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Ameaça de expulsão

Dois partidos fecharam questão contra o impeachment e ameaçaram de expulsão quem votasse a favor. E o cerco foi bem pesado, viu. Eu vi muito deputado com medo, cara de pavor na hora da votação. Um deles era secretário nacional do partido. Acho isso um absurdo, porque cada Estado tem a sua realidade. No PTN mesmo, tomei pau por respeitar a posição de cada um dos nossos parlamentares, que votou de acordo com seus eleitores e de acordo com a realidade do Estado que representa. Não achei correta a atitude desses partidos, porque tinham deputados cuja base eleitoral queria o impeachment, mas eles foram obrigados a votar contra. Lamentável!

Terras em troca de apoio

amapaUm bastidor que eu esqueci de contar. O Amapá era a favor do impeachment, mas, na reta final, o placar mudou: dos 8 deputados, quatro votaram contra o impeachment e um se absteve. Acontece que na véspera da votação a presidente Dilma assinou um decreto doando as terras da União para o Estado. Pouca gente sabe que 70% das terras do Amapá pertenciam à União. Era uma luta de 30 anos dos amapaenses, porque sem ser o dono delas o governo estadual estava impossibilitado de fazer qualquer melhoria. Houve, então, um acordo entre governador e presidência: a maioria dos deputados do Estado votaria contra o impeachment e Dilma assinaria o decreto de doação de terras. Por isso, que o Amapá virou ‘dilmista’ do dia para noite.

Defendo o recall eleitoral

Dei entrevista para o programa Brasil em Debate, na TV Câmara, sobre o processo de impeachment. Eu acredito que o Senado deve acompanhar a votação da Câmara e dar os votos necessários para o afastamento da presidente. Acredito que houve as pedaladas fiscais sim, para ajustar as demandas do governo, mas isso resultou no desencontro às leis orçamentárias. O que motivou muito o meu ‘sim’, além dos crimes cometidos, foi devolver ao povo o poder, que é dele. Aliás, sou defensora do recall, com novas eleições presidenciais. Tenho até uma PEC (Proposta de Emenda Parlamentar), juntamente com outros deputados, para que isso possa vir a ocorrer ainda neste ano, junto com as eleições municipais. Entendo que se o povo colocou tem o direito de tirar. Assistam aqui (http://goo.gl/LwqnDX ) a entrevista, que foi ao lado do deputado Givaldo Carimbão (PHS-AL), e me digam o que vocês acharam.

tv camara

Democracia sem imposição

Recebi algumas críticas, inclusive aqui no blog, porque falei da realização do sonho de todos os brasileiros (ver post de 17 de abril), mesmo sabendo que há uma parcela que não concorda com esse processo de impeachment. Também recebi críticas por, sendo vice-presidente do partido, não ter imposto que toda a bancada votasse conforme minha opinião.  Não cabe a mim impor nada a eles, que foram eleitos pelo povo, e é a esse povo a quem devem satisfação. Não tenho direito algum de fechar questão sobre o assunto, de impor nada a ninguém.  Até porque não seria justo com os outros 30% da população que não concorda com o impeachment, que pensa diferente de mim. Esses deputados representaram essa parcela de brasileiros. Dentro do nosso partido prevalece a democracia, cada um tem legitimidade para lutar por aquilo em que acredita. O meu papel vai ser sempre de tentar persuadi-los com argumentos, com convicção, mas jamais por imposição. A todos aqueles que tentaram me forçar a obrigá-los a seguir meu voto, digo que não o fiz e jamais o farei. Nunca! No PTN sempre haverá o direito legítimo de cada um da bancada representar aqueles que o elegeu. A gente pode achar que a situação de São Paulo é igual à da Bahia, mas não é mesmo, por isso o nosso deputado votou contra o impeachment, convicto e consciente de sua decisão e da realidade de seu povo. Enfim, nessa cultura de ódio que se formou em torno dessa questão, apesar de todas as pressões sofridas, ressalto mais uma vez: que não fiz e jamais farei imposições dentro do partido. Aqui, a democracia tem a palavra final!

Sonho conquistado

Gente, é muito emocionante. Estou ainda aqui no plenário, explodindo de felicidade! Foi voto a voto, com 367 votos a favor do processo do impeachment. A gente conquistou o sonho brasileiro. Demos voz às ruas. Conseguimos! Não podemos nunca desperdiçar o nosso voto. Nunca deixar de luta naquilo que a gente acredita. Estou muito feliz de fazer parte da história deste País. Muito feliz de não ser uma mera cidadã que só reclama, mas alguém que deu a cara pra bater e que participou, representando a população, da luta por um País mais justo e melhor pra todos nós, os brasileiros!

vitoria

E chega o grande momento!

É hoje! O Brasil inteiro preparando-se para esse grande momento, que entra para a história política deste País. Ainda há muitas articulações nos bastidores, tanto de um lado quanto do outro, principalmente para conquistar os votos dos indecisos. Brasília está de prontidão. Do lado de fora, a população começa a chegar, muitos e muitos policiais a postos, para garantir a segurança de todos, e o ‘muro de Berlim’ a separar favoráveis e contra ao impeachment. A sessão começa às 14h, com a fala do relator Jovair Arantes, depois falam os líderes de bancada e às 17h20 começa a votação. Cada parlamentar terá 10 segundos para anunciar o seu voto. A expectativa é muito grande. Espero que todos tenham muita calma neste dia, não provoquem, não ofendam, não sejam intolerantes e nem deixem que o ódio se sobreponha a esse importante momento de decisão democrática, aceitando e respeitando o voto de cada parlamentar e, principalmente, o resultado final. Meu voto, todos já sabem. Logo mais oficializo meu ‘sim’ ao impeachment, fazendo ecoar a voz das ruas na Casa do povo!

renata na tribuna

Não beba nada que ofereçam!

Viramos a madrugada. Fiz meu discurso quase às 5h da manhã. Mas o clima aqui está muito tenso, bem agitado. O governo está todo mobilizado, na tentativa de ampliar o voto ‘não’ ao impeachment. Dizem que o Lula está num hotel aqui do lado, atendendo deputado por deputado, principalmente aqueles que ainda estão indecisos. Tá fogo, viu! Nessas últimas 24 horas que restam, o governo está trabalhando pesado. Me pediram até para não beber nada que me oferecerem, de nenhum colega. Jogo pesado, gente! Quem faltar amanhã, ajuda o governo. Então, dizem que vão usar de tudo para virar o jogo. O negócio é ficar atento e bem esperto. Não sei o que vai dar, mas confesso que estou bem preocupada com a situação do País.

renata abreu

Impeachment deveria ser votado pelo povo, e não pelos parlamentares

Trabalho de bastidores

Acho engraçada a cobrança de amigos me cobrando para estar falando na tribuna. Fiz meu pronunciamento nesta manhãzinha, mas não dá para ficar o tempo todo no microfone. Estou nos bastidores, batalhando e ganhando, votos, um a um. Isso dá um trabalho tremendo de convencimento. Ou fico na tribuna falando, mostrando que estou lá e gritando pelo impeachment, ou fico nos corredores me empenhando para o processo passar pela Câmara. Não é fácil! Eu sempre digo aqui para vocês, quem mais trabalha é quem fica nos bastidores.

Meu palpite: 376 votos

Aqui é uma partida de xadrez diária. O meu sentimento é o seguinte: o jogo mudou muito, a sensação pró impeachment é muito grande, a pressão da população ajuda muito demais no processo e cada vez mais temos parlamentares se posicionando a favor. Estou bem otimista. Têm vários bolões na Casa. E minha aposta é 376 votos a favor do impeachment. Vamos ver se eu acerto!

Otimista com o amanhã

Brasília vive dias de intensas articulações. À frente do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, têm carros e carros de deputados, que chegam para audiências com ele. Agora vou falar uma coisa para vocês, conversei com o Temer e, cá entre nós, fiquei bem otimista, sabe. Percebi que ele está com boas intenções, se preocupando em colocar pessoal técnico no governo, em reduzir o número de ministérios, em trabalhar a política econômica. Se a imprensa deixar e nenhum escândalo aparecer, acredito que ele tenha condições de fazer um bom governo e unificar o Brasil. Sai de lá bem otimista. A gente tem de se unir mesmo pelo Brasil. Muita gente fala que a presidente vai cair e que todas as miras vão se voltar contra o Temer, mas acho que temos de ter muita cautela num primeiro momento, deixar ele governar para ver o resultado. Meu sentimento, hoje, é que se o governo Dilma cair, a onda de otimismo no país vai melhorar muito. E isso já melhora também a economia, o parque industrial, enfim, tudo.

 

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