ago 25, 2017 - câmara dos deputados    No Comments

Reforma Política (2)

Com opiniões discordantes sobre financiamento de campanha e sistema eleitoral, o texto principal da Reforma Política entrou na pauta do plenário com muita dificuldade. Isso porque o acordo era votar o distritão para 2018, o distrital misto para 2020 e o financiamento público. Aliás, o relator Vicente Cândido não quis colocar o distritão no seu relatório, mas acabou sendo derrotado por emenda pela comissão. Com isso, o texto veio a plenário com esses três itens. E no plenário, instalou-se o jogo de xadrez. A bem da verdade, aqui tudo é um tabuleiro de xadrez.

E o que aconteceu de fato? Os partidos que queriam forçar o distritão conseguiram aprovar, na comissão que eu presidia, o fim das coligações já para as eleições de 2018. Cá entre nós, sinceramente, eles não querem o fim das coligações a partir do ano que vem, mas entendem que assim forçariam os deputados a aprovarem o distritão. Entre ficar sem coligações e o distritão, acreditavam que os parlamentares ficariam pró distritão.

Pra vocês entenderem: aprovou-se o fim de coligação na comissão que analisava a PEC 282 não porque esse colegiado era favorável, mas pra forçar a aprovação do distritão. Foi essa a estratégia. Provavelmente, quando o texto da 282 for à votação em plenário restabeleça a coligação em 2018 e seu fim em 2020. Essa é a minha percepção, mas, como já disse, aqui é um jogo de xadrez, com movimento das peças sem saber o que vai dar.

Presidi a Comissão que tratou do fim das coligações

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