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Semana positiva. E de Festa!

Esta semana está sendo muito gostosa. Segunda-feira teve audiência de Reforma Política na Assembleia Legislativa de São Paulo, que a Comissão Especial organizou, e eu pude falar um pouquinho sobre um item que contraria a democracia, que é a cláusula de barreira. Entre outros assuntos, como o fim da reeleição nos Executivo. Já na terça-feira, o dia foi bem corrido. Eu não canso de dizer que é uma reunião de comissão atrás da outra, é Reforma Política, é Supersimples, é  plenário. Muito cansativo, mas não me queixo, não. Estou com muitas visitas em meu apartamento funcional, hospedando a nossa vereadora Cléo Meira, de Ribeirão Pires, meus coordenadores Reginaldo e Thiago, e meu pai, José de Abreu. Esse apartamento está sempre lotado. Eu adoro receber os amigos. Na quarta-feira, meu aniversário, fiz um encontro, happy hour no Bar do Alemão. Fiquei super feliz, 75 deputados presentes. Você faz amigos também aqui, em Brasília. Estava todo mundo animado, teve até o Tiririca animando a festa. Deputados fazendo duetos. Clarice Garotinho, Fausto… todos viraram cantores. Foi muito legal. Acabou às 2 da manhã.  Foi um ótimo momento de descontração, que eu acho muito importante. A gente está acostumada com aquele clima tenso do trabalho, um xingando o outro, batendo boca … E esses momentos são importantes para reatar os laços, construir, efetivamente, amizades. A vida aqui é tão corrida que não sobra tempo para isso. Antes da festa, o clima estava bem quente no plenário, onde deveriam ser votados os destaques de um projeto polêmico, que é sobre terceirização. Com o avanço da hora, sem perder o entusiasmo, pensei em quebrar o gelo com o presidente com um requerimento informal pedindo a convocação uma extraordinária para após o encerramento dos trabalhos. Mas, desta vez, no restaurante em que organizei uma comemoração do meu aniversário, para que a data não passasse em branco. Numa brecha, lá para o final da sessão, fui despachar com ele e foi muito engraçado, porque o presidente riu e disse: “Você não quer que eu coloque isso em votação?”. Eu respondi: “Se você colocar, vai dar votação unânime”. Foi apenas uma brincadeirinha, pra descontrair mesmo, já que o dia já se encaminhava para o encerramento, com a votação adiada para a próxima semana. E deu para curtir meu aniversário. Deu até para dançar um forró com o maridão.

Momentos de lazer raríssimos

A volta de Brasília é sempre cansativa. Toda vez que vejo as agendas dos fins de semana parece que não tem luz no fim do túnel. Sinto falta daqueles momentos tranquilos,  com os meus filhos, sem nenhuma preocupação. Os meus momentos de lazer hoje são raríssimos. Sexta-feira fiz agenda em Praia Grande e Bertioga. Fui agradecer os votos nessas cidades, rever nossos presidentes municipais e palestrar sobre a Reforma Política para a população. Domingo, a agenda foi intensa. É que até outubro temos que filiar todos os candidatos para a eleição do ano que vem. E estamos focados em fazer vereadores na Capital e no máximo de cidades possíveis. Então, até outubro, o nosso trabalho de articulação é intenso. É convencer um a um que nosso projeto é a melhor opção. Foi bem cansativo, mas estou feliz com as adesões. Não tenho dúvidas que faremos bastantes vereadores, principalmente na Capital. Sou a favor da unificação das eleições justamente por isso. Mal acaba uma eleição e começa outra. Como o prazo de filiação termina um ano antes das eleições acaba que passamos este ano organizando a eleição do ano que vem. Isso atrapalha o mandato. Seria muito bom ter paz para trabalharmos estes quatro anos com ainda mais dedicação. Além disso, já tem muito deputado em campanha para prefeito na sua cidade. Isso é muito ruim para nosso País. O elegemos para ser deputado, mas esse projeto foi um trampolim para o seu projeto principal, que é a prefeitura. Isso atrapalha muito os trabalhos na Câmara dos Deputados. A unificação das eleições acabaria com isso. O cidadão que se eleger deputado o será pelos quatro anos de mandato, assim como o prefeito, o vereador e etc.

Nem sabe o que votou

Ah, essa foi demais. Preciso registrar isso. Sabe aquele deputado que votou ‘não’ ao meu projeto de Educação e depois apresentou projeto quase idêntico? Pois bem, o encontrei num dos corredores do Congresso e cobrei a incoerência. “Poxa, vota contra o meu projeto e depois apresenta projeto idêntico”. E ele: “Nós votamos contra o seu projeto? Eu nem vi. Quando foi isso”? Parece piada, mas é sério: algumas pessoas aqui, infelizmente, votam projetos, seguindo a orientação de bancada, mas nem leem o que estão votando. Essa é a única coisa que me deixa muito triste. Elas não sabem a importância daquele botãozinho (que você aperta para registrar o voto no painel eletrônico) na vida de muita gente. Incrível, simplesmente apertam o botão, sem ter conhecimento do que se trata. Isso me deixa triste. De verdade.

Ratos no plenário

Gente, pânico total no plenário da CPI da Petrobras. Quando o João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, entrava para depor, um homem que acompanhava a reunião soltou ratos no local. Foi um corre corre geral, uns caçando os roedores; outros, fugindo dos roedores. Terça-feira, o clima aqui já estava quente, por causa da regulamentação da terceirização, com manifestações e protestos. Eu estava na Comissão Especial da Reforma Política e lá fora era gente passando de maca, gente gritando, gás de pimenta nos corredores. Eles ficavam gritando “aqui só tem bandido”. Eu pessoalmente não me sinto nem um pouco ofendida, porque a carapuça não me serve. Acho que as pessoas têm essa mania de generalizar, de ‘tô brava com um, tô brava com outro, tô brava com o projeto e é tudo bandido’. Enquanto a gente não soube valorizar cada um com suas diferenças, é muito difícil lidar com o ser humano. Eu sempre trato isso meio que ignorando, mas é triste porque as pessoas não podem e nem deveriam generalizar.

Discurso, com sapatos da assessora

Minha primeira experiência no Grande Expediente:

Minha primeira experiência na tribuna: falei por 25 minutos, com transmissão ao vivo

Cheguei terça-feira em Brasília e vim direto para a comissão especial da Reforma Política, onde a gente está nessa luta, debatendo várias questões importantes para o País. À tarde, era o meu pronunciamento no Grande Expediente. Estava tensa, não tinha lido meu discurso. Na verdade, eu gosto de falar o que está no meu coração, não gosto de ficar falando o que está no papel. Mas, na correria do dia, me esqueci do pronunciamento. Eu tinha ido para o Congresso, digamos assim, ‘mal vestida’. Esqueci maquiagem, sai caçando roupa e roubei até os sapatos de minha assessora, para ficar no mínimo bem vestida. Mesmo assim, vi depois o vídeo e fiquei gorda e feia (rs). Tudo bem, o importante é que as pessoas viram e ouviram o que eu estava dizendo. Fiquei muito feliz com a participação de vários deputados, como o Caetano (BA), Gilberto Nascimento (SP), Paulo Maluf (eu cresci vendo a história dele, foi deputado junto com meu pai), a nossa maravilhosa deputada Christiane Yared (PR) e o Espiridião Amim (SC). Foram participações ilustres, fiquei extremamente honrada. Foi uma grande experiência, minha primeira manifestação na tribuna, porque passo mais tempo articulando tudo, pra sair projeto, ler projeto etc. Foi a oportunidade que tive de transmitir minha mensagem, agradecer os votos que recebi e a confiança que as pessoas depositaram em mim.

PS:. No Grande Expediente, os oradores são escolhidos por sorteio e cada um tem 25 minutos de discurso na tribuna, com transmissão ao vivo pela TV Câmara. Tem também o Pequeno Expediente, onde cada um dispõe de 5 minutos. Os dois expedientes têm oradores todos os dias.

A 1ª vez, a gente nunca esquece

Foi demais! Presidi a sessão da comissão especial da Reforma Política. O presidente Rodrigo Maia precisou se ausentar no meio da reunião e me chamou para ocupar seu lugar. Minha primeira experiência. Foi muito legal, admito que fiquei totalmente perdida (afinal, foi a primeira vez, né?), mas deu tudo certo. No fim, teve um requerimento convidando os presidentes nacionais dos partidos para irem lá, obviamente os grandes partidos. Já fiquei brava na hora e comecei minha manifestação para que os pequenos partidos também sejam convidados. No geral, foi ‘ma-ra-vi-lho-so‘ presidir a reunião. Amei!!!

Condicionamento físico 100%

Terça-feira supercorrida. Cheguei em Brasília e fui direto para a reunião da comissão especial da Reforma Política. Depois de horas debatendo os temas da Reforma, sai em disparada para a reunião de líderes de partidos, representando o Bacelar, nosso líder do PTN. Sem tempo pro café da manhã e almoço, mais correria, para chegar a tempo a outras reuniões agendadas e às sessões em plenário, com votação nominal. Apesar da correria, o dia terminou vitorioso. É que foi aprovado um projeto de lei muito bom, de autoria da Luiza Erundina, que garante a presença de mulheres nas mesas diretoras das Câmaras, Assembleias e Senado. Agora temos nosso espaço assegurado na composição das mesas diretoras de todas as Casas Legislativas. Fiquei muito feliz por mais essa batalha vencida. E sabe o que é melhor? Essa correria tem me feito um bem danado. Meu condicionamento físico está 100%. Se os médicos recomendam dar 10 mil passos por dia, tenho superado, e muito, essa marca. E de salto alto!!!

Aprovado projeto de lei que garante a presença de mulheres nas mesas diretoras legislativas

Aprovado projeto que garante a presença de mulheres nas mesas diretoras legislativas

Consegui!!!

Hoje, estou muito, muito feliz. Consegui coletar as 171 assinaturas, e até mais, para cada uma das emendas que quero propor na reforma política. Para apresentar emenda para ser discutida, é preciso coletar essas assinaturas. E como o tema é muito controvertido e eu sou minoria, por estar num partido pequeno, era muito difícil essa coleta. Mas eu consegui, com muita persuasão, convencer um a um e coletar as assinaturas. Devo ter abordado todos os 512 deputados e consegui. Agora vamos ao debate, porque democracia é isso, a gente poder debater. #felizdemais

Conversei com todos os deputados e aqui esta o resultado: issão cumprida

Devo ter abordado todos os deputados e aqui está o resultado: missão cumprida

Em defesa do próprio umbigo

Estava refletindo e vi que o objetivo dos grandes partidos, que são a maioria, é acabar com os pequenos e isso, agora, está mais acirrado, porque houve uma grande renovação no Congresso, por causa dos pequenos partidos. Eu brigo pela reforma política imparcial, e não existe. Eles podem ser competentes, mas não imparciais. Brigam apenas pelo próprio umbigo. Fico triste com isso, porque não reflete a opinião do povo.

A questão do tempo de TV numa eleição majoritária, por exemplo. Eu defendo que tem de ser igual para todos os partidos. Isso daria reais possibilidades de um cidadão comum, que tenha legenda num partido pequeno, de chegar a ser prefeito, governador e, por que não, presidente. Quando se pergunta ao povo, ele quer isso. Ai, você vem aqui e ouve ‘Renata, não sonha, isso jamais vai passar aqui’. Isso é triste, porque esses representantes deveriam representar a vontade do povo, mas eles defendem o que é melhor para eles. Isso está errado numa reforma política. Então, o povo deveria se mobilizar, deveria ir para rua brigar por isso, brigar por essas regras democráticas, que garantiriam uma renovação política de verdade. Isso me entristece um pouco aqui.

Tudo combinado antes

Têm coisas que a gente só fica sabendo estando no Congresso. Como por exemplo a eleição da mesa que ia compor a comissão especial da Reforma Política. Foi feita votação em cabine, como se faz nas eleições mesmo. Só que é tudo definido antes quem vai ser a chapa e quem são os eleitos. Então, você vai lá pra confirmar seu voto. É estranho isso. Só tem um candidato e do lado branco. Mas, se só tem um candidato, então, por que eu vou lá na urna eletrônica votar? Têm coisas que só na política deste País!

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