Quem é de fora e passou por aqui nesta semana achou que estava tudo parado na Câmara, tudo morto, mas, não é verdade. Estava ocorrendo um trabalho muito intenso de bastidores, de articulação com os líderes, para se definir os rumos do governo, quem passaria a ser o líder do novo governo (o escolhido foi André Moura, do PSC), para saber como ficaria a situação de Waldir Maranhão, o que iria ser votado em plenário, quem conduziria a reunião do colégio de líderes. Os deputados, em boa parte, dizem não se sentir representados pelo Maranhão, queriam que renunciasse ao cargo de presidente em exercício da Câmara, mas ele recusou. A gestão do Maranhão, como 1º vice-presidente e agora com o comando provisório (em razão do afastamento do Eduardo Cunha), assim como de toda mesa diretora, se estende até o fim do ano, quando teremos eleição para o biênio 17-18. Então, fizeram um acordo com ele, que, em princípio, não deixa ter influência na Casa. Alguns parlamentares maldosamente o intitularam Rainha da Inglaterra, sem poder de fato. Não gostei disso, acho falta de respeito. Ontem, a sessão foi presidida pelo 2º vice-presidente da Casa, Fernando Giacobo (PR-PR), que colocou em votação duas MPs (Medida Provisória) que travavam a pauta: uma, aprovada, autoriza o ingresso forçado de agentes de combate a endemias em imóveis abandonados para a execução de ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus; a outra, igualmente aprovada, aumenta de 30 para 210 dias o prazo para distribuidoras de energia assinarem aditivo de contrato com o Ministério de Minas e Energia para prorrogar a concessão do serviço.
Ontem foram votadas duas Medidas Provisórias (foto:Luis Macedo)
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