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As três partes da Câmara

Quarta-feira foi uma loucura. Para quem tem pânico de avião, então, foi um duro teste. Infelizmente, meu tio, Luiz de Masci Abreu, faleceu em São Paulo e tive de ir ao velório e voltar rapidinho para Brasília, porque haveria votação do segundo turno da Maioridade Penal. Assim, passei algumas horinhas (terríveis) dentro do avião. Já na sessão, fiquei impressionada pelo clima de tranquilidade. Imaginei um cenário semelhante ao do primeiro turno, quando tivemos as dependências da Casa e as galerias do plenário apinhadas de manifestantes a favor e contra a maioridade penal, mas, não, desta vez não houve qualquer manifestação. Foi outra vitória, porque sou a favor da redução, como já expliquei aqui no blog. Bem, com uma votação tranquila, encerramos o expediente relativamente cedo e fomos prestigiar o aniversariante Celso Russomanno. E sabe como que é, né, em clima descontraído o papo informal rola solto. Numa dessas conversas, um deputado descreveu, em tom de brincadeira, como é composta a Câmara: “Na Casa temos 1/3 que trabalha, 1/3 que não trabalha e 1/3 que só atrapalha” (risos).

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Deputados comemoram a aprovação, em 2º turno, da redução da Maioridade Penal

Orgulho de ser a sucessora

Na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, eu vi essa foto (abaixo) do presidente de 2000, deputado Santos Filho, e fiquei super feliz ao ler o nome do 2º vice-presidente: meu paizinho, José de Abreu, que foi deputado federal há 12 anos. Ele sempre foi muito atuante no Congresso e só deixou de disputar cargos eletivos por problemas de saúde. Orgulhosa de ser a continuação dessa história. É muito gratificante ser a sucessora do meu pai nesta Casa.
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Blog ‘Ferra Deputado’

Sabe aquele deputado que fez um comentário em tom de brincadeira para descontrair um pouco o ambiente tenso pela votação da PEC 433 (leia o post Brasília lotadaaaa!)? Pois bem, o encontrei pelos corredores da Casa e disse que havia relatado neste blog aquele comentário. E ele respondeu: “Esse é o blog ‘Ferra Deputado’ mesmo”. rsrsrs

Clima seco castiga

Pela primeira vez, a sessão terminou relativamente cedo, 9 e pouco da noite, e eu consegui, enfim, ver alguma coisa em meu gabinete. Depois vim para casa descansar. Brasília, nesta época do ano, é uma coisa de louco. Não tem quem não fique doente, com dor de garganta, secura, olhos ardendo, mal-estar, por causa do clima seco. Fora que você sai da Câmara extenuada, sem noção do tempo, porque não tem janela e não sabe se é dia ou noite, além de ficar o tempo todo no ar-condicionado. Realmente, a qualidade de trabalho aqui é bem complicado.

Momento família: delícia!

Sai de Brasília e vim direto para Ilhéus, para cumprir uma agenda política com meu grupo do PTN na Bahia. Aproveitei para participar da comemoração de aniversário de meu sogro. Minha família por parte do meu marido é toda da Bahia e estou aqui saboreando um cozido em Itabuna, ao lado do futuro vereador da cidade, meu primo Fernando Melo. Muito gostoso estar com a família e reencontrar meus dois filhos. Esta semana em Brasília até chorei de saudade dos meus pequerruchos. Esses momentos familiares são maravilhosos e revigorantes, recarregam nossas energias para continuarmos em frente, com fé e muita determinação.

Comemorando o aniversário do sogro. 'Momento família é tudo de bom'

Comemorando o aniversário do sogro. ‘Momento família é tudo de bom’

Aposta saborosa

No final da extensa sessão para votar a PEC 443, com todo mundo pressionando e orientando o voto ‘sim’ ao substitutivo do projeto original, um deputado me disse:  “Gente, não existe isso. Como é que vai vincular os salários de todas essas categorias ao subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal? O impacto vai ser enorme. Não vai passar”. E eu respondi: “Olha, do jeito que está a pressão neste plenário, com as galerias pressionando todos os deputados, passa sim, e passa atropelando. Não era o momento de votar isso, desse jeito que está sendo proposto, por causa da situação que vive o país, embora a reivindicação de tantos anos também seja justa”. Fizemos uma aposta. E eu ganhei uma caixa de bombons, que foi entregue no meu gabinete. Foi muito bom, o chocolate (risos)

Preocupação

Semana muito conturbada. A Casa muito cheia, meu gabinete entupido, não consegui nem falar direito com minha equipe, sai de lá altas horas da madrugada, extenuada e tensa pelo clima pesado no Congresso. E ainda teve o panelaço contra o governo ecoando nas principais cidades do território nacional. Eu, sinceramente, não sei o que é melhor para o Brasil. Sinto que está todo mundo perdido. Admito, estou muito preocupada com os rumos deste País. Muito preocupada mesmo!

Contagem regressiva

Gente, acompanhe comigo essa contagem regressiva. Meu novo site está saindo do forno. Logo, logo estará no ar. Dia 19 deste mês, às 19h19, nasce o www.renataabreuoficial.com.br. Falta pouco. Eba!

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Política: a arte de fazer inimigos

Quem pensa que recesso é férias, está muito enganado. Semana passada foi muito estressante, uma agenda atrás da outra. Você fica em Brasília a maior parte do tempo e, quando volta para o seu Estado, tem um monte de agenda a cumprir. E as pessoas não entendem que você é uma só e o dia tem apenas 24 horas. Até tentei colocar a agenda em dia, mas foi insuficiente. Nesta semana estou feliz da vida porque, finalmente, estou descansando com meu marido e filhos, mas eu preciso falar uma coisa: dei uma olhadinha no meu WhatsApp e no meu Facebook e fiquei chocada com a quantidade de pedidos. Têm pedidos de passagem aérea, casa, televisão etc. Não são pedidos de internação hospitalar, cesta básica, leite e roupinha para bebês. Como é um absurdo atender esse tipo de solicitação, chovem queixas e críticas do tipo ‘tá vendo, ela não quer ajudar. Na hora de pedir voto, vem aqui pedir, mas quando a gente pede, não ajuda’. Gente, a obrigação do legislador é fazer leis e fiscalizar o Executivo, não é para ficar dando coisas supérfluas e absurdas para o povo. Se tem político que faz esse tipo de clientelismo, fica a pergunta: de onde vem o dinheiro? Que tipo de ajuda é essa, quando sabemos que há milhares de famílias necessitando, pra valer, da nossa assistência? É por isso que, na minha visão, tem tanta corrupção no Brasil. Hoje, mais de 80% do meu salário é voltado para o trabalho social que eu já realizava antes de ser eleita, muito antes mesmo, mas, obviamente, depois que você vira deputada, a demanda fica enorme e você tenta da melhor maneira possível ajudar a quem está excluído socialmente, sem dispor do mínimo de necessidades básicas para uma sobrevivência digna. Mas o povo não entende. Enquanto você é empresária e ajuda, é uma pessoa legal, mas quando é política e ajuda, então, vira interesseira, oportunista e não faz mais do que sua obrigação; e se não ajuda, é uma pessoa ruim. Precisamos rever muito os conceitos da nossa sociedade para mudar os políticos. Essa é a minha reflexão nesse momento de lazer e vendo meu WhatsApp e meu Facebook com pedidos dos mais absurdos que se possa imaginar.

 

A idade do juiz

Falando em faixa etária, entendo que uma atividade que deveria ter idade mínima para exercê-la é o cargo de juiz. Tenho uma amiga que mal saiu da faculdade virou juíza na Vara da Família. Ela não estava preparada para tamanha responsabilidade, porque não tinha experiência de vida para julgar, por exemplo, uma separação litigiosa, que envolve guarda de filhos. É muito complicado isso. No meu ver, é muito pior ter um deputado federal inexperiente, porque ele é um entre 513. Já no caso de juiz, é ele, só ele, quem decide, por exemplo, a guarda dos filhos, a sentença de um acusado de homicídio. Imagine sendo inexperiente Defendo que haja um tempo de experiência na área jurídica antes de ser nomeado juiz. Cheguei a falar sobre isso com alguns colegas parlamentares, dizendo que pretendia elaborar um projeto de lei, mas um deles fez o seguinte alerta: “Não, Renata, não faça isso, você vai perder o voto dos jovens”. Gente, nós temos de parar de pensar assim. A proposta é boa para o País? Quantas milhares de pessoas estão nas mãos de juízes sem experiência de vida e que estão julgando na vida dessa gente? Eu não posso me preocupar com possível reação dos jovens, pensar apenas numa classe que vai se beneficiar em detrimento de outra. Temos de pensar no todo. Será que a maior parte da população não merece que seus casos jurídicos sejam julgados por pessoas experientes na vida e no trabalho? Assim penso eu sobre esse tema e todos os outros, mesmo sendo, com certa frequência, alertada por colegas sobre os riscos de descontentar a categoria A ou B e vir a perder votos. Temos de trabalhar pensando no todo, no abecedário inteiro, sem medo de A, B ou C.

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