Como vocês sabem, estamos em recesso parlamentar, isso, no entanto, não significa estar em férias. Os compromissos políticos não cessam e, como estamos em ano eleitoral, há muita coisa a se fazer. Aliás, 2018 é um ano de muitas decisões políticas, não só no Brasil, onde teremos eleições para presidente da República, governadores, deputados federais e estaduais, mas também em várias outras nações, principalmente no continente americano.
A Costa Rica abre a temporada de eleições neste 2018. São 13 candidatos na disputa para presidente. O primeiro turno será em 4 de fevereiro e, diante do alto o índice de eleitores indecisos, tudo indica que haverá segundo turno, no dia 1 de abril, provavelmente entre concorrentes de centro-direita, já que o candidato do governo, da legenda de centro-esquerda Ação Cidadã, está mal nas pesquisas.
No dia 22 de abril ocorrerão as sétimas eleições gerais no Paraguai desde a redemocratização, em 1989. A disputa será entre o Partido Colorado, de direita, que tem governado o país nos últimos 70 anos, e a Grande Aliança Nacional Renovada, de centro-esquerda, formada pelo Partido Liberal e o Movimento Guasú.
A Colômbia terá eleição legislativas em março e a presidencial em 27 de maio. A participação do ex-grupo guerrilheiro Farc (Forças Armadas Revolucionárias), agora denominado de Força Alternativa Revolucionária do Comum, tornam essas eleições especiais. Seu candidato, Rodrigo Londoño, conhecido como Timoleón Jiménez ou Timochenko, está bem longe dos favoritos, segundo pesquisas eleitorais locais, mas o pleito majoritário é decisivo para a manutenção dos acordos de paz com as Farc.
O México escolherá seu presidente, senadores e deputados federais em 1 de julho. O presidente Enrique Peña Nieto, do Revolucionário Institucional, deixará um problemão para seu sucessor: lidar com o vizinho Estados Unidos, que anda pouco amistoso e que deseja construir um muro na fronteira dos dois países.
A Venezuela vai encarar as urnas em dezembro, e o atual presidente, Nicolás Maduro, mesmo sem apoio internacional, já confirmou sua candidatura à reeleição. Com a criação da Assembleia Constituinte, em 2017, o governo se tornou mais forte e mais influente, e aqueles que tentaram reagir contra foram presos ou obrigados a deixarem o país, que atravessa grave crise econômica, com uma inflação estimada em 2300%.
No velho continente, as eleições legislativas na Itália ainda não têm data marcada, mas vão colocar o país no centro das atenções da Europa. A reforma eleitoral, aprovada no ano passado, beneficia a coalizão de partidos e diminui o poder de legendas que não têm muitos aliados. A mudança prejudica muito o 5 Estrelas, movimento criado em 2009, que estabelece uma democracia direta através da internet e que conseguiu eleger quatro prefeitos e dezenas de deputados municipais e regionais.
E no Brasil, teremos a oportunidade de modificar, a partir das eleições de outubro, tudo o que está por aí. Posso falar do nosso Podemos, que vem construindo um projeto sólido, com democracia direta, transparência e participação popular e lançando um candidato íntegro, ficha limpa e muito bem preparado para comandar essa mudança. Como já disse aqui, estou bem entusiasmada com o nosso presidenciável Alvaro Dias, que tem uma trajetória política irrepreensível.
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