A união venceu a pressão

Sempre que tem eleição nesta Casa, nossa, é uma tensão. E desta vez não foi diferente. Queríamos uma mulher compondo a mesa diretora e as bancadas feminina e jovem apoiavam a indicação da Mariana Carvalho (PSDB-RO), nossa amiga, uma querida. A 2ª secretaria da mesa, por acordo no bloco parlamentar, tinha ficado com o PSDB, que indicou o Carlos Sampaio. Mas queríamos uma mulher e pedíamos que a Mari se registrasse como candidata avulsa. Ela teria de fazê-lo até a meia-noite de quarta-feira. Quase estourando o prazo, vi que a Mari não tinha feito seu registro, então, decidi que eu seria a candidata, pois não me conformava de não ter uma mulher concorrendo à mesa. Iria pro páreo contra o Carlos Sampaio, tentando pegar a vaga do PSDB, isso daria uma confusão tremenda. Mas, quando telefonei para Mari para dizer o que havia decidido, ela avisou que estava oficialmente candidata. Ufa, que alívio!

mariana carvalhoSó que no dia da eleição, a Mari sofreu pressão tremenda do Aécio Neves, do líder do PSDB, que é o próprio Sampaio, de todos os tucanos, que queriam a sua desistência. Eu fico muito revoltada, sabe, porque é incrível a dificuldade dos partidos em abrirem espaços para novas lideranças. A situação ficou tão desconfortável que ela preferiu nem aparecer no plenário para fazer campanha. Enquanto eu ficava mandando mensagens pelo WhatsApp pra que não desistisse, as pessoas começaram a se revoltar com o que estava acontecendo, a ponto de todo mundo começar a pedir voto para a Mari. Sem brincadeira, ela venceria de goleada o Carlos Sampaio, que acabou desistindo de concorrer.

O pior foi o discurso muito deselegante de um tucano,  ao falar que a Mari não era a candidata oficial do partido e coisa e tal, mas ela venceu bonito, 416 votos, e a gente está super feliz. Foi uma grande vitória, e agora as bancadas feminina e jovem têm representatividade na mesa.

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