Contra o porte de armas
Nesta semana, a CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) votou e aprovou um projeto de lei que eu achei um absurdo. Votei contra, mas a maioria dos deputados integrantes votou a favor. Nessa votação, mais uma vez, percebi que a pressão popular aqui é quem manda. Se o povo vem pra cá, consegue mobilizar. Geralmente, quem se mobiliza é quem tem interesse pessoal no projeto. Mesmo que o resto da população seja contra, o povo não se mobiliza. E quando chega aqui, a mobilização acaba interferindo. O projeto na CCJC era sobre o porte de armas para agentes de Trânsito. Agentes de Trânsito! Eu achei um absurdo isso, primeiro porque acredito que armar alguém gera mais violência. Além do mais, para mim, ninguém, por mais psicologicamente equilibrado que seja, não está livre de, num momento de estresse no trânsito de São Paulo, por exemplo, pegar uma arma e atirar em alguém. Não garanto isso nem de mim mesma, quanto mais dos outros. Uma mulher de TPM a gente sabe como é, né? Achei absurdo, todo mundo estava a favor porque tinha muito agente lá pressionando. Peguei o microfone e falei porque sou totalmente contra armar as pessoas, não é assim que vamos amenizar a violência, aí outros deputados também se posicionaram contra, mas o projeto foi aprovado. É claro que os agentes de Trânsito vieram brigar comigo, mas é um posicionamento meu, não sou contra os agentes em si, mas sou contra armar a população em geral. Quanto mais gente estiver armada mais estaremos sujeitos a um ataque de fúria, a uma besteirinha qualquer para sacar uma arma e atirar. Não sei, é minha opinião, entendeu? Gosto de compartilhar com vocês minha opinião, sei que muitos discordam, outros concordam, mas acho legal vocês saberem como eu penso.