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Até o último minuto

Agora é pra valer! O parecer do relator da Comissão Especial, Jovair Arantes, vai ser lido hoje no plenário da Câmara. Para que o processo siga em frente, ou seja, chegue no Senado, que é a Casa que vai votar o impedimento de Dilma, são necessários 2/3 dos votos favoráveis ao encaminhamento. Se isso não ocorrer, a ação é arquivada. Amanhã, o documento do relator será publicado no jornal da Câmara e na sexta-feira começam as sessões. A previsão é que teremos três sessões na sexta, três no sábado e uma no domingo, quando, então, haverá a votação, que vai ser nominal. Ainda não está definido se a chamada será por ordem alfabética ou por região, podendo começar pela Sul ou pela Nordeste. Esses e outros detalhes serão definidos daqui a pouco, na reunião de líderes partidários com o presidente Eduardo Cunha. Muitos estão me questionando o voto do PTN na Comissão Especial. Jamais escondi de vocês que o partido estava dividido. E não só o nosso. Várias legendas encontram-se na mesma situação, mas, ao contrário delas, que na Comissão Especial optaram por anunciar a liberação da bancada, nós preferimos agir da forma mais transparente possível, anunciando o nome de cada deputado que vai votar em plenário a favor do impeachment de Dilma. Eu, como tenho dito há meses, vou votar sim. E até o último minuto antes da votação no domingo não desistirei do trabalho de convencer cada deputado contrário, independentemente de partido,  a fazer o mesmo, embora, como rege a democracia, cada um deve decidir conforme a sua consciência, responsabilizando-se por seus atos. Eu fechei com o povo e não abro mão disso!

Sete dias de decisões

Brasília com sol muito quente e a temperatura vai subir ainda mais ao longo desta semana no Congresso. Hoje temos a votação do processo de impeachment na Comissão Especial. Essa votação deve terminar por volta das 10 horas da noite. Pelo cronograma oficial, a decisão será lida amanhã em plenário, o presidente Eduardo Cunha a publica no Diário Oficial e, 48 horas depois da publicação, ou seja, na sexta-feira começa a votação dos 513 deputados, que deve se estender até domingo. São sete dias de decisões muito importantes. A tendência hoje é que a Comissão Especial do Impeachment aprove o parecer do relator Jovair Arantes, favorável ao encaminhamento do processo para o Senado. Basta maioria simples. E a partir daí, sim, é que o jogo começa pra valer. Deputados aliados ao governo dizem que o Palácio tem perto de 200 votos na Câmara dos Deputados; os favoráveis ao impeachment estão em torno de 300 parlamentares. Como a Casa tem 513 deputados, se analisarmos friamente pelo menos 100 votos estão flutuando, disputados tanto de um lado quanto do outro. Para aprovar em plenário são necessários 342 votos (2/3 da Casa). Acho que o parecer passa tanto na Comissão quanto no plenário. Eu estou do lado de cá, do povo, favorável ao impeachment, porque o Brasil atravessa momento muito delicado e temos de reconstruir o futuro.

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Comissão Especial vota hoje o parecer do relator Jovair Arantes

Galeria para os parentes

Essa eu também preciso compartilhar com vocês. O Eduardo Cunha vai disponibilizar a galeria do plenário para os familiares dos deputados. Por que? Porque quem mais pressiona os parlamentares indecisos são os próprios parentes, que estão sofrendo com a pressão popular. Conhecendo um pouco o presidente da Câmara, acho, inclusive, que ele vai dar mais credenciais para os parentes dos deputados que são contra o impeachment. Dizem as más línguas que o Cunha pretende começar a votação nominal pelos deputados da região Sul, mantendo por último os representantes do Nordeste. Aí, quando chegar no meio do sufrágio, o quórum contra o governo já estaria alto, facilitando os demais aderirem a favor do processo de impeachment. Tem lógica, não é mesmo? É ou não é exatamente o House of Cards, que falei no post anterior?

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Parentes de deputados vão acompanhar da galeria do plenário a votação

 

Mudança de nome

Nossa, preciso contar uma coisa para vocês. O desespero dos indecisos quanto à votação do processo de impeachment tem feito parlamentar até mudar sua identificação oficial na Câmara. Revelo o milagre, mas não o nome do anjo, ok? Digamos que o sujeito foi eleito como Antonio Zetone. Agora, diante da pressão em cima dos indecisos, pediu para tirar o Antonio, passando a ser conhecido apenas como Zetone. Assim, se a votação nominal no plenário for por ordem alfabética, ele estará no final da lista. Acompanha o andar da carruagem, se vai passar ou não o processo e, então, vota. É demais isso, né gente?

Segurança reforçada

E esta semana o bicho vai pegar em Brasília com a votação do processo de impeachment. A tensão na Câmara dos Deputados estará tão grande que a segurança na Casa será reforçada, não vai poder entrar ninguém e não haverá visitação institucional. Do lado de fora, tenho certeza que haverá milhares de pessoas se manifestando. Temperatura máxima! Vou pra lá amanhã bem cedinho. Já peguei passagens aéreas pra levar meus filhos, porque mal terei tempo de telefonar pra casa e falar com eles. Estando comigo, não vou morrer de saudades. Poderei ver meus bebês assim que terminarem os trabalhos no Congresso. Mesmo que for de madrugada e os dois estiverem dormindo, dá pra dar beijinhos e zelar pelo sono deles.

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Congresso vai reforçar a segurança por causa da votação do impeachment

Piada de mau gosto!

É brincadeira o que está acontecendo. Se já não bastassem as notícias veiculadas em parte da mídia, que eu estava indecisa quanto ao meu voto no processo de impeachment, hoje me deparo com mais uma piada de mau gosto: que me encontrei com o Lula e que ele ofereceu o ministério do Turismo ou dos Esportes para me posicionar a favor do governo. Vergonhoso, viu! Eu não me encontrei com o Lula nem com qualquer integrante do governo. Que mais vão inventar envolvendo meu nome, hein? Incrível isso! Quantas e quantas vezes terei de anunciar que meu voto é a favor do impeachment? De onde eles tiram tamanha criatividade para fantasiar e bolar notícias tão falsas? Eles devem pensar que o povo é bobo, que não sabe somar 2 com 2. Se sou a favor do impeachment, como poderia estar negociando cargo, gente? Nossa, não aguento mais! Parte da mídia deve estar perdendo sua capacidade de informar fatos. Só pode ser isso, porque assunto tem aos montes, não precisa inventar!

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Clima de expectativa


Hoje, daqui a pouquinho, o deputado Jovair Arantes vai apresentar à Comissão Especial seu relatório sobre a abertura ou não do processo de impeachment da presidente Dilma. Os integrantes da comissão terão até segunda-feira para ler e discutir o documento de 130 páginas, que será votado nesse dia, a partir das 17 horas. Isso significa que passarão sexta, sábado e domingo reunidos. Ninguém sabe o que o relator escreveu lá, por isso, o clima no Congresso é de enorme expectativa. Aliás, o agito já está forte, com palavras de ordem gritadas pelos grupos pró e contra o impeachment, faixas e cartazes no saguão da Casa. Pressão de todos os lados.  Façam suas apostas. Eu, como sou a favor do afastamento da presidente, acho que o relatório será pela abertura do processo.

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Não vou virar as costas

 

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Estou machucada, ferida moral e emocionalmente. Fui chamada pelos piores impropérios e adjetivos existentes na língua portuguesa. E olha que sou totalmente a favor do impeachment. Um patrulhamento ‘ideológico’ invadiu minhas redes sociais e meu celular e, em tentativa de linchamento moral, exigiu que eu apedrejasse publicamente e expulsasse do partido quem não pensa igual a mim. Segundo o dicionário, a palavra partido significa dividido em partes. Então, vamos esclarecer o seguinte: o partido não é meu, o partido é da bancada. Eu respondo por mim, por minhas atitudes, não respondo pelas atitudes dos outros. E de novo: sou a favor do impeachment. Para aqueles que me acusam de negociar com o governo, eu não negocio com o governo. Que incoerente seria negociar um cargo e votar em público pelo impeachment, não acham? Enganaria quem agindo assim? Sou nacionalista, defendo a democracia direta, luto para o povo participar diretamente das principais questões do país. Falei muitas e muitas vezes que deveria ser dado ao povo o direito de votar pelo impeachment, e não ao Congresso, e que deveríamos fazer um recall eleitoral, com convocação imediata de nova eleição assim que o impeachment fosse decidido pelo povo. Como uma pessoa pode agir assim e, por trás, negociar apoio em troca de cargos? Quem me acusa disso, realmente, não me conhece nem acompanha meu dia a dia no Congresso. Volto a frisar: eu respondo por mim! O que fizeram e estão fazendo comigo me fez entender agora porque muitos políticos fecham os ouvidos e viram as costas para a população. Me sinto muito mal com essa injustiça toda, acusada de algo que não fiz (negociar com o governo) e linchada por algo que os outros possam estar fazendo. Mas, apesar de machucada, não vou virar as costas para meu povo. E apesar de ter dito centenas de vezes que sou a favor do impeachment, alguns movimentos insistem em incluir meu nome como ‘indecisa’ e se recusam a corrigir a informação, ou seja, é um absurdo. Mesmo me manifestando publicamente, duvidam de minha palavra. Estou sendo injustiçada gratuitamente. Gente, estamos atravessando enorme turbulência social. O clima de ódio vem ganhando espaço na sociedade brasileira. A efervescência social e política está transformando o debate político em um debate moralista, autoritário e intolerante. Temos de tomar muito cuidado ao receber uma informação, checar a veracidade dela, analisar o conteúdo antes de passá-la adiante. Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma falsa verdade. Isso é um jogo muito perigoso! É preciso ter calma, cautela. Tomar muito cuidado para não ser injusto. A injustiça, o linchamento moral e a intolerância só afastam pessoas do bem e deixam o sistema à mercê daqueles que dão ‘um dane-se ao povo’. Pensem nisso!

A favor do Brasil!

Queridos, esta semana acordei com a minha cara estampada nas mídias sociais, com uma enxurrada de comentários falando que eu sou do governo. Meu celular travou de tantas mensagens. LOGO EU, que defendo publicamente o impeachment, que luta por transparência, participação de todos e democracia direta neste País. Gente, ouvi tanto ao longo de todos esses dias, até o absurdo de que eu, como deputada que defende a democracia, deveria obrigar, isso mesmo, OBRIGAR as pessoas a votarem a favor do impeachment. E PIOR: além de obrigar, deveria EXPULSAR quem tem opinião diferente a da minha. Acreditam?  Eu, que prego a transparência, que defendo a participação popular e uma das poucas parlamentares deste País que luta pela democracia direta! …. Vou repetir, eu sou a FAVOR do impeachment.

Agora, querem que eu expulse do partido quem tem opinião contrária à minha. Expulsar quem não concorda comigo? Então, se esse é o jogo, o que faremos, se o governo cair, com 32% da população que hoje é contra o impeachment? Vamos mandar todos pra fora do País, porque pensam diferente da gente? É isso? Expulsar quem é diferente? Vamos implantar de novo a intolerância e o ódio contra quem pensa diferente, tal qual 31 de março de 1964, quando nos tiraram a democracia e vivemos por 20 anos sob um regime totalitário, que prendia, torturava e até matava quem era contra? Desculpa quem me pede isso, mas não o farei. Eu tenho o maior orgulho de viver numa democracia, que garante que todos (todos mesmo!) tenham voz, seja dentro ou fora de um partido. Não posso aceitar a imposição de quem também se diz democrático, mas não aceita opiniões contrárias. Dizer que defende ideias, mas não quer ouvir as ideias dos outros e se recusa a debatê-las é um tanto antagônico, não acham? Não condiz com a democracia que tanto lutamos em nosso País. Sou, e sempre serei, a favor do direito constitucional de todos agirem e pensarem livremente. Não serei leviana e calar a voz de quem pensa diferente de mim. Cada um deve votar como o seu eleitor quer e decidir, individualmente, o que considera ser o melhor para o País. Eu já escolhi: sou a favor do impeachment e voto a FAVOR DO BRASIL!

Que dia!

Que segunda-feira! Vocês nem imaginam, mal dava para se deslocar por aqui. As dependências da Casa ficaram lotadas, com muita confusão e empurra-empurra, porque uma comissão da OAB chegou para entregar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mais um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Sabe um estádio de futebol em dia de clássico? De um lado, centenas de advogados que acompanhavam o presidente da Ordem, Claudio Lamachia; do outro lado, mais advogados, petistas e simpatizantes, só que contra o impeachment. Separando os dois grupos, homens da segurança da Câmara. O pedido da OAB, aprovado por 26 das 27 bancadas estaduais da Ordem dos Advogados (só o Pará foi contra), se baseia em quatro pontos para pedir o impedimento da presidente: as pedaladas fiscais, a delação premiação do senador Delcídio do Amaral, a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil e a desoneração fiscal em favor da Fifa, em 2014. Quando a comitiva de Lamachia tentou entrar no salão verde para entregar o pedido na presidência da Casa, a confusão aumentou, muito corre corre, empurrões e gritos com palavras de ordem: ‘Fora Dilma, Fora Lula, Fora PT’, ditas pelo grupo pró-impeachment; ‘Não Vai Ter Golpe’, pelo grupo pró-governo. A entrega do documento não pôde ser feita diretamente a Eduardo Cunha, justamente por causa do clima de enfrentamento entre os manifestantes, que foi contido pela polícia legislativa. O pedido acabou sendo entregue na seção de protocolo da Casa. A multidão se dirigiu à chapelaria (onde os deputados estacionam seus carros e entram no Congresso). Ali, o presidente da OAB deu coletiva e a polícia teve muito mais trabalho para evitar o confronto entre os grupos. Quem está na Câmara há muitos anos disse que nunca aconteceu uma situação como essa na Casa. Os ânimos estavam bem acirrados mesmo.

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Advogados acompanharam o presidente da OAB na entrega do documento

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