Archive from junho, 2017

Pausa revigorante

Hoje fui convidada para uma festinha junina na liderança do PHS. Momentos de descontração e de confraternização são super-importantes, porque estamos sempre na correria, debatendo matérias e projetos tensos, e parar um pouquinho revigora muito, principalmente quando há quitutes juninos para saborear (hummmm!). Valeu muito a pena essa paradinha nos trabalhos.

Fim das coligações

Ah, é importante saber sobre o fim das coligações, que também está nessa PEC 282: a maioria da Casa é contra essa proposta, mas deve ser aprovada porque os parlamentares entendem que, se não houver o fim das coligações para 2020, o Judiciário vai acabar com ela agora, em 2018. Isso seria um problemão. Então, é meio que uma composição, não que, de fato, a Câmara apoie a proposta. Do meu ponto de vista, o fim das coligações no atual sistema eleitoral vai ser um transtorno, porque vai quadriplicar o número de candidatos. Mas, enfim…

Às vezes, o Judiciário cria umas lógicas questionáveis, tipo acabar com coligação porque os partidos se unem sem ideologia. Mas os partidos, hoje, estão desprovidos de suas ideologias, eles têm que se repensar como partidos. Resolver um problema por meio de uma lei, acho isso questionável!

 

Sem enrolação

Saiu uma notinha numa revista digital dizendo que eu estava enrolando como presidente na Comissão da Reforma Política. (rindo)… tô enrolando nada! Como eu revelo os bastidores políticos para vocês, vejam que absurdo isso. Essa comissão, que vai analisar a PEC 282, demorou a ser instalada porque o PT ficou obstruindo. Para que vocês entendam: como eles estão cuidando da Infraconstitucional e da PEC 77, que trata da unificação das eleições, eles queriam ficar à frente de toda a Reforma Política, porque pretendiam colocar Lista Fechada e muitas outras coisas que os brasileiros não querem. A PEC 282 veio do Senado e trata de coligações e cláusula de barreira. Tinha um acordo para que essa comissão não ficasse com o PT e, então, eles começaram a tumultuar, passaram a fazer requerimento para apensar (juntar) uma PEC na outra, a não indicar membros para esse colegiado, e isso atrasou pra caramba a instalação. Semana passada, a comissão foi montada e eu marquei reunião para as 15h. Só que as sessões em plenário estão começando mais cedo. Com o início da ordem do dia, a reunião da PEC 282 ficou suspensa. Quando terminaram os trabalhos em plenário, retornei ao recinto da comissão e não tinha ninguém. Estão vendo? Não estou enrolando não. Acontece que muito do que se fala a meu respeito é porque sempre tive um posicionamento muito duro contra a cláusula de barreira, porque ela já foi declarada inconstitucional e por uma série de outras tantas razões, como, por exemplo, que acabaria com partidos ideológicos. E, cá entre nós, o objetivo da cláusula de barreira é a manutenção das grandes legendas.

Agora, com um partido como o nosso, que foi o que mais cresceu no Brasil, hoje com 14 deputados federais, estão vindo mais 10 federais e dois senadores, vai ter candidato à Presidência da República e um governador, vou estar preocupada com cláusula de 1,5%? Lógico que não! Então, qual o intuito dessa matéria na revista digital? Pra mim, foi uma notícia ‘plantada’ pelo PT, justamente pra enfraquecer essa comissão e forçar apensar a PEC 282 na PEC 77, presidida por eles, assim dominariam a Reforma Política.

Meu intuito de ir para PEC 282 era para assegurar o diálogo, para que as coisas não aconteçam no atropelo. Quando fui designada na presidência, já tinha a composição dos membros. Agora vêm com essa movimentação de bastidores para tentar pegar o protagonismo da Reforma. E para tanto ‘plantam’ notícia, tumultuam, tentam me enfraquecer na presidência. É bom esclarecer: se eu fosse contra a PEC 282, falaria abertamente, até porque abomino que fiquem fazendo joguinho.

Futuro político em ação

Sábado e domingo foi um fim de semana intenso de agendas a cumprir. Um monte de festas de São João, celebração de missa, aniversários e outros eventos. Nossa, gente, fiquei muito cansada, quase não curti meus filhos, mal-humorada, dormi pouco.

Ontem, segunda-feira, estava uma pilha de nervos. Inclusive saiu uma notícia na imprensa, mas eu vou comentar em outro post para vocês. Voltando, ontem tive um compromisso em Osasco e levei meu filho caçula, porque estava morrendo de saudade de tê-lo comigo. Esse meu Rafinha é muito cara de pau, não tenho dúvidas que vai ser político (hahahaha). Enquanto eu estava numa reunião, ele sentou-se no colo de um vereador, pegou o celular e começou a fazer selfie. Quando terminou a reunião, o vereador me mandou as fotos. Olhem isso, gente! Diz se não é pra amar esse toquinho de gente, que se dá bem com todo mundo?

‘Engole o senador’

Como é difícil abrir mão de hábitos. Senti isso na gravação do vídeo de apresentação do senador Álvaro Dias como o mais novo integrante do nosso Podemos. Sempre me dirigi a ele ou me referi a ele como senador, assim como faço com outras autoridades. É meu costume. Então, tive muita dificuldade em chamá-lo apenas de Álvaro Dias, sem o costumeiro senador. Foram tantas e tantas vezes que foi dita a frase ‘gravando, de novo’ que a orientação de um dos profissionais no estúdio acabou provocando gargalhadas : “Renata, engole o senador”. kkkkkkkk

Feliz! Projeto aprovado

Um projeto de lei meu foi pautado para votação em plenário e aprovado. A proposta obriga profissionais de Saúde a registrarem no prontuário de atendimento os indícios de violência contra a mulher, para fins de estatística, prevenção e apuração da infração penal.  Atualmente não há um canal de comunicação entre hospitais e delegacias de Polícia que possa mapear áreas com maior concentração de violência contra a mulher. Todas as informações do prontuário de atendimento hospitalar serão preservadas, sem exposição da vítima. A proposta de meu projeto é a comunicação apenas do crime para que a Polícia, com as informações fornecidas pela unidade hospitalar, possa identificar e mapear áreas de violência, colocar em prática medidas de prevenção e, tomara, chegar ao agressor.

Em ritmo de São João

Semana bem morta no Congresso. O motivo é o São João. Muitos deputados da região, inclusive, já viajaram para seus Estados. As festividades juninas são um evento cultural muito forte no Nordeste e o povo torce o nariz se o seu deputado não estiver nessas festas. O simbolismo é muito grande, para os eleitores nordestinos o São João é como uma atividade parlamentar, o político precisa registrar presença em sua base. Por isso, a Casa estava bem vazia ontem.

Coisas da vida moderna

Como estou sempre viajando por causa de compromissos profissionais, meu marido, Gabriel, é quem acaba cuidando mais dos nossos filhos e da administração da nossa casa. Coisas da vida moderna, com papeis trocados. Aliás, por causa de uma agenda profissional nesta segunda-feira, ele e eu resolvemos comemorar o Dia dos Namorados antecipado. Fomos ontem dar uma volta pelo shopping e entramos numa loja de utilitários. Acabei me encantando por um aparelho de massagear os pés. Eu ando muito e passo muitas horas de pé, então, sofro demais de dores. Falei pro maridão: “Nossa, amor, você viu como tem coisas interessantes nesta loja? Olha aquele massageador!”. E ele respondeu: “Realmente! Você viu aquela panela? Que interessante!”. Coisas da vida moderna mesmo! kkkkkk.

Inversão de papeis: eu amando o massageador; ele, as panelas

Jantar deletado

Minha agenda de compromissos é pública, todos de minha equipe têm acesso, inclusive o meu marido, assim fica sabendo sempre onde estou ou aonde vou. Pois é, na agenda estava marcado no 12 de junho, Dia dos Namorados, jantar com o maridão. Só que surgiu um compromisso, como presidente do Podemos que sou, nesta segunda-feira em Sergipe, e o jantar foi cancelado. E toda vez que uma agenda é cancelada, a equipe recebe um alerta ‘deletar’, aí cada um clica em ‘aceitar’, que significa que está ciente disso. Agora, imaginem como ficou o meu marido ao ter de aceitar o ‘deletar’ jantar no Dia dos Namorados? Triste, mas vida de político é assim, tudo muda a toda hora, a todo momento. Eu prometo recompensá-lo em breve! (kkkkk)

Nosso jantar do Dia dos Namorados ficou pra depois

Nosso jantar do Dia dos Namorados ficou pra depois

Votação fictícia

Ah, preciso contar um detalhe sobre a eleição dos membros da Comissão cabine votacaoEspecial da Reforma Política que vai discutir a cláusula de desempenho. Como já falei pra vocês, a gente vai pra cabine de votação, mas no fundo a chapa é única, já está todo mundo eleito e até as plaquinhas da mesa estão confeccionadas. Uma eleição fictícia, só para registro de fotos. Quando o processo de votação estava em andamento, chegou o aviso do início da sessão deliberativa em plenário. Isso significa que, de acordo com o Regimento Interno da Câmara, tem de parar tudo, todos os trabalhos em andamento são interrompidos, para que os deputados se dirijam ao plenário. Então, cancelamos a nossa votação e fomos votar os projetos que estavam em pauta no plenário. Achei até que não teríamos quórum para depois concluir o processo eleitoral da comissão, mas lá pelas 9 da noite voltamos e terminamos a votação, da qual fui eleita presidente e a deputada Shéridan Oliveira relatora. Acredito que será o colegiado mais produtivo da Reforma Política, por ter duas mulheres à frente. E não é puxando sardinha pro nosso lado, mas é que a mulher é muito mais produtiva, tem o poder de dialogar, de convencer nas ideias, de não passar por cima.

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