Tenho aproveitado esse período em que o ritmo das atividades de plenário diminuiu, já que os trabalhos não avançam até de madrugada, para fazer discussões filosóficas sobre política, debatendo muito com meu grupo e trazendo gente de fora. Não podemos continuar fazendo a mesmice. Tenho um projeto para o nosso partido, sou vice-presidente nacional do PTN, e queria muito reposicioná-lo com algo diferente, com postura diferente, que fale com a população. Então, estou aproveitando esse tempo para discutir a política no Brasil, para que possamos usar o nosso instrumento hoje, que queiram ou não são os partidos, para mudar as atitudes. Muitas vezes avançamos a madrugada lá em casa, com alguns deputados discutindo isso, e é bem interessante a unanimidade sobre o distanciamento do povo sobre o que é bom para ele e a realidade desta Casa. As pessoas costumam dizer que deputado não trabalha, e a minha vontade é trazer todo mundo para cá, passar uma semana comigo, para ver de perto o nosso trabalho, conhecer os bastidores. Não é um distanciamento proposital, é natural isso quando não se vive o dia a dia, não se sabe como a coisa funciona, como é o processo de muitas vezes abrir mão de algo, ceder, para aprovar um projeto, por exemplo. Esse desconhecimento faz com que o povo defenda uma proposta sem saber que é ruim para ele. E quando a classe política identifica isso e vota contra, justamente para proteger a população, é maciçamente criticada. Para a gente tentar resgatar a credibilidade é muito difícil, porque o brasileiro é avesso a mudanças por desconhecimento desse universo, mas precisamos fazer essa discussão. Se vocês puderem participar, quiserem participar disso, dessa reconstrução, opinem sobre o que poderíamos fazer de diferente para o Brasil, não é só criticar, mas de que forma efetivamente contribuir com um projeto inovador, um projeto para o futuro, por meio da política, porque é ela que governa.
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