada. Vote contra a coincidência e a favor do voto facultativo.

    O eleitor deve ter várias oportunidades de exercer seu direito do sufrágio sem o viés compulsório da legislação a cada dois anos. É saudável para todos.

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