Votei contra mais armas
Todos vocês sabem que eu sou contra armas, contra armar quem não é policial. Já expus anteriormente aqui esse meu ponto de vista. Sei que várias pessoas pensam diferente, respeito as opiniões de todos, mas gosto de divulgar para vocês meu posicionamento, minhas considerações, o meu voto. Sendo assim, ontem, na sessão em plenário que se estendeu até as 23h30, votei contra a proposta do governo que permitia porte de armas de propriedade particular para servidores da carreira de auditoria da Receita Federal, oficiais de Justiça, peritos criminais, auditores fiscais do Trabalho e fiscais federais agropecuários. Segundo o texto, as mudanças, se aprovadas, seriam feitas no Estatuto do Desarmamento, que já concede porte de armas, inclusive fora do serviço, para algumas categorias do funcionalismo público, como guardas municipais e agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A justificativa era que esses servidores, quando em serviço, frequentemente se deparam com atividades criminosas. Até acho que isso ocorre mesmo, mas entendo que em situações desse tipo o servidor tem de pedir escolta policial ou acionar a Polícia, que é a corporação preparada para isso. Além de mim, mais 244 colegas votaram contra o texto. O dispositivo, aliás, estava inserido na MP (Medida Provisória) 693/15, que propunha também várias desonerações tributárias federais concedidas a equipamentos e materiais destinados às Olimpíadas e às Paraolimpíadas de 2016, às distribuidoras de energia elétrica responsáveis pelo suprimento temporário de energia nas áreas dos jogos. Todos esses outros itens foram aprovados e agora a matéria será votada pelo Senado.