Archive from abril, 2015

Semana de trabalho intenso

Por causa do feriado da Semana Santa, a semana de trabalho em Brasília começou mais cedo e com trabalho em dobro. A sessão de quinta-feira foi antecipada para segunda. Inúmeras reuniões, agendas no gabinete e votações importantes. Eu venho articulando muito, principalmente com os líderes, para aprovar meu Projeto de Lei da Educação. Não é fácil. Se a gente quer que aconteça um projeto de lei no Congresso tem que colocar a proposta debaixo do braço e ir conversar com cada líder de partido, um a um. E as conversas estão fluindo bem. Eu vou conseguir, tenho certeza, e nós teremos Educação Política nas escolas.

Dentre as votações importantes realizadas, uma atraiu muitos manifestantes ao Congresso: a maioridade penal. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), da qual sou suplente, aprovou à admissibilidade da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Foram 42 votos a favor e 17 contra. No exame da admissibilidade, a CCJ analisa apenas a constitucionalidade, a legalidade e a técnica legislativa da PEC. Agora, a Câmara cria uma comissão especial para examinar o conteúdo da proposta, juntamente com 46 emendas apresentadas nos últimos 22 anos, desde que o projeto original passou a tramitar na Casa.  Terá prazo de 40 sessões para dar seu parecer. Depois, a PEC será votada em Plenário, em dois turnos. E, para ser aprovada, precisará de pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada turno.

 

Vou encerrar a votação

Quando tem votação nominal na Casa, as pessoas que têm interesse no projeto ficam desesperadas em ganhar. E o Eduardo Cunha, presidente da Câmara, é meio terroristinha (rsrs), cria todo um clima. Ele coloca pra votar e, um minuto depois, já começa a anunciar no microfone ‘vou encerrar a votação, vou encerrar a votação’. Ai, todos os líderes que têm interesse na votação começam a articular, pedir voto, fica aquele bafafá no plenário. E ele faz de propósito, sabe, só pra ver a galera correr, se matando, brigando. É muito engraçado porque ele fala ‘vou encerrar votação’ e dá uma risadinha de lado.

Parece casa de doido!

Tem uma coisa muito maluca aqui no plenário. Os líderes dos partidos têm por prerrogativa falar em qualquer sessão, mas têm vezes, em que estamos votando um projeto de lei, com todo mundo discutindo a proposta em questão, que um líder sobe na tribuna e começa a falar sobre um assunto nada a ver. Parece casa de doido! Há de se supor que os líderes subam à tribuna para falar do assunto referente à matéria em discussão e que está sendo votada. Que nada, eles vão lá para falar de outra coisa, de alguma bandeira que defendem, de um tema que lhes interessa, pra se mostrar, pra aparecer. Raramente falam sobre o que estamos discutindo na sessão. É engraçado demais!

 

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