Archive from novembro, 2016

Presença interesseira

Eu sempre falo para vocês que quando a imprensa divulga aquelas matérias sobre frequência no Congresso, principalmente sobre quem é o mais presente, isso não significa nada. Dias atrás vi um deputado registrando sua presença em todas as comissões. Aqui, cabe um parêntese para explicação: cada parlamentar faz parte de duas comissões permanentes, uma como titular e outra como suplente. As comissões são órgãos integrados por deputados, com composição partidária proporcional à da Câmara, que podem ter caráter permanente ou temporário. A permanente integra a estrutura institucional da Casa, e a temporária (ou especial) é criada para apreciar um projeto específico, para investigação ou para missão oficial. Bom, voltando ao deputado, ele marca presença em todas, só pode ser para bater recorde de assiduidade, só pode ser pra aparecer nos jornais, vai saber… É a mesma coisa que um aluno que responde chamada, mas não presta atenção na aula, não participa de nada, não se interessa por nada. Tá lá apenas para responder presença. E tem gente que leva a sério esses rankings de lista de presença.

Ata já estava pronta

Têm umas coisas aqui que eu não me canso de destacar neste meu diário. Uma delas é a eleição para cargos nas comissões. Já tem um acordo sobre quem vai ser o quê, mas, mesmo com acordo, é preciso ter quórum de presença e votação. O pessoal vai até as urnas para votar. Desta vez, porém, nem tinha foto dos candidatos, aparecia apenas ‘chapa única e voto em branco’, mas ninguém sabia direito quem era da chapa única. Eu sempre falo isso, formação das comissões é a eleição mais estranha daqui, porque as plaquinhas com os nomes dos escolhidos já estão prontas.  A situação sópauta foge desse ritual quando alguém decide se lançar como candidato avulso. Quase fiz isso ano passado, quando da comissão especial da Reforma Política. Ia me lançar candidata avulsa porque não concordava com algumas posições que a comissão poderia tomar, então, cheguei a considerar essa possibilidade. Aqui é um jogo de estratégia o tempo todo. Nesta semana, teve a eleição para a comissão que irá analisar a PEC 233, que trata dos precatórios (requisições de pagamento expedidas pelo Judiciário para cobrar de municípios, estados ou da União, assim como de autarquias e fundações, o pagamento de valores devidos após condenação judicial definitiva), e eu fui eleita a 3ª vice-presidente. Para comprovar o que descrevi neste post, tirei foto da ata mesa (que o presidente lê ao término da votação), que já estava pronta antes mesmo da eleição.

Por um Brasil melhor!

brasilSemana passada, não tivemos sessões na Câmara, mas não pensem que por não haver trabalhos em Brasília não estivemos trabalhando. Em São Paulo, nossa base eleitoral, a agenda de compromissos esteve bem carregada, com muitas reuniões, principalmente, definindo a pauta da Convenção Nacional do partido, que vai acontecer no próximo mês. Como vocês já sabem, tenho compartilhado bastante isso aqui, estamos fazendo muitos estudos e pesquisas sobre a insatisfação popular em relação à representatividade política, que nos leva a repensar como partido político e como cidadãos. Na nossa convenção, faremos a apresentação de um novo sistema político para o país. Sei que seremos criticados, haverá quem buscará pelo em ovo para tentar desmerecer essa nossa iniciativa, mas estou bem otimista. Estamos preparados para fazer um trabalho muito intenso nas redes sociais, trazendo os jovens e a sociedade não só para serem ouvidos, mas para decidirem conosco as principais questões do Brasil. Será algo bem inovador, e, por ser inovador, sabemos que sofreremos resistência, principalmente daqueles que se limitam apenas a protestar, em vez de somar nessa empreitada de redemocratizar a democracia. Estaremos criando canais de comunicação para que o cidadão possa governar com a gente, assumindo seu papel de participante atuante deste país. O Brasil precisa do esforço de cada um de nós para substituirmos esse sistema político estático e estagnado, onde uma minoria decide pela maioria, por um sistema dinâmico, próspero, evolutivo e progressivo. Só uma democracia em evolução, construída coletivamente, resultará na Nação que tanto queremos. É assim que faremos, com muita gente opinando, se posicionando, se manifestando, numa coletividade em torno de um bem maior para todos nós: o reconhecimento que o Brasil pode mais. Juntos, Podemos ter um Brasil melhor!

2016 vai fechar com chave de ouro

Se 2015 já foi um ano de grandes conquistas para o PTN, elegendo quatro deputados federais e dezenas de estaduais pelo Brasil afora, este 2016 vem coroar todo um planejamento, feito com muito esforço e dedicação, horas de sono perdida, muita saliva, suor e sola de sapato. Começamos com o aumento de nossa bancada na Câmara, saltando para 13 deputados, todos atraídos por nossa proposta de uma política diferente, mais democrática, mais transparente e mais participativa. E agora, passadas as eleições municipais, obtivemos um dos mais expressivos resultados da história do nosso partido e até mesmo da política nacional, consagrando-nos como a agremiação partidária que mais cresceu nas urnas municipais, com mais de 2 milhões de votos, 31 prefeituras e 763 vereadores.

rogerio-lins-prefeitoAs eleições fecharam com chave de ouro, com jovens como Igor Soares, 35 anos, tornando-se prefeito de Itapevi e agora com Rogério Lins, 38 anos, eleito prefeito de Osasco, a maior cidade da região oeste da Grande Paulo, com 700 mil habitantes e 9º PIB do país. Rogério (que já havia vencido o primeiro turno) obteve a maior votação da história eleitoral da cidade, com 218.779 votos (61,21%) no segundo turno. Em São Paulo, minha base eleitoral, também fizemos prefeito em Dracena (Professor Juliano Brito Bertolini), além de um vereador na Capital, o Dr. Milton Ferreira. Resultados esses que, como já disse aqui diversas vezes, nos dão a certeza que estamos no caminho certo, atraindo, principalmente, os jovens, que aprovam a nossa maneira de fazer política, democratizando a democracia e dividindo com os cidadãos as principais questões para construir o novo Brasil. E vem mais coisas boas por aí!

 

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