jun 27, 2016 - câmara dos deputados    2 Comments

Teve só 2 votos e foi escolhido

Uma coisa engraçada que aconteceu. Engraçada e triste ao mesmo tempo. Quando teve a indicação da bancada mineira para o cargo de ministro do Turismo no governo em exercício do Michel Temer, essa indicação, teoricamente, fazia parte da cota dos parlamentares mineiros. Eles se reuniram para decidir quem seria o escolhido. Acabou sendo o Newtinho (Newton Cardoso Junior), que é um grande amigo meu. Depois, fiquei sabendo que ele recebeu apenas dois votos. Como assim? A bancada mineira é grande, 53 deputados, como ele recebeu apenas dois votos? Acontece que todo mundo votou em si, aí ele teve o voto dele próprio e também do líder da bancada, ou seja, o mais votado recebeu dois votos. No fim, Michel Temer optou por escolher o Henrique Alves, que foi o primeiro peemedebista a deixar o governo Dilma após a decisão do partido de romper a aliança com o PT. Na semana retrasada, Alves demitiu-se do cargo depois de ter sido citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

 

 

2 Comentário

  • Não há escolha nessa hora, “agir ou agir”.
    A urgência da sociedade para solucionar seus problemas e a do governo em obter resultados não permitem esperar modificações no sistema politico para só então atuar.
    É necessário ir em frente mesmo em condições adversas, por isso terá que acomodar os interesses partidários por meio de nomeações, criando um cenário que prepondera o jogo de interesse.
    Isso é o Brasil, uma nação se forma com valores, sendo democracia.
    É o clima de repor a economia nos trilhos.
    Não se esqueça que a sociedade hoje está mais ativa que no passado.
    Muitos fatores explicam essa velocidade, o país precisa de um motor.

  • Senadores mostram ‘fatura’ do impeachment

    O presidente em exercício Michel Temer está sendo pressionado em troca de apoio no julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

    O caso mais pitoresco, segundo relatos de três senadores próximos a Temer, é o de Hélio José (PMDB-DF). Ele pediu 34 cargos, entre os quais a presidência de Itaipu, Correios, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e até o comando do BNDES.

    O senador Romário (PSB-RJ) ficou indeciso sobre o afastamento definitivo poucos dias depois. A dúvida foi comunicada ao Planalto acompanhada de uma fatura. Ele pediu o comando da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e uma diretoria em Furnas. A primeira vaga já havia sido prometida para a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Cadeirante e militante histórica, ela queria emplacar um nome da área. Romário ganhou apenas o cargo, que ficou com a ex-deputada Rosinha da Adefal.

    Ex-presidente do Cruzeiro, o senador Zezé Perrella (PTB-MG) conseguiu pôr seu filho, Gustavo Perrella – o do helicoca – na Secretaria Nacional do Futebol. Zezé Perrella, dias antes, disse que “não houve nada de pedaladas fiscais no afastamento da Pres. Dilma”. O mesmo que seria dito alguns dias depois pela senadora Rose de Freitas (PMDB). Certamente ela será aquinhoada com algum cargo.

    Temer conseguiu o que queria, mas como diriam as aves de rapina que ele colocou para capitanear os cargos mais altos de nossa economia, “não existe almoço grátis”. Agora a fatura está chegando, e ela está vindo alta.

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