set 26, 2016 - câmara dos deputados    1 Comment

O jogo baixo das campanhas

Como presidente nacional do PTN e deputada federal, tenho viajando muito nesta época de campanhas eleitorais municipais.  E como o objetivo deste blog é contar, sempre de maneira transparente, os bastidores da política, preciso retratar isso para vocês: quanta sacanagem existe em época de eleições. Infelizmente, se não tivermos discernimento, facilmente seremos enganados. Para que tenham uma noção do que ocorrer, em cidades onde não têm sinal retransmissor de TV, e, portanto, não passa o horário eleitoral gratuito local, os jornais se tornam o principal meio de divulgação das campanhas. Só que têm prefeitos que ‘compram’ espaço, usando do seu poder como anunciante do impresso, já que é comum as administrações públicas ‘descarregarem’ nos jornais publicidade paga ao longo de todo o mandato. Assim, raramente na imprensa local é publicado algo que desabone a gestão, pelo contrário, só sai notícia ‘boa’ nesta época eleitoral. E quando não há nada para enaltecer o chefe do Executivo que concorre à reeleição ou alguém que a situação apoia, são publicadas pesquisas pesquisas-fraudadaseleitorais fraudadas, com números manipulados, apostando que o eleitor indeciso acabará votando em quem lidera a corrida eleitoral. Então, rodando o interior do Estado me deparei com candidatos ‘comprando’ pesquisas para ludibriar o eleitorado e ‘plantando’ na imprensa notícia mentirosa. Aliás, chegam até pagar pessoas para fazerem boletim de ocorrência de tudo o que se pode imaginar só para ter em mãos algo para desmerecer o adversário. É muita baixaria, é um jogo sujo demais, dá raiva ver esse jeito de fazer política. Eu, que entrei na política há pouco tempo e ainda me considero uma caloura, estou muito revoltada com tudo o que andei vendo por aí. Resvalou até em mim, espalhando coisas que eu não fiz. É fogo isso, é de embrulhar o estômago. É preciso ter sangue de barata gigante para conviver com isso.

1 Comentário

  • Eta São Paulo, terra da garoa, esse clima frio me fascina!

Leave a comment to Cristóvão M. Torres