nov 27, 2015 - câmara dos deputados    3 Comments

Mídia não deveria induzir

Estava olhando o site de um jornal e tinha um pessoal atacando um pré-candidato a prefeito no Estado de São Paulo. Isso me chamou atenção, porque talvez a população não saiba disso: a imprensa, que se diz tão idônea e transparente, é muito comprada. As prefeituras e os governos aumentam os contratos de publicidade na mídia como moeda de troca para bater no opositor, que não tem essa ferramenta. Precisa ficar muito atento ao ler jornal, ler notícias na internet, nos rádios ou nos blogs, porque se eles batem em um só, do nada, podem ter certeza que estão vendendo apoio. Geralmente nessa época, que antecede eleição, os governos municipais e estaduais sempre aumentam os contratos publicitários com a imprensa e, se isso não é feito, apanham também. Quando começam a bater é porque o ‘agredido’ deixou de anunciar. Quando começam a atacar um é porque o concorrente está anunciando. Me dá nojo, sabe. Quem tem de moralizar fica só criticando os políticos, denegrindo a imagem dos políticos, mas faz a mesma coisa, vende seu apoio. Nós temos de ter consciência disso para não sermos enganados por quem deveriam nos informar, e não nos induzir. Isso é muito ruim!

3 Comentário

  • Olá deputada,

    A propósito desse tema, porque no Brasil é permitido gastar dinheiro público com publicidade? O dinheiro público deveria ser revertido para população e não, ser gasto em publicidade. Vamos perguntar para cada cidadão se ele concorda que o dinheiro do seu imposto seja aplicado em publicidade. Qual será o resultado?

    Acho um absurdo andar em Brasília e ver aqueles painéis e outdoors fazendo propaganda da câmara distrital. É nojento isso! Isso é tirar sarro da cara do contribuinte!

    Deputada, se for possível, eu gostaria de ouvir a sua opinião sobre isso. Seria viável propor um projeto de lei para vetar a aplicação de recursos públicos com publicidade?

    Abraço

  • “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.
    Joseph Pulitzer

    Joseph Pulitzer – (Makó, Hungria, 10 de abril de 1847 — Charleston, 29 de outubro de 1911) foi um jornalista e editor estadunidense.

    Em 1903 havia entregue à Universidade Columbia, a quantia de um milhão de dólares destinada à criação de uma Escola de Jornalismo, cuja primeira pedra foi lançada em 1912, nove meses após a sua morte. Os prémios Pulitzer têm então sido entregues desde 1917, e têm como objectivo distinguir anualmente personalidades de diferentes áreas do jornalismo e da literatura que se destacaram ao longo do ano pelo seu trabalho. O objectivo do prémio é pois “encorajar e distinguir a excelência”.

  • Se desligarem o plug do dinheiro público, as principais empresas de mídia do Brasil entram em colapso. Aliás, mesmo com gordas verbas, já estão falindo. Globo perdendo audiência e leitores, a sujíssima Veja prestes a fechar, Folha falindo e Estadão… bem, o Estadão ninguém quer comprar. Os tempos são outros. Os ventos estão soprando em outras direções e eles, na sua arrogância, não perceberam.

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