jul 19, 2016 - câmara dos deputados    4 Comments

Tratamento desrespeitoso

Por que alguns noticiários, em sites, jornais e revistas, insistem em chamar o PTN de ‘nanico’? Por que somos discriminados? Não venham me falar que é pelo número de cadeiras na Câmara. Somos 13 deputados federais, não são 2, 4 ou 6. Somos 13! O PTN foi o partido que, proporcionalmente, mais cresceu no Congresso, um crescimento superior a 300%. É um absurdo essa denominação preconceituosa para quem é reconhecido no Congresso, que tem estrutura própria na Casa e é voz presente e atuante nas principais questões do País. Não dá para entender. Sinceramente, custo a acreditar que haja outra explicação que não seja o preconceito de alguns meios de comunicação para com a nossa legenda, que vem crescendo ano após ano em todas as esferas do poder, seja municipal, estadual ou federal, como também no quadro de filiações, trazendo para o jogo político caras novas e sangue novo para mudar o cenário e ajudar o povo a construir um novo Brasil. É injusto identificar pejorativamente quem, com sua mobilização e respeito à maioria do povo brasileiro, foi um dos responsáveis pela aprovação do processo de impeachment na Câmara. ‘Nanico’ é quem se encolhe e se esconde da população, e esse não é o comportamento do PTN. Repudio esse tratamento depreciativo dado por alguns órgãos de imprensa ao PTN. Rotulam um partido com 71 anos de existência, com uma trajetória limpa e jamais envolvido em escândalos, e, em contrapartida, tratam com respeito aqueles que estão envolvidos em corrupção. Sinceramente, não dá para entender.

4 Comentário

  • Fiquei pensando no que escrever, diante deste post, que não entendi bem. Não entendi se “nanico” é ofensivo a qualquer partido ou se algumas siglas merecem; se nanico é quem tem muito tempo de história (quantos anos tem o PCB? Quantos deputados? quantos militantes?); se nanico é quem não votou no impeachment, etc. Mas li o comentário do Marcio e acho que já está tudo dito.

  • É simples: porque a percepção gerada para quem acompanha o Congresso é que, de fato, vocês são. Pode até haver equívoco nisso. Mas, acredite, é uma percepção geral.

    São um partido pequeno, nacionalmente inexpressivo, sem grande conteúdo programático e sem visão estrutural, de longo prazo, para o país (ao menos isso não fica claro para as “pessoas comuns”). E perceba que não falo isso como forma de desprestigiar a sigla. Mas é um fato. Infelizmente. Poderia ser um partido “novo” (mas programático). Um partido “pequeno” (mas atuante). E o PTN de 1945 não é o mesmo do de 1995-97 (entre as duas datas, tivemos 3 Constituições, subidas e quedas de regimes, uma Ditadura; não dá para dizer que qualquer partido antes desse processo tenha sobrevivido aos dias atuais mantendo a sua integridade programática e de lideranças).

    Infelizmente, muitos partidos (num universo esdrúxulo de mais de 30 siglas na Câmara) não têm programa e são vistos (não sou eu que estou afirmando) como fisiológicos. São partidos assim que são chamados de “nanicos” (minúsculos até em seus propósitos).

    Veja, por exemplo, o caso da eleição para Presidente da Câmara há alguns dias: discursos vazios, irresponsabilidade programática e muito “oba-oba”. E muita gente “achando bonito”, destacando como qualidade (!!!) o fato de um deputado como o Gaguin ser “agitado”, “impulsivo”, “amigo de todo mundo” e promotor de “gaguetes”. Como se essas fossem as qualidades para um Presidente da Câmara num momento de crise como o nosso.

    Daí, vem uma constatação: quem não se dá ao respeito não é respeitado. Essa é a triste sina dos partidos nanicos numa realidade política amplamente empobrecida como a brasileira. Trata-se de uma elite política que não está à altura dos desafios de um país com mais de 200 milhões de habitantes e 8,5 milhões de km2.

    Talvez, uma reforma política (com cláusula de barreira) ponha fim aos pequenos enclaves de poder que são os partidos nanicos no Brasil. E, se isso acontecer, estou seguro de que os políticos que estão nas pequenas siglas serão rapidamente incorporados às siglas restantes (será menos traumático do que muito parlamentar pode imaginar hoje).

    Desculpe-me pela acidez do comentário. Sei que ele é duro. Mas não é pessoal. Estou sendo sincero. É apenas a preocupação verdadeira de quem analisa o cenário brasileiro, olha para as democracias mais respeitáveis do mundo e concluí que, no Brasil, do jeito que está não dá mais.

    • Meu querido Marcio, quando você escreve que ‘quem não se dá ao respeito não é respeitado’, acredito que esteja englobando também os grandes partidos, aqueles que ao longo de décadas têm dividido não só o poder, mas também o protagonismo dos escândalos de corrupção, não é mesmo? Dizer que um partido merece ser chamado de nanico é esquecer como funciona o sistema político brasileiro, onde quem tem a máquina na mão desfruta de enorme vantagem na corrida eleitoral, favorecido pela regra do jogo, que impede o eleitor de conhecer novas caras e novas lideranças que, por não compactuarem das diretrizes das grandes legendas, encontra nas pequenas o espaço para lutar por seus ideais e suas ideias.

      Qual é o conteúdo pragmático das chamadas grandes agremiações partidárias? Temos hoje grandes partidos defendendo o Trabalhismo como bandeira, a mesma dos tempos de Getúlio Vargas. O mundo avançou, hoje temos leis e mais leis voltadas ao trabalhador, benefícios e direitos conquistados, a duras penas é verdade, mas isso foi há muito tempo. Hoje, vivemos novos tempos, novas necessidades, não se pode mais empunhar a bandeira da democracia como a grande causa de um partido. A democracia está instalada no Brasil, felizmente, mas temos de avançar, ir em busca de mais democracia, trazendo para o poder o povo, que tem o direito de discutir e participar das principais questões do país.

      Hoje, enfrentamos uma crise de representatividade porque os partidos políticos deixaram de ouvir a população, permitindo-lhe que se manifeste apenas de quatro em quatro anos. E mesmo com apenas esse instrumento de participação, o brasileiro foi às urnas em 2014 e votou por renovação, por caras novas, por gente de sangue novo, que possa modernizar todo esse sistema estático de poder, que não o representa mais. E o que aconteceu? Mais de 60% do Congresso com parlamentares novos, focados e determinados a repensar o modo de fazer política. E isso já está acontecendo nos pequenos partidos, como o meu PTN, que está se reformulando e se reposicionando como partido político, abrindo suas portas para dividir o mandato de seus representantes com o povo, com mais transparência, mais participação e democracia direta.

      Você fala em cláusula de barreira como forma de mudar as coisas por aqui, pois eu digo ao contrário. Não é a cláusula de barreira a solução para uma política cada vez mais sem representatividade. É o sistema que tem de mudar. Podemos ter 30, 50 ou 100 partidos no País, quem os coloca lá, no poder, é o povo. Se somos tão minúsculos em nossos propósitos, compete ao eleitor continuar a eleger apenas dois ou três partidos. Se o brasileiro só se sente representado por eles, então, que só vote neles. Se hoje temos 27 siglas na Câmara é porque nenhuma representa a maioria. Nós, políticos, precisamos sim nos repensar como partido. Não é porque o PTN é pequeno que não tem programa ou ideologia. Os grandes partidos usam e abusam da máquina para se manterem no poder. A lógica não é essa. Não é porque o partido é grande que tem programa. E se você coloca uma cláusula dessa, por exemplo, vai se manter no poder hoje os principais partidos envolvidos em grandes escândalos, tirando do cenário alguns pequenos, que têm sim uma linha ideologia muito clara. É um erro calar a voz das minorias.

      Quanto à campanha do deputado do PTN à presidência da Câmara, posso até concordar que não passou seriedade, mas, concorrendo com candidatos de partidos com ministérios e cargos no governo, foi a maneira que ele encontrou pra chamar a atenção dos demais parlamentares quanto à sua candidatura e, com isso, apresentar a eles suas propostas. Como já escrevi, disputar contra a máquina é desproporcional, mas não desistimos dessa luta, jamais.

      Um partido com 13 deputados federais pode até ser chamado de pequeno, embora não vejo assim, mas denominá-lo como ‘nanico’ é desrespeitoso sim, por sua história, pelos seus 71 anos de lutas com o povo, pela lisura de sua trajetória, sem qualquer deslize que manche sua existência, e que, inclusive, já colocou lá um presidente da República (Jânio Quadros).

      Abraços, e boa semana!

  • Deputada, já que a partir de agora quem trafega nas estradas brasileiras tem que andar com os faróis dos carros acessos, durante o dia.
    Gostaria de dar uma sugestão para agregar mais valor a prevenção dos acidentes.
    Que fosse obrigatório em todo carro, ter um livro de direção defensiva.
    Nome do livro; “Curso praticando a direção defensiva”.
    Fiz esse curso recentemente, porque tenho uma verdadeira paixão pelo volante e, andar pelas estradas de carro.
    Agregou muito valor a minha direção esse curso, óbvio, o livro está sempre comigo no carro, sempre consultando diante de uma situação adversa, inclusive climáticas.
    Aborda vários aspectos de como ter uma boa direção, redobrar a atenção da velocidade, das condições da pista, das condições climáticas, das condições do veiculo, e, fazer uma boa viagem, com segurança.
    Seria muito interessante de ter no carro um manual de direção defensiva, iria conscientizar os motoristas e consequentemente diminuiria e muito os acidentes nas estradas.

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