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Novo líder da bancada

alexandre-baldy1Hora de mudar o líder da nossa bancada, o que ocorre semestralmente, porque a liderança é rotativa. Toda vez que temos alguma disputa na bancada é um estresse, porque é um jogo de articulação de grupo, pra pegar maioria, e aí sempre ocorre divisão da bancada. Fizemos a reunião e o deputado Alexandre Baldy, de Goiás, foi eleito o líder do PTN na Câmara.

Votam sem saber o que votam

Tristeza e frustração! Na terça-feira, quando votamos as emendas da Medida Provisória da Reforma do Ensino Médio, apresentei minha proposta de Educação Cidadã, que é meu principal projeto, mas, infelizmente, como revelei a vocês dias atrás sobre minhas suspeitas, os partidos PP, PTB, PSC, PMDB, PEN, PSDB, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, Solidariedade, PPS, PHS, Pros, PV e PRP votaram contra. Já coloquei essa proposta duas vezes em plenário, e o interessante é que na primeira, quando o PT era governo, a bancada petista votou contra, agora que é oposição, foi a favor. Só rindo né? É contra ou é favor? Enfim, fiquei triste, não passou por poucos votos. Agora, o que me dá muita raiva é quando o pessoal te encontra e fala: “Pô, Renatinha, cadê seu projeto?”. Tá aqui, você acabou de votar ‘não’. E aí vem a desculpa: “Ah, é que eu votei seguindo a orientação do partido”. A galera não sabe nem o que está votando. Quando subi à tribuna para fazer a defesa do meu projeto, precisei gritar para que me ouvissem. Vocês acham que prestaram atenção? Então, assistam o vídeo.

Amanhã, votação importante

Os trabalhos de hoje na Câmara dos Deputados, com sessões em plenário e reunião de líderes, foram cancelados em razão do falecimento do deputado João Castelo (PSDB-MA). Ele exercia seu quinto mandato na Casa e tinha vasta trajetória na política, tendo sido também governador do Maranhão (79-82), senador (83-91) e prefeito de São Luís (2009-2012). Amanhã, retomamos a rotina. Aliás, um dia muito importante, quando está prevista a votação dos destaques da Reforma de Ensino Médio. Como já anunciei aqui na semana passada, um dos destaques  será a minha proposta de Educação Cidadã, com Política e Direitos Básicos de Cidadania como disciplina obrigatória, que tem 86% (90% das mulheres e 83% dos homens) de aprovação popular. Nesse site que já falei aqui pra vocês (www.votenaweb.com.br), a Educação Cidadã tem 100% de aprovação popular em vários Estados, como Acre, Amapá, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Sergipe.  Isso me motiva muito a batalhar pela aprovação, porque como sempre digo o futuro desta Nação depende muito de uma Educação que forme cidadãos com amplo conhecimento de cidadania e capacitados a lutar por um Brasil cada dia melhor.

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Reforma do Ensino Médio

Ontem tivemos a votação da MP (Medida Provisória) 746, que reformula o ensino médio. O aumento da carga horária e a divisão dos temas a serem estudados, com a possibilidade de os alunos optarem por áreas de afinidade, são os principais pontos da proposta enviada pelo Poder Executivo. Com 263 votos favoráveis, 106 contrários e 3 abstenções, foi aprovado o parecer do relator da Comissão Mista que analisou a MP. Na terça-feira serão analisados os destaques, que propõem mudanças ao texto. Por enquanto, são 11 pedidos de modificação, entre os quais se encontra a minha proposta de Educação Cidadã, que é minha principal luta no Congresso. Sou super a favor de diminuir o número de matérias, mas mantendo as que são importantes para a formação do cidadão. Quem acompanha minha trajetória desde a campanha eleitoral sabe que defendo Política e Direitos como disciplina obrigatória, promovendo o desenvolvimento pleno dos cidadãos. votenawebA proposta tem 86% de aprovação no votenaweb.com.br (site apartidário que apresenta, de forma simples, os projetos de lei em tramitação no Congresso). Entendo que nossas escolas precisam dar esse conhecimento aos nossos jovens, para que saibam o que faz cada governante, cada parlamentar e, formados em cidadania, lutem com propriedade por seus direitos e por causas concretas em nosso País. Somente com o desenvolvimento pleno dos cidadãos chegaremos a uma sociedade avançada. Vou lutar para que meu destaque seja aprovado. Não vai ser fácil, a sensação que os partidos me passam é que eles não querem que os brasileiros tenham conhecimento de seus direitos básicos e de como funciona a engrenagem política, mas estou convencida que o futuro do nosso País depende de uma Educação que forme cidadãos que entendam o que leem e com conhecimento de política e cidadania.

 

 

Madrugada é rotina

Tem uma coisa que eu esqueci de falar. Naquela votação sobre abuso de autoridade, do pacote de medidas contra a corrupção, muito se falou, principalmente na imprensa, que os deputados votaram o projeto na calada da noite. É importante esclarecer aqui que todas as votações em plenário praticamente ocorrem durante a madrugada. Já relatei em posts anteriores quantas e quantas vezes viramos a noite, indo quase até o amanhecer, votando matérias na Casa. Isso porque a sessão começa por volta das 19h, e com os debates, discursos e questões de ordem, os trabalhos se estendem madrugada a dentro. Então, nesse caso específico, não ocorreu uma votação às escondidas, na calada da noite, como andam dizendo. Sessão coruja é prática rotineira na Casa.

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Preocupada com o amanhã

O interessante nessas votações é como elas desvirtuaram com o passar dos dias. A polêmica maior, que pautou todas as conversas antes da terça-feira, era a apresentação de uma suposta emenda de anistia do Caixa 2. A população estava brigando por isso. Essa emenda não apareceu. O que apareceu foi uma emenda que já existia, que era a de abuso de autoridade (que eu votei contra, conforme expliquei em post anterior), com bons argumentos, tais como juiz que vende sentença e é penalizado com aposentadoria compulsória e salário integral. Isso é correto? Estamos aprovando um pacote de combate à corrupção, onde qualquer cidadão corrupto vai preso. Então, por que um juiz nessa situação é aposentado com salário garantido? Precisamos corrigir essas distorções. Agora, o que mais me preocupa neste momento é a falta de respeito entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, é nitidamente clara essa guerra, onde mídia e movimentos de rua vêm formando a opinião pública, que se manifesta a favor de um e, até com certa intolerância e agressividade, contra outro. Não sei onde tudo isso vai dar, mas estou bastante preocupada com o amanhã.

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A relação entre Legislativo, Executivo e Judiciário está em conflito

Pausa para Erundina

Foram mais de 10 horas de trabalhos ininterruptos no plenário para aprovar o projeto de lei contraerundina-girassol a corrupção. Como havia dito a vocês, foi mesmo tudo muito tenso e extenso. Foi uma estafa mental. Chegou uma hora que eu não estava mais processando as ideias e pestanejei na cadeira. Eu estava há três dias sem dormir direito. Foi difícil segurar o cansaço e o sono. Sei lá, a mesa diretora da Casa poderia ter postergado a votação, segurado um pouco mais para que a gente pudesse tomar fôlego, refletir e debater melhor os temas. Enfim… Naquele furdunço todo, alguém se levantou e disse que era aniversário da Luiza Erundina, completando 82 anos. Parou tudo, e todos começaram a bater palmas pra ela. No meio daquele bate-boca todo, pausa para felicitar a deputada. Até que foi bem legal essa homenagem, porque a Erundina é presença marcante no Congresso brasileiro.

Ipsis Litteris

edson-moreiraO deputado Delegado Edson Moreira (PR-MG), certamente, tornou-se o orientador de bancada mais rápido da história da Câmara. Quando entrou em pauta o tema ‘bens ilícitos e enriquecimento ilícito’ do pacote contra a corrupção, ele falou após a orientação do líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB): “O deputado Aguinaldo foi muito feliz na colocação dele. É exatamente isso, ipsis litteris”. Risos ecoaram no plenário.

Porque votei ‘não’

Eu votei contra a emenda de tipificação do crime de abuso de autoridade para magistrados e integrantes do Ministério Público por entender que não era o momento certo de discutir isso, mas a proposta não é ruim. Na verdade, abuso de autoridade tem de ser penalizado e a lei deve ser igual a todos. Juiz e promotor que são corretos não serão punidos. No fundo, eu sou a favor dessa proposta, mas decidi votar ‘não’ pelo momento inadequado, tinha certeza que muitos achariam que era retaliação (o que não é verdade). Na celeuma toda que se criou em torno desse projeto, há pessoas preocupadas com o andamento da Lava Jato, mas tem muita gente opinando sem ao menos ter lido o pacote todo. Dentre as medidas discutidas e votadas, havia muita coisa boa, mas também tinha muita arbitrariedade. Nós tínhamos de ter esse cuidado, ler o projeto e debater com muita imparcialidade cada tema.  Eu fui ouvir o corpo técnico da Câmara, integrado por funcionários que não têm nada a ver com política, são técnicos mesmo, e eles entenderam que algumas das medidas eram bem preocupantes, como a legalização da prova ilícita, por exemplo. Imaginem uma prova obtida sob tortura ou coação, isso lembra ditadura. Parte da população está cega, enxerga apenas os políticos como alvo, mas as medidas envolvem a todos os cidadãos. Votei ‘não’ ao abuso de autoridade, como dito acima, por achar que não era o momento dessa discussão, no entanto, acho justo que a lei seja igual para todos, sejam cidadãos comuns, políticos ou homens de toga. Depois vou detalhar aqui as outras propostas, como votei e porque votei sim ou não.

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Onda de destruição

Carro foi incendiado pelo grupo de manifestantes, ontem em Brasília

A Esplanada dos Ministérios, literalmente, pegou fogo ontem. Grupo de manifestantes trocou protesto por vandalismo. Eles vieram protestar contra a PEC dos Gastos Públicos (aprovada em 1º turno no Senado), contra a reforma do ensino médio (em discussão na comissão da Câmara), e contra a  anistia de Caixa 2 (emenda que nem apareceu na votação de ontem na Câmara). Impedidos de entrarem no Parlamento, passaram a destruir o que encontraram pela frente. Carros foram tombados e destruídos, colocaram fogo em um outro veículo, quebraram os vidros dos prédios dos ministérios de Educação e dos Esportes, destruíram banheiros químicos e montaram várias barricadas em toda a Esplanada para dificultar a aproximação da polícia, que, com bombas de gás lacrimogêneo, tentava conter a onda de destruição. A PM calculou 10 mil manifestantes; os organizadores falaram em 20 mil. Deprimente, triste e imperdoável. Até a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi pichada. Lamentável!